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“Eu gostava muito de contar histórias, e isso é o que 90% das pessoas que fazem jornalismo vão te dizer. Mas eu (lá vem a diferentona) gostava de buscar formas alternativas de narrar – vídeos, blogs e, claro, desenhos”.

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Autorretrato | Crédito: Helô D’Angelo

Helô D’Angelo gosta de quadrinhos desde os 16 anos, quando começou a fazer aulas na escola Arte São Paulo. Ao perceber que era possível unir desenho e a paixão por contar histórias, decidiu estudar Jornalismo e escolheu a Cásper Líbero pela boa avaliação da instituição no Guia do Estudante. “Fiquei sabendo só depois que era a melhor faculdade de jornalismo do Brasil e aí me bateu aquele alívio do tipo ‘fiz a escolha certa’”.

Na Faculdade, Helô já foi repórter, editora-assistente e editora durante dois anos na revista Esquinas, tendo produzido diversas ilustrações, tirinhas e HQ’s para a publicação. Também colaborou com artes para a revista Imprensa, Cásper e recentemente criou a capa da Communicare (Volume 14 – Edição 1 – 1º Semestre de 2014, Dossiê Feminismo), que destaca como um de seus trabalhos mais marcantes.

No Facebook, com mais de 9.000 curtidas, ela mantém a página “Helozinha”, personagem criada em 2014 que faz sucesso entre os estudantes da Faculdade.

“A Helozinha surgiu como uma forma de expurgar a prisão emocional que eu sentia, depois de um término de namoro que durou 3 anos. Nas tirinhas, ela está tentando sempre se libertar do universo dos quadrinhos”.

Helô se inspira em trabalhos de mulheres quadrinistas como Alison Bechdel, Marjane Satrapi, Julie Marot e muitas outras. O trabalho de Joe Saco, em “Notas sobre Gaza”, também foi um diferencial na sua formação, o autor conta histórias de guerra em Israel e na Palestina por meio de HQ’s.

“Acho importante dizer que ainda existe muito preconceito em relação aos quadrinhos. Muitas pessoas veem as HQ’s como algo infantil ou como ‘coisa de menino’, mas não é assim. Hoje em dia, os quadrinhos têm se tornado cada vez mais uma mídia para diversos temas – reportagens políticas, autobiografias poéticas, textos de psicologia, estudos sobre semiótica, além de ficção. Então, outra coisa que me inspira é quebrar este preconceito”.

Para a imaginação de Helô, não há limites. “É como dizem no chichê: ‘uma imagem vale mais que mil palavras’. Então, imagina só mil imagens, mil quadrinhos? Eu posso desenhar a história do mundo”.