A Aula Magna 2013, realizada no dia 24 de abril, contou com a participação da embaixadora da Áustria no Brasil Marianne Feldmann. O evento teve início com a apresentação e boas-vindas do Coordenador do curso de Relações Públicas, Sergio Andreucci Jr. e seguiu com diversos temas a cultura e a história do relacionamento Brasil-Áustria, tecnologias inovadoras, energias alternativas e outros.
Marianne Feldmann iniciou a sua carreira na música depois se graduou na tradução das línguas portuguesa e espanhola, para encontrar a sua vocação nas Relações Internacionais e se graduar na Academia Diplomática de Viena. Para a diplomata, as características que são necessárias para um embaixador são as mesmas que um bom chefe de empresa deve ter, um chefe deve manter seus funcionários informados e fazê-los compreender o trabalho que está sendo feito e a imagem corporativa da embaixada, e ainda, trabalhar mesmo estando ausente, pois, diplomatas viajam muito e devem cuidar dos problemas da embaixada mesmo não estando presente. As ações de uma embaixada devem ser condizentes à sua imagem, completa Feldmann.
O Brasil e a Áustria tem um relacionamento antigo: A história da Independência do Brasil foi um grande exemplo disso. Dona Leopoldina, a esposa austríaca de Dom Pedro, alavancou a Independência do Brasil assinando a Declaração de Independência enquanto o marido estava ausente. A embaixadora conta a história com muito orgulho e admiração a essa mulher que criou a união dos dois países.
O evento contou, ainda, com a interação por Skype com a professora e presidente do Conferp Andréia Athaydes, que questionou a embaixadora sobre como deveria agir um aluno de Relações Públicas que tivesse interesse em seguir a carreira diplomática. A embaixadora disse que além de aprender diversas línguas é necessário se manter informado e ler diversos jornais e fontes de informação diferentes, tanto nacionais quanto estrangeiras.
A embaixada possui diversos Projetos, um dos mais conhecidos no meio universitário é o Ciência Sem Fronteiras que leva alunos da Graduação e Pós-Graduação que cursam as áreas de Engenharia, Tecnologias e Ciências Exatas para estudarem no exterior. Segundo Marianne Feldmman, a Áustria tem se preocupado com a mobilidade de estudantes no país e o projeto contribui para aumentá-la cada vez mais. Quando questionada sobre os projetos que vem criando desde a sua chegada ao Brasil em dezembro de 2012, com exceção do Ciência Sem Fronteiras, colocou: “Estamos com esse grande projeto com o Brasil que tem uma parte científica, com grandes acervos em Viena que poderiam ser interessantes para os pesquisadores brasileiros, temos setenta mil documentos, muitos animais brasileiros no nosso museu de história natural, coleções etnográficas que foram para Viena, por ser uma cidade que sempre teve um interesse muito grande pelo Brasil. E queremos fazer com que esta memória volte ao continente brasileiro” .
A Aula Magna proporcionou conhecimentos sobre relacionamentos e ainda revelou a verdadeira Áustria que não é só feita de cavalos brancos e bolos de chocolate.