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Vinícius defendendo sua dissertação de Mestrado via plataforma online | Foto: arquivo pessoal

O isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus alterou boa parte das relações sociais e as formas de se conviver em sociedade. No mundo da educação, é claro, não seria diferente. Muitas das atividades acadêmicas que antes eram impensáveis remotamente tiveram que ser adaptadas para as plataformas digitais: aulas, orientações e reuniões de grupo de pesquisa passaram a acontecer online em tempo real. Mas especialmente a defesa de dissertação de mestrado foi para Vinicius Riquetto uma experiência-síntese da sua pesquisa.

As bancas de Mestrado na Cásper finalizam um processo de dois anos, realizado por pesquisadoras e pesquisadores que apresentam seus trabalhos em uma sessão pública, e para professores doutores que avaliam o estudo. Para Vinicius Riquetto, que defendeu sua dissertação no dia 17 de abril, deu tudo certo. Ele salienta, no entanto, que sentiu falta de um abraço na hora da aprovação, mas pontua que a defesa online foi importante em um sentido prático: “Eu acho que funcionou super bem. A conexão estava legal e o processo também foi redondo” , diz.

Por coincidência, o trabalho de pesquisa de Vinicius trata das relações entre a comunicação presencial e remota no mundo do trabalho. Para o estudo, ele conversou com funcionários de empresas multinacionais que têm política de home office (trabalho em casa), tentando compreender como se dão as relações entre empregados e empregadores virtualmente. “Era algo que eu já estava estudando há mais de dois anos, e todo esse contexto foi como uma espécie de catalisador para o meu objeto de pesquisa. Devido à essa nova realidade, foi possível fazer novos tensionamentos no meu trabalho”.

Esse momento exige que análises e pesquisas venham a auxiliar a sociedade rumo a uma reflexão e aplicação do conhecimento, nas mais diversas áreas da ciência. O agora mestre em comunicação entende que devido ao novo cenário, o trabalho de pesquisa é muito importante. “Estamos diante de uma nova realidade, que a gente não conhece. E coisas que a gente não conhece, precisam ser observadas, criticadas, avaliadas e para isso é preciso a academia. São necessárias pessoas que estão ali à disposição para construir um pensar que vai ter uma reflexão pragmática depois”, conclui.

De acordo com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), no início do período de isolamento social, cerca da metade de todos os alunos do mundo tiveram as aulas presenciais suspensas. A organização também informa que a paralisação ocorreu totalmente em 102 países, e parcialmente em outros 11.