Contar histórias para crianças internadas em hospitais e, assim, incentivar a leitura e proporcionar momentos divertidos aos pacientes: esse é o objetivo da Associação Viva e Deixe Viver, criada em 1997 por Valdir Cimino, que tem sua história eternizada no livro “Viva e Deixe Viver – A saga da associação de contadores de histórias que levam saúde, diversão e uma vida melhor a 500 mil crianças em hospitais do Brasil”, escrito por Filipe Vilicic em parceria com Valdir.
O livro
Filipe, formado em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero no ano de 2007, conheceu a Viva no colegial, e desde então passou a admirar o trabalho dos contadores de histórias. Em 2009, quando trabalhava para O Estado de S. Paulo, fez um perfil de Valdir para o caderno Metrópole. “Lembro que após publicá-lo empolguei-me com o trabalho da Viva. Cheguei em casa excitado com a história e comovido com a forma como os contadores transformavam a vida das crianças internadas nos hospitais”, conta. Desse contato veio o convite para escrever um livro sobre a associação.
No final deste mesmo ano Filipe começou a apuração. Conversou com amigos, familiares e conhecidos de Valdir; falou com crianças alcançadas pelo trabalho da Viva; buscou informações na mídia e viu documentários sobre trabalhos voluntários. Para ele, entretanto, o mais importante foram as cerca de quinze entrevistas com o próprio Valdir, que deram base à obra. “Ao ler o livro, é fácil perceber que ele é dividido em capítulos com histórias de crianças internadas e sua relação com Valdir e outros contadores e a trajetória do criador, que abandonou uma carreira de sucesso como executivo de alto-escalão para se dedicar à Viva. A soma dessas histórias é o que serve de base para contar o surgimento e crescimento estrondoso da associação”, revela.
O autor
Hoje editor de Ciência e Tecnologia da revista Veja, Filipe teve sua primeira experiência como escritor ao final da Faculdade: seu trabalho de conclusão de curso foi um livro-reportagem, intitulado “Tiros e bisturis”, em que aborda a história e os bastidores do Hospital Heliópolis, localizado no centro da comunidade de mesmo nome. Essa experiência lhe trouxe mais proximidade com o universo dos hospitais públicos, o que, segundo ele, tornou-o mais aberto e sensível a histórias que envolvessem o tema, como o da Viva e Deixe Viver.