A premiação é um concurso de pautas, criado em 2009, com o objetivo de oferecer aos estudantes de jornalismo de todo o Brasil a oportunidade de desenvolver um trabalho prático, passando por todas as etapas de produção jornalística, desde o projeto até o término da reportagem. As estudantes contaram com a ajuda de grandes jornalistas: Dácio Nitrini, diretor de jornalismo do Jornal da Gazeta, Filomena Salemme, professora de Radiojornalismo na Faculdade Cásper Líbero, e Heloisa Rocha, redatora na Rádio Gazeta AM.
Em entrevista ao site, Heloisa, que foi fundamental para a execução do projeto, contou que não esperava receber esse convite: “Fiquei muito surpresa quando as meninas me chamaram pra conversar. Elas queriam participar do prêmio e trabalhar com a questão da pessoa com deficiência. No começo, eu tinha dado a ideia de fazer sobre o bullying na família, que é preconceito não muito comentado. Daí o nome bullying velado.”.
A jornalista também ressaltou o grau de importância da escolha desse assunto: “Acho importante falar sobre isso, porque é um tema pouco discutido. O trabalho foi muito bom, pois as estudantes tiveram um aprendizado sobre essa questão. Atualmente, a mídia fala sobre os deficientes, mas são sempre os mesmos tópicos. Foi importante para as meninas fazerem uma abordagem diferente. Isso é muito legal, já que elas são o futuro da comunicação.”.
Para Heloisa, um prêmio é um incentivo para a iniciação do aluno no mercado de trabalho e também para lutar por esses tipos de pauta: “Atualmente, eu acho que o jornalismo está seguindo sempre a mesma linha. Mas é preciso buscar novas pautas, desenvolver a criatividade. A partir do momento em que a gente mostra, independente se são alunos ou não, dá força para outras famílias lutarem por essa causa.”.
As estudantes tiveram uma presença muito especial entre os finalistas, já que das quatro últimas, apenas o projeto casperiano era de uma faculdade particular, os outros eram de federais. Heloisa revelou como se sentiu em relação a essa premiação: “Foi muito legal. Eu me senti lisonjeada por ter sido chamada para ajudar no trabalho. Nunca tinha feito algo de tamanha importância. Senti-me honrada por ficar entre os quatro finalistas do Brasil inteiro. Não foram pessoas quaisquer que julgaram, foi gente de peso.”.