O segundo dia da 9ª Semana do Audiovisual do Curso de Rádio, TV e Internet da Faculdade Cásper Líbero teve como grande atração uma conversa com o famoso radialista Beto Rivera, superintendente da rádio Gazeta FM. O papo foi conduzido pelo professor Dirceu Lemos, que abordou interessantes questões sobre o futuro das emissoras de rádio.
Antes de começar, foi exibido um vídeo produzido pela Fundação Cásper Líbero em que o próprio palestrante Beto Rivera contava um pouco da sua trajetória, desde seu inicio nas emissoras de rádios de São Paulo até sua passagem pela TV, terminando com seu retorno às rádios, concretamente à Gazeta FM. “A minha casa é a Cásper Líbero”, afirmou o jornalista de formação.
Quando questionado se a rádio continua tendo a mesma importância como meio de comunicação, Beto Rivera respondeu que, ao contrário do imaginado, a maioria das pessoas continua usando essa mídia. “Segundo o IBOPE, 89% da população brasileira ouve rádio. Ela é a porta de entrada de qualquer projeto da área da comunicação.” Sobre a estrutura da programação da rádio Gazeta FM, ele afirmou que ela é completamente montada com as músicas mais pedidas pelo público. “Quando comecei aqui, a Gazeta estava em último lugar na relação de rádios mais ouvidas. Eu queria trazer a música brasileira para a programação da emissora, para atender a um público já existente. Foi assim que conseguimos colocar a Gazeta na sua posição atual, a de uma das rádios mais ouvidas de São Paulo.”
O professor Dirceu Lemos pediu que Beto falasse um pouco sobre o perfil do profissional das rádios, pois a maioria dos estudantes presentes na plateia manifesta desejo de trabalhar com essa mídia. Com sua reconhecida experiência, Rivera lembrou que para trabalhar em qualquer emissora de rádio é necessário ter o registro profissional na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), além de muita vontade de atuar nesse ramo. Sua dica para os alunos foi que, apesar da dificuldade que a concorrência cria, eles devem ir a diversas emissoras procurando por uma vaga e ter a possibilidade de mostrar o seu talento: “Tudo começa na perseguição do sonho que você tem. Ir atrás e mostrar o seu talento é o principal”.
Sobre o futuro da rádio, Beto Rivera afirmou que as emissoras devem passar por uma transformação, deixando de oferecer apenas música e migrando para uma maior produção de conteúdo. “Manter uma emissora de rádio no topo é muito difícil, tem que estar sempre inovando. Por isso, a maioria das emissoras está indo para a Internet, oferecendo conteúdos além das músicas e dos programas de entrevista.” O superintendente concluiu sua fala afirmando que, mesmo com a maior facilidade de acesso que temos às músicas, a rádio não irá acabar. “Assim como está mais fácil ouvir uma música na Internet, está mais fácil ter acesso a uma emissora de rádio, por meio de sites e aplicativos. A rádio não irá morrer, apenas se transformar em algo ainda mais dinâmico para atender a demanda do publico”, concluiu o convidado.