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DSC_7616Na manhã do dia 13 de março de 2015, representantes da Wild World Foundation (WWF) se reuniram no palco do Teatro Cásper Líbero para uma discussão sobre passado, presente e futuro da crise hídrica que preocupa a cidade de São Paulo. Os convidados Maria Cecília Wey de Brito, mestre em Ciência Ambiental e secretária geral do WWF Brasil, Lifeng Li, diretor do programa “Água doce” do WWF Internacional, e Glauco Kimura, coordenador do programa “Água para a vida” da ONG, falaram sobre seus projetos e a missão da Organização pelo mundo, mediados pela professora Helena Jacob, coordenadora do curso de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero.

Com tradução simultânea da aluna do curso de Jornalismo Alana Claro, Dr. Lifeng Li destacou os principais problemas hídricos em São Paulo e causadores da falta d’água: a poluição dos rios e, paradoxalmente, as enchentes. Em chinês, língua materna de Li, crise e oportunidade são sinônimos. Desenvolvendo essa ideia, ele explicou que, diante de uma situação alarmante como a falta d’água que São Paulo está enfrentando, a população se mobiliza e se vê obrigada a mudar seus hábitos. Por fim, Li defendeu a ideia de que, se conscientizada, a população é capaz de se mover por um mundo mais sustentável para todos.

Glauco Kamura, diante de uma plateia formada majoritariamente por alunos do curso de Jornalismo, atentou para o papel dos comunicadores diante do cenário atual: “formadores de opinião têm reportado a crise hídrica de forma rasa e equivocada”, criticou o coordenador do projeto “Água para a vida”. Para ele, a grande mídia informa pouco e dá a entender que trata-se apenas de um problema climático. A crise é multifacetada, acredita Kamura, afirmando que, além da falta de chuvas, a má gestão da água é também grande responsável pela seca nos reservatórios. Ainda apontando os problemas na administração dos recursos hídricos, Glauco Kamura expôs dados sobre os baixos investimentos na prevenção da crise hídrica, prevista pela primeira vez em 2004, durante a renovação da outorga do reservatório Cantareira pela Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp).

Concordando com Lifeng Li, Kamura destaca que o cenário preocupante que estamos vivendo deve deixar lições: “não é possível ser negligente em relação a um assunto tão importante para a sobrevivência humana.”
Dentre as missões do WWF pelo mundo e, especialmente em São Paulo, Kamura e Maria Cecília destacaram a conscientização da sociedade e o apoio aos governos que desenvolvem projetos sustentáveis. No próximo dia 28 de março, 20h30, acontecerá a Hora do Planeta, um ato simbólico promovido pela Organização em todo o mundo, que consiste em apagar as luzes da cidade por 60 minutos. Nessa ocasião, a WWF vai publicar uma petição pública pela criação de um plano de proteção às nascentes e mananciais brasileiros.