Resumo: A condição básica para a cultura é que seu agente seja um sujeito, um ser consciente no mundo e com o mundo. O ser humano em relação é sujeito consciente fazedor de cultura, capaz de dar sentido e unidade à vida, organizar e transformar a sociedade. O espetáculo se dá quando o ser humano se trona mero espectador. Nesse sentido, a crítica de Guy Debord (1931-1994), é hoje mais necessária que nunca. A partir de um olhar próprio e evidenciando o cotidiano das periferias, a cultura popular representa o discurso dos de baixo contrapondo a cultura de massa. Nessa perspectiva é inspirador hoje, o incentivo do papa Francisco aos movimentos populares em sua capacidade de se organizar e promover alternativas.

Palavras-chave: produção de cultura, espetáculo, cultura popular, movimentos populares.

 

Jaime Patias, IMC, é licenciado em Filosofia pela PUC-PR, bacharel em Teologia pela Universidade de Louvania, Bélgica, e mestre em comunicação pela Faculdade Cásper Líbero. Secretário Nacional da Pontifícia União Missionária e assessor de comunicação das Pontifícias Obras Missionárias (POM), em Brasília (DF). Membro da equipe de redação da revista e do site Missões. Membro do Grupo de Pesquisa “Comunicação e Sociedade do Espetáculo”, autor de vários artigos: “O espetáculo no telejornal sensacionalista”. In: Comunicação e Sociedade do Espetáculo, (Paulus, 2006); “O pensamento de René Girard aplicado ao telejornal Brasil Urgente”. In revista Thésis, n. 8, (São Paulo, FCL, 2004); “O espetáculo nos discursos políticos de Hugo Chávez”. In: Comunicação Cultura de Rede e Jornalismo (São Paulo, Almedina, 2012); “O lulismo: mito e política: a influência de Lula em campanhas eleitorais”. In: Mídia, Espetáculo e Poder Simbólico, (Editora In House, 2013); “Os conceitos de Guy Debord sobre a cultura na sociedade do espetáculo”; “O sagrado e o profano: do rito religioso ao espetáculo midiático”, entre outros.