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Marcelo Botta, Daniel Furlan, Paula Vilhena, Letícia Lima, Bento Riberio e Marcelo Rosa | Crédito: Yuri Andreoli

Na quinta-feira, dia 13 de agosto, quarto dia da Semana do Audiovisual, o grupo humorístico Amada Foca foi o convidado para uma conversa descontraída no Teatro Cásper Líbero às 20h. O evento foi uma aula “stand up” para alunos do curso de Rádio, TV e Internet, muito pôde-se aprender de maneira leve e repleta de humor. O bate papo teve como mediador Marcelo Rosa, professor dos cursos de Publicidade e Propaganda e de Rádio, TV e Internet. Dentre a extensa equipe do famoso grupo de comediantes, estavam Marcelo Botta, Letícia Lima, Paula Vilhena, Daniel Furlan e Bento Riberio, sendo as duas integrantes femininas e ex-alunas da Cásper.

Desde o início, o evento teve um ar de informalidade, descontração e humor. Inicialmente, o professor Marcelo conduziu o rumo da conversa, questionando os integrantes sobre suas experiências profissionais, desde o início de suas carreiras, até o momento atual do Amada Foca. Marcelo Botta, diretor e roteirista, contou um pouco sobre a dinâmica e história do programa. Juntamente com Bento Ribeiro, eles contaram que o objetivo principal da série não é gerar uma alta renda ou “views por views”, como Marcelo pontuou, mas sim a continuação da produção do humor inteligente que faziam na MTV, o tipo de humor que gostam e acreditam. A questão da identidade própria do programa é extremamente importante para todos os membros, tornando-os cautelosos em relação à publicidade e patrocinadores.

Durante um pouco mais de duas horas de conversa, o principal tópico abordado foi a dificuldade de se transferir conteúdo de televisão para a internet. Tanto o público como características do programa são algo completamente diferentes nas duas plataformas. Uma vez que todos os integrantes ali presentes vieram da televisão antes da formação do Amada Foca, contaram as dificuldades de adequação do conteúdo que produziam para o formato online. Entretanto, nada disso os desanima, na realidade a produção do programa é extremamente prazerosa a eles.

Um dos benefícios apontado pelos participantes foi a liberdade que possuem em seu canal no YouTube, algo muito diferente de quando trabalhavam para uma emissora televisiva, “Ali não temos um chefe chato para restringir nossa criatividade”, diz Bento. Todavia, Letícia comenta que a excessiva liberdade é uma faca de dois gumes, pois enquanto se pode “teoricamente” falar qualquer coisa, torna-se muito fácil ofender uma parcela de seus espectadores com um mero termo ou opinião divergente apresentada no episódio. Marcelo Botta acrescenta que sua liberdade é também relativa, afinal já sofreram muitas críticas e tiveram até mesmo vídeos tirados do ar por conta de direitos autorais.

Por fim, Paula, Casperiana formada, enfatiza a todos os alunos de Rádio, TV e Internet a importância da internet para a formação de experiência, portfólio e para a criação de um trabalho próprio que pode ser muito gratificante. Também conta a realidade da internet, desconstrói o glamour que muitos acham que existe em qualquer produção de programa, e mostra que a vivência de produzir o Amada Foca é algo impagável. Já que vieram da televisão, a formação dos atores é ampla e profissional, além de possuírem uma estrutura que pouquíssimos sucessos da internet têm, mas ao mesmo tempo também gera muito mais gastos. Atualmente, é a produtora que o grupo possui, assim como a estrutura fornecida por ela, que mantém o programa.

Ao final, foram abertas perguntas aos alunos, e os seis estudantes que as realizaram receberam uma surpresa do grupo, cada um ganhou uma camiseta, além de serem convidados para passar uma tarde no estúdio do Amada Foca.