Data: 21 de outubro
Sessão: Mesa 5
Local: Local: Sala Aloysio Biondi (5º Andar)
Horário: 19h30
Resumo: A presente pesquisa pretende relacionar os impactos e contradições da participação ou não-participação no processo político eleitoral por dois movimentos sociais: o mexicano, Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), e o brasileiro, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Objetiva-se verificar, a partir da análise destes dois casos – que envolvem países e bases sociais distintas – quais as justificativas políticas, táticas e estratégicas quanto ao grau de envolvimento dos movimentos sociais no jogo político-eleitoral, os vínculos estabelecidos de autonomia e participação entre governos e movimentos, bem como linhas de desdobramento das perspectivas adotadas e, ainda, das alternativas políticas e limites interpostos à estas opções. A delimitação histórica se dará especialmente na última década, quando ocorreram eleições nacionais, nos dois países, com probabilidades consistentes de vitória de partidos oriundos da esquerda e centro-esquerda. Destaca-se, contudo, que não pretendemos que a análise recaia numa dicotomização simplista que estabelece vínculos diretos entre participação e institucionalização e, por outro lado, entre não-participação e autonomia. Procura-se verificar as potencialidades e limites concretamente vivenciados a partir de contextos diversos, que pode influenciar nas opções por táticas e estratégias diferentes, mas que, a despeito de suas especificidades, possibilitam jogar alguma luz à interpretação das relações entre Estado, governos e movimentos sociais no atual momento histórico do capitalismo mundial, ressaltando sua característica de promotor e desenvolvedor de desenhos institucionais e subjetivações políticas.