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Atrizes da Cia. Antropofágica durante apresentação da peça “Arena Conta: Zumbi” | Crédito: Yuri Andreoli

Com o auditório lotado e grandes expectativas no ar, a 1ª Semana de Debates Raça, Resistência e Identidades, organizada pela Coordenadoria de Cultura Geral da Faculdade Cásper Líbero, teve início com a peça teatral “Arena Conta: Zumbi”, realizada pela Cia. Antropofágica.

O professor Antonio Roberto Chiachiri, vice-diretor da Faculdade e professor no curso de Publicidade e Propaganda, fez uma introdução breve sobre a Semana de Debates, analisando o termo “raça” e sua relação com a “raça humana”, dando ênfase na necessidade da vida comunitária e no respeito às diferenças, apesar de as intolerâncias sociais que permeiam o cotidiano contemporâneo. A mediação do evento foi realizada pela professora de Língua Portuguesa Mei Hua Soares.

Os primeiros a subirem ao palco foram os membros do coletivo AfriCásper, grupo representado por oito alunos negros da Faculdade. Entre os alunos presentes estavam: Laís Franklin, Thaís Regina Santos, Matheus Moreira, Giulia Ebohon, Camila Araújo, Ana Julia Genari, Lívia Martins e Juliana Santos.

Participaram da mesa de debate o professor Welington Andrade, que trabalha também como crítico teatral e colunista na revista Cult e o professor Edilberto Barbosa, da PUC-SP, mestre em Linguística Aplicada.

Outro nome ilustre na mesa de debate foi o diretor da Cia. Antropofágica, Thiago Reis Vasconcelos, que discursou a respeito do Teatro de Arena e apresentou brevemente a peça “Arena Conta: Zumbi”, escrita durante a ditadura militar em 1965. A peça busca impedir que a história brasileira seja apagada ou pior, esquecida, trabalhando com a desconstrução do teatro épico tradicional. Welington Andrade e Edilberto Barbosa fecharam a palestra discutindo obras clássicas da literatura brasileira, bem como alguns autores influentes, entre eles José de Alencar, e como tais textos refletem questões de miscigenação e de preconceito racial no Brasil.