INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O VESTIBULAR DE VERÃO 2025 Fechar

Informações Gerais

Local: Sala Aloysio Biondi

18, 19, 20 e 21 de outubro de 2017

Manhã: das 09 às 12h30 Tarde: das 14 às 18h Noite: 19 às 22h30

Descrição

50 Anos de Sociedade do Espetáculo: o que pode a cultura?


No ano de 2017, o 4º Seminário Comunicação, Cultura e Sociedade do Espetáculo tem como objetivos comemorar os 50 anos de publicação do livro “A Sociedade do Espetáculo”, bem como discutir conceitos a respeito da Cultura na Sociedade do Espetáculo e seus vínculos com a teoria crítica da comunicação, analisando os seus desdobramentos em produtos midiáticos específicos, em espaços urbanos concretos e em movimentos artísticos do passado e do presente. O evento é promovido pelo grupo de pesquisa Comunicação e Sociedade do Espetáculo, do Programa de Mestrado da Cásper Líbero.


Em seu texto de apresentação/advertência da edição francesa de 1992 do livro A Sociedade do Espetáculo, Guy Debord faz um breve relato sobre a trajetória do livro, publicado pela primeira vez em novembro de 1967 e nos lembra que a obra se tornou conhecida em decorrência dos acontecimentos de 1968. Considera que “uma teoria crítica não se altera, pelo menos enquanto não forem destruídas as condições gerais do longo período histórico que ela foi a primeira a definir com precisão” e prova que, embora uma série de acontecimentos tenham estimulado algumas correções e observações, como a produção do texto Comentários sobre a Sociedade do Espetáculo em 1988, sua teoria se confirma sob diversas formas, como por exemplo as transformações econômicas, políticas e o claro poder da mídia como técnica espetacular. No Brasil, o livro foi publicado em 1997 pela editora Contraponto e, desde então, influencia pesquisas de diversas áreas do conhecimento, incluindo os estudos da comunicação.


A quarta edição do Seminário Comunicação, Cultura e Sociedade do Espetáculo contará com trabalhos que discutem a relevância e a atualidade da obra de Debord, além de refletirem sobre a presença da indústria cultural na sociedade contemporânea e sobre produções culturais e práticas comunicacionais que procuram caminhos alternativos.


Observações: As inscrições, por período de atividades, devem ser feitas elo e-mail [email protected]. O seminário poderá valer 1 crédito para os alunos do Mestrado da Cásper, desde que os mestrandos compareçam a pelo menos três mesas do seminário e entreguem relatório de aproveitamento.







PROGRAMAÇÃO


 

18 de outubro (quarta-feira) – noite


 

Mesa de Abertura do Seminário
19h00 - Cláudio Novaes Pinto Coelho – Coordenador do Grupo de Pesquisa Comunicação e sociedade do Espetáculo

 

19h15 - Rosana de Lima Soares

Crítica audiovisual e cultura contemporânea: visibilidades encenadas

A proposta tem como objetivo o estudo de discursos das mídias de caráter predominantemente factual a fim de estabelecer entre eles uma análise contrastiva, contribuindo para a reflexão sobre o estatuto das imagens na contemporaneidade. Por meio da análise de documentários e programas televisivos, exploraremos a questão dos novos realismos presentes nessas produções a partir de uma perspectiva crítica sobre os modos de endereçamento do mundo concreto, passando pelas injunções das imagens técnicas frente a uma cultura midiática cada vez mais marcada por processos que visam produzir determinados efeitos de realidade.

Palavras-chaves: crítica de mídia, cultura audiovisual, regimes de visibilidade, políticas da representação.

Rosana de Lima Soares é professora do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais e do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA-USP, com pós-doutorado no King’s College London (2014). Integrante do Midiato – Grupo de Estudos de Linguagem: Práticas Midiáticas e do grupo de pesquisa Crítica de Mídia e Práticas Culturais. Autora do livro Margens da comunicação: discurso e mídias. Bolsista CNPq. E-mail: [email protected].

 

19h45 - Maria Ribeiro do Valle

Quem te Viu, quem te Vê: as comemorações decimais de 1968 pelo Estadão

Nas “comemorações” de 1968 pelo Estadão podemos notar que a cada década há versões diversas e até mesmo opostas sobre esse ano ímpar. No calor da hora, o Estado de S. Paulo posiciona-se radicalmente contrário ao movimento estudantil tanto no Brasil como em relação à conjuntura internacional. Em 1978 ele manterá a mesma análise, enquanto em 1988 há uma quinada no posicionamento de O Estado de S. Paulo em compasso com a redemocratização da sociedade. Quarenta anos depois, o seu relato estará mais próximo ao de 1968 quando, através da liquidificação dos fatos e de seus significados, nega a politização dos acontecimentos. 1968 é tudo e nada, tornando inviável uma leitura sólida baseada em fatos concretos.

Palavras-chave: 1968, comemorações decimais, Estadão.

Maria Ribeiro do Valle possui graduação em História pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Guaxupe (1993), graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1990), mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1997) e doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2002). Atualmente é professora livre-docente da Faculdade de Ciências e Letras da UNESP - campus de Araraquara. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia, atuando principalmente nos seguintes temas: movimento estudantil, ditadura militar no Brasil, 1968: aspectos políticos, violência revolucionária e ditadura militar no Brasil; socialismo; liberalismo.

 

20h15 – José Eugênio de Oliveira Menezes

A cultura e a ecologia da comunicação. Em memória dos 19 mortos na Chacina de Osasco e Barueri

Considerando a cultura como um grande sistema comunicativo, apresentamos os desafios encontrados nas relações entre os “estabelecidos e os outsiders” (Norbert Elias) para compreensão do difícil aprendizado da tolerância e da pluralidade no contexto da ecologia da comunicação. O texto transita entre a necessidade de se ouvir o clamor das mães que ainda clamam por justiça em relação aos 19 mortos na Chacina de Osasco e Barueri, ocorrida em 13 de agosto de 2015, e a forma como as redes sociais conectadas possibilitam o fluxo de informações a respeito de um clamor ainda a ser escutado.

Palavras-chave: Ecologia da Comunicação, Cultura do Ouvir, Vínculos.

José Eugênio de Oliveira Menezes é graduado em Comunicação, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Metodista de Piracicaba (1990), mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1995) e doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (2004). Bacharel e licenciando em Filosofia pelo Unisal - Centro Universitário Salesiano (1985). Atualmente é professor da graduação e do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Faculdade Casper Líbero. Integra o Grupo de Pesquisa Comunicação e Cultura do Ouvir da Faculdade Cásper Líbero e o CISC - Centro Interdisciplinar de Semiótica da Cultura e da Mídia, grupo de pesquisa fundado em 1992, na PUC/SP. Dedica-se ao estudo de temas relacionados à comunicação, teoria da comunicação, cultura, cultura do ouvir, ecologia da comunicação, rádio, áudio, cidadania, jornalismo e cultura de rede.

 

20h45 - Antônio Roberto Chiachiri Filho

Cultura da Imagem e inserção social

Imersos quase que totalmente em mensagens imagéticas, e essas influenciando, cada vez mais, o nosso cotidiano, pode-se inferir que o impacto causado por esse signo em cada intérprete pode interferir, de diversas formas, no seu modo de agir com o mundo. A postura aqui escolhida é a de discutir a forma com que tais mensagens podem despertar um interesse pela complexa tarefa de inserção social. Para isso, os estudos semióticos da Semiótica Geral de Charles Sanders Peirce serão recorridos no intuito de evidenciar os meandros e articulações semióticas comungadas com a ciência da comunicação

Palavras-chave: Inserção social, Exclusão social, Cultura da imagem, Semiótica Geral.
Doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC/SP (2008). Formado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela PUC/SP.

Antônio Roberto Chiachiri Filho é Doutor e Mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Atualmente é vice-diretor, Coordenador do PPGCOM e professor titular da Faculdade de Comunicação Social Casper Líbero, graduação e pós-graduação. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Semiótica, atuando principalmente nos seguintes temas: semiótica, comunicação, publicidade, e Peirce, sugestão na publicidade, comunicação publicidade, imagens gastronômicas jornalismo. Semioticista prestando serviços de análises semióticas para institutos de pesquisas. Autor dos livros: A estratégia de sugestão na publicidade: uma análise Semiótica. / O poder sugestivo da publicidade: uma análise Semiótica (Premiado pelo Jornal de Comércio de Porto Alegre e Caixa RS como o melhor livro de publicidade e propaganda do ano 2010)

 

21h15 - Debate

22h00 - Encerramento


19 de outubro (quinta-feira) – tarde


 

Mesa 1
Mediação - Emerson Ike Coan

 

14h00 - Cláudio Novaes Pinto Coelho

Guy Debord e a Crítica da Sociedade do Espetáculo

Um revolucionário: esta é a melhor definição possível para Guy Debord. Destacou-se como cineasta, pensador crítico do capitalismo e a principal liderança de um dos grupos que influenciaram o movimento de maio de 1968 na França, a internacional situacionista. Em seu texto mais significativo, o livro Sociedade do espetáculo, publicado em 1967, Debord defendia a necessidade de se combater o papel alienante que as imagens estavam desempenhando na sociedade capitalista. Chamar a atenção para a importância da interpretação de Debord sobre a sociedade capitalista é, ao mesmo tempo, refletir sobre um pensador vinculado à teoria crítica, que recusava a transformação das ideias de Marx em dogmas.

Palavras-chave: Guy Debord, movimentos sociais, teoria crítica, sociedade do espetáculo.

Cláudio Novaes Pinto Coelho possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1980), mestrado em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (1986) e doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1991). Atualmente é professor titular da Faculdade Cásper Líbero. Tem experiência na área de Comunicação e Sociologia, com ênfase em Teoria Crítica da Comunicação e Teoria Sociológica Contemporânea, atuando principalmente nos seguintes temas: comunicação jornalística, indústria cultural, comunicação publicitária, cultura de consumo, comunicação política e sociedade do espetáculo. É coordenador do grupo de Pesquisa Comunicação e Sociedade do Espetáculo.

 

14h30 - Erick Quintas Corrêa

O espetáculo como expropriação da linguagem comunicativa

Concebida como mediação necessária à tomada de consciência da estrutura histórico-concreta da reificação e instrumento privilegiado da prática crítico-negativa imanente a ela, a linguagem comunicativa assume, na perspectiva debordiana, o núcleo a partir do qual se articulam solidariamente crítica teórica e crítica prática à reificação capitalista. A verdadeira inovação que Debord traz à reflexão social do segundo pós-guerra reside precisamente na tese de que a expropriação da atividade autônoma, na transformação, pelo salariato, da força de trabalho em mercadoria, tem por consequência a imediata expropriação da linguagem comunicativa.

Palavras-chave: reificação, espetáculo, consciência, comunicação.

Erick Quintas Corrêa é graduado, mestre e doutorando em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Estadual Paulista - UNESP/FCLAr. Trabalha particularmente com o pensamento de Karl Korsch, Anton Pannekoek, Guy Debord, João Bernardo e Maurício Tragtenberg, além dos seguintes temas: Maio de 68, Revolução dos Cravos (1974-75), esquerdismo, conselhismo, situacionismo, marxismo heterodoxo, autonomia proletária.

 

15h00 - Márcia Eliane Rosa

Cidade, espaço e musealização: uma reflexão sobre a 31ª e 32ª Bienal de São Paulo

A relação das artes com os espaços da cidade tem suscitado múltiplos significados e interrelações que resultam em propostas artísticas interativas e colaborativas. Estes projetos ou objetos que interagem com o urbano tomam dimensões, muitas vezes, políticas que são geradas a partir de tensões do cotidiano particular de uma região ou de um lugar. O fato é que estas produções artísticas têm transitado do seu lugar genuíno para os espaços de exposição fechados, denominadas como “cubo branco”, como galerias, museus e pavilhões, onde geram outros significados. A proposta de artigo apresentada aqui busca compreender os aspectos relativos ao trânsito destas produções e dos artistas nos espaços ocupados pelas exposições contemporâneas dentro do contexto da arte. Como objetos são observadas as duas últimas Bienais de São Paulo, respectivamente nos anos de 2014 e 2016. A reflexão se dará sob a teoria dialética de Henri Lefebvre entre o espaço concebido e o espaço vivido na sociedade urbana.

Palavras-chave: Exposições, cubo branco, espaço urbano, arte.

Márcia Eliane Rosa é pesquisadora e professora, integra o corpo docente do curso de Mestrado em Linguagens, Mídia e Arte da PUC - Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Pós-doutora em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero, onde também fez o mestrado em Comunicação e Mercado, possui doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo e graduação em Comunicação Social - Jornalismo, pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Exerce docência na área de comunicação e pesquisa com ênfase em midiatização, cultura, artes e sociedade do espetáculo. Atualmente investiga as características das grandes exposições itinerantes tanto em seus aspectos da comunicação como no propósito da interação social e mercadológica do espaço das artes.

 

15h30 - Debate

16h00 - Intervalo

 

16h15 – Marcelo Bechara Frange

A memetização do Jornalismo Esportivo

Este artigo ocupa-se do estudo sobre a utilização de memes no jornalismo esportivo na internet. A pesquisa consiste em questionar este novo modelo de notícia que ganha cada vez mais espaço nos principais veículos de comunicação eletrônicos. Em um primeiro momento, buscamos apoio teórico em autores renomados, como Edvaldo Pereira Lima e Cremilda Medina, para relembrarmos os conceitos clássicos da criação de uma reportagem, como o surgimento da pauta, a pesquisa necessária para assegurar uma boa execução e a redação, em contraponto com o uso de memes no jornalismo. A seguir, através dos conceitos da indústria cultural e sociedade do espetáculo, investigamos o processo de mercantilização da notícia esportiva e como isso influenciou este novo método de produção jornalística a ser estudado, ao qual definimos como memetização. Por fim, observamos nos principais sites esportivos o uso dos memes como modelo de notícia e quais os motivos que levam os editores a considerá-los cada vez mais fundamentais para os veículos de comunicação.

Palavras-chave: Jornalismo esportivo. Espetáculo. Internet. Memes. Notícia.

Marcelo Bechara Frange é mestre em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero, na linha de pesquisa "Produtos Midiáticos: Jornalismo e Entretenimento", com foco na produção do jornalismo esportivo digital. Possui graduação em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (2013). Tem passagens pela Confederação Brasileira de Tênis e ESPN Brasil. Trabalhou na Copa do Mundo de Futebol de 2014 e nas Olimpíadas do Rio, em 2016. É autor da obra A Produção do Jornalismo Esportivo na Internet, publicado pela Editora Appris.

 

16h45 - Mara Rovida

Comunicação e sociedade do espetáculo – a gênese de um campo científico

O Grupo de Pesquisa do CNPQ Comunicação e Sociedade do Espetáculo, oficialmente criado em 2006, se tornou um espaço de reflexão e pesquisa coletiva sobre comunicação, política e cultura. A base teórica que orienta os trabalhos do grupo é o pensamento de Guy Debord. Para compreender como se estrutura esse espaço de produção científica foi feito um mapeamento a partir das publicações de 2006 a 2016. Os textos foram lidos na busca de informações como metodologia de pesquisa, objeto de pesquisa, referências teóricas e resultados obtidos. Os dados levantados nesse processo de leitura sistematizada foram organizados de forma quantitativa e qualitativa o que subsidiou uma análise pautada pela ideia de formação de campos sociais de Bourdieu.

Palavras-chave: Sociedade do Espetáculo, campo social, grupo de pesquisa, Debord.

Mara Rovida é docente do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba, doutora pelo PPGCOM da USP, mestre em Comunicação Social pela FCL e membro do Grupo de Pesquisa Comunicação e Sociedade do Espetáculo.

 

17h15 - Debate

17h45 - Encerramento

19 de outubro (quinta-feira) – noite


 

Mesa 2
Mediação - Mara Rovida

 

19h00 - Vivyane Garbelini Cardoso

100% Feminista: O feminismo negro e a cultura na Sociedade do Espetáculo

"Pra ser ouvida, o grito tem que ser potente". Assim dizem a funkeira MC Carol e a rapper Karol Conka em "100% Feminista", música produzida por Leo Justi e pelo duo Tropkillaz. Este ensaio busca traçar relações entre tal produção musical e as questões de representação, reconhecimento e memória na contemporaneidade. O referencial teórico ancora-se no pensamento de Debord, em especial nas concepções de "sociedade do espetáculo, "presente perpétuo" e memória. Utiliza-se do conceito de "Indústria Cultural" de Adorno e Horkheimer. A autora Angela Davis, por sua vez, fornece uma leitura possível a partir do feminismo negro, com recortes de classe e raça. Dessa maneira, perguntamos: qual é a potência de um grito feminista dentro da lógica da cultura pop?

Palavras-chave: Sociedade do Espetáculo, Indústria Cultural, Feminismo, Feminismo Negro, Música brasileira.

Vivyane Garbelini Cardoso é aluna especial do programa de pós-graduação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Mestra em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero (2017) e jornalista graduada pela mesma instituição (2011). Pesquisa imprensa feminina brasileira, feminismos, representações midiáticas de gênero, mídia, política e teorias da comunicação. Faz parte do grupo de pesquisa "Comunicação e Sociedade do Espetáculo" desde 2015 e, atualmente, frequenta o grupo de pesquisa Midiato (ECA/USP), co-liderado pela prof. dra. Rosana de Lima Soares. Tem experiência em produção de conteúdo para internet e também na área de Educação, como coordenadora de projetos em escola de ensino médio.

 

19h30 - Emerson Ike Coan

“O que foi feito de(V)era”. O Clube da Esquina na perspectiva da crítica do espetáculo e da cultura

Este artigo pretende investigar a produção cultural do Clube da Esquina na sociedade brasileira, com base em algumas teses de Guy Debord no livro “A Sociedade do Espetáculo”, de 1967, em especial sobre o tema da cultura. Esse livro é contemporâneo ao período de formação, desenvolvimento e consolidação do coletivo nas décadas de1960 e 1970. A análise tomará por base algumas canções do álbum duplo “Clube da Esquina 2”, de 1978, no contexto da ditadura militar no Brasil.

Palavras-chave: Clube da Esquina, Sociedade do Espetáculo, Cultura, Ditadura militar no Brasil, Clube da Esquina 2.

Emerson Coan é mestre em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero, por onde é também Especialista em Teoria e Técnicas da Comunicação e na qual é membro do Grupo de Pesquisa “Comunicação e Sociedade do Espetáculo”. Mestre em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Graduado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, na qual foi professor de Linguagem Jurídica.

 

20h00 - Debate

20h30 - Intervalo

 

20h45 - Fernando Gonzalez

André Rieu e a Espetacularização da Música Clássica

Este artigo tem como objetivo pontuar algumas das características observadas na obra do violinista André Rieu que a aproximam da lógica da chamada sociedade do espetáculo, assim como compreender alguns aspectos da relação entre música clássica e indústria cultural na contemporaneidade. Parte-se da proposta de uma forma de entender essa proximidade, baseada no conceito homônimo de Adorno e Horkheimer e no conceito de campos sociais de Bourdieu, e em seguida busca-se elementos na atividade de Rieu que apontam para o conceito de Debord, através da análise dos shows anuais realizados pelo violinista na cidade de Maastricht.

Palavras-chave: Sociedade do Espetáculo, Indústria cultural, música clássica, André Rieu.

Fernando Gonzalez é mestre em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero, e-mail: [email protected]

 

21h15 - Marlise Borges

Música Sertaneja, Sociedade do espetáculo e Tribos Musicais Urbanas

Uma canção urbana, massiva e midiatizada, da contemporaneidade, é o Sertanejo, que ainda é considerado por muitos como sendo a versão moderna da música caipira, de raiz. Mas essa é uma questão aberta para debates. E hoje a música sertaneja está sendo mais conhecida como “Sertanejo Universitário”, por abocanhar uma grande parte da população jovem, principalmente da região sudeste (São Paulo, Minas Gerais e uma parte da região centro oeste do país. A faixa etária dos cantores e ídolos da moderna música sertaneja fica em torno dos 20 anos. E aqui percebe-se, também, uma espécie de tribo urbana, musical, uma vez que os cantores (Luan Santana, Gustavo Lima, Lucas Lucco, e até mesmo o Michel Teló), astros dessa música, desse movimento musical, tem a mesma cara, as mesmas características, a mesma indumentária, os mesmos aspectos físicos. Seria, como falou Debord, uma aparência organizada socialmente? Onde o espetáculo é a afirmação da aparência e a afirmação de toda a vida humana, isto é, social, como simples aparência (DEBORD, 2003, p. 16). Vale a pena ressaltar, também, no que toca a parte musical, que também comparecem a mesma harmonia (ou progressão harmônica, encadeamento de acordes simples), onde as músicas tornam-se muito parecidas, umas com as outras, do ponto de vista harmônico, rítmico e melódico.

Palavras-chave: Música Caipira, Sertanejo Universitário, Tribo Musical Urbana.

Marlise Borges é pós-doutora em Comunicação, pela Faculdade Cásper Líbero e integrante do Grupo de Pesquisa Comunicação e Sociedade do Espetáculo, do PPGCOM em Comunicação, também da Faculdade Cásper Líbero-SP. Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP.

 

21h45 - Debate

22h15 - Encerramento


20 de outubro (sexta-feira) – tarde


 

Mesa 3
Mediação - Ethel Pereira

 

14h00 - Telma Mondoni

A água no contexto da cultura mercadológica espetacular

Este trabalho propõe-se à reflexão sobre o pensamento de Guy Debord em A sociedade do espetáculo – Comentários sobre a sociedade do espetáculo, referente ao capítulo II: A mercadoria como espetáculo (2015). A água, produto essencial à vida, é o tema que conduz esta análise em seu aspecto mercadológico de economia global. Usamos a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) como exemplo prático dos grandes negócios mundiais de exploração dos recursos naturais. Vandana Shiva em Guerras por água, privatização, poluição e lucro (2006) e David Harvey com O neoliberalismo – história e implicações (2014) também dialogam com Debord.

Palavras-chave: Guy Debord, espetáculo, mercadoria, água, globalização.

Maria Telma Mondoni é jornalista pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM/FMU). Pós-graduada (lato sensu) em Teoria da Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero, mestranda do Programa de Mestrado em Comunicação na Contemporaneidade na mesma entidade. Sua trajetória profissional vincula-se à Comunicação dos setores público e privado, com ênfase no diálogo com os diferentes públicos de relacionamento de empresa de saneamento básico, indústria química internacional e marketing político.

 

14h30 - Tathiana Senne Chicarino

A estrutura e a conjuntura no tempo histórico de Debord

O presente trabalho pretende, a partir da reflexão proposta por Debord (2016) acerca do tempo histórico, traçar dois planos de análise: um sincrônico que visa desnudar na linearidade histórica os elementos dos tempos subsequentes, sendo eles o tempo cíclico, o tempo irreversível e o tempo espetacular; e em um plano diacrônico buscar as contradições entre conjuntura e estrutura no que tange a produção material da vida, tendo a Escola dos Annales como referencial metodológico, e como o arquétipo o Lobo da Estepe de Herman Hesse pode nos fazer compreender as relações de poder estabelecidas nas diferentes formações espaço-temporais.

Palavras-chave: Debord, Tempo histórico, Lobo da Estepe.

Tathiana Chicarino é Doutoranda e Mestre em Ciências Sociais pela PUC/SP. Bacharel em Sociologia e Política pela FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo). Pesquisadora do NEAMP (Núcleo de Estudos em Arte, Mídia e Política da PUC/SP) e do Grupo de Pesquisa "Comunicação e Sociedade do Espetáculo" da Casper Líbero, nas áreas de Comunicação e Política, Ciberpolítica, Movimentos Sociais, Cultura Política, Pensamento Social e Político Brasileiro e Liderança Política. Bolsista FAPESP e Professora convidada da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo).

 

15h00 - Gilberto da Silva e Vivian Paixão

Tempo e História para Guy Debord

O objetivo desse artigo é trabalhar o capítulo V do livro A Sociedade do Espetáculo, de Guy Debord: um dos menos analisados pelos estudos e pesquisas realizadas sobre essa obra fundamental do pensador francês. Do item 125 ao 146, Debord estuda a relação dos homens com a passagem do tempo, ou seja, da passagem do tempo cíclico para o tempo irreversível. Vale ressaltar que o entendimento deste capítulo é fundamental para a total compreensão do capitulo posterior em que Debord trata do “tempo espetacular’.

Palavras-chave: Sociedade do Espetáculo, Tempo, Tempo Cíclico, Tempo Irreversível, História.

Gilberto da Silva é sociólogo e jornalista. Mestre em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero e pesquisador do grupo Comunicação e Sociedade do Espetáculo organizado pela Cásper Líbero e coordenado pelo Prof. Dr. Cláudio Novaes Pinto Coelho. Foi professor do ensino secundário e universitário e analista de ordenamento territorial da Prefeitura de São Paulo. Edita a revista P@rtes (www.partes.com.br).

Vivian Paixão é mestra pela Faculdade Cásper Líbero e formada em Letras pela USP. E professora da rede particular e revisora de textos.

 

15h30 - Debate

16h00 - Intervalo

 

16h15 - Jhonathan W. S. Pino

As experiências humanas enquanto mercadorias

O texto faz uma breve explanação sobre o Capítulo II de A Sociedade do Espetáculo, denominado "A mercadoria como espetáculo", com o auxílio de discussões de Luc Boltanski, Ève Chiapello (2009) e Jonathan Crary (2014). Aqui, são pontuadas questões como a aglutinação entre as esferas do trabalho e a vida privada a um só tempo e a submissão de todos os aspectos da vida à lógica do capital, como parte de um espetáculo global, integrador das etapas de produção e o consumo de mercadorias totalizantes.

Palavras-chave: Valores humanos, Mercadoria, Consumo, Estilo de Vida, Espetáculo.

Jhonathan W. S. Pino é doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Mestre em Comunicação, pela Faculdade Cásper Líbero (2015), Especialista em Assessoria de Comunicação e Marketing , pelo Centro Universitário Cesmac (2011) e jornalista graduado na Universidade Federal de Alagoas (2008), instituição onde também iniciou sua carreira como servidor público federal, ocupando o cargo de Jornalista, entre 2009 e 2016. Atualmente exerce o mesmo papel no Instituto Federal de Alagoas (Ifal).

 

16h45 - Homero Odisseus Massuto

A Saga Star Wars como Produto Midiático: O Consumo como Experiência

Investigar como o produto midiático Star Wars se transformou numa marca, e como a esta marca foram associados inúmeros produtos não midiáticos, e quais as implicações da compra da marca Star Wars pela Disney, empresa capaz de promover o consumo através de experiências memoráveis, indiferente de o consumidor ser ou não um fã fervoroso da famosa saga cinematográfica criada em fins na década de 70 pelo cineasta e produtor americano George Lucas, é o principal propósito dessa pesquisa.

Palavras-chave: Produtos midiáticos, produtos não-midiáticos, indústria cultural, cultura pop, Star Wars, Disney.

Homero Odisseus Massuto é formado em publicidade e propaganda pela FAAP, mestre em Comunicação, na linha de pesquisa Produtos midiáticos: Jornalismo e Entretenimento, pela faculdade Cásper Libero, faz parte do grupo de pesquisa "Comunicação e Sociedade do Espetáculo" pela mesma faculdade. É professor dos cursos técnicos, livres, e aprendizagem no Senac Tatuapé.

 

17h15 - Marcelo Kaoru Takahashi

O formato televisivo dos “reality-shows” e a questão da indústria cultural

Nesse trabalho serão abordadas as críticas em relação à indústria cultural e à globalização, tendo em vista a existência dos “reality-shows”, que se desenvolvem como franquias e dominam o globo inteiro. O principal objetivo é desenvolver um contraponto entre autores, como Adorno e Horkheimer, que desenvolvem uma postura crítica do capitalismo e da indústria cultural, e autores como Arlindo Machado e Suzana Kilpp, que se voltam mais para uma reflexão sobre os formatos dos programas televisivos.

Palavras-chave: reality-shows, formatos televisivos, indústria cultural.

Marcelo Kaoru Takahashi é graduado em Administração com ênfase em Marketing pela Universidade Mackenzie, pós-graduado Latu Sensu em Comunicação Organizacional e Relações Públicas e mestrando na linha de pesquisa Produtos Midiáticos: Jornalismo, Imagem e Entretenimento pela Faculdade Cásper Líbero e atualmente matriculado em outro curso Latu Sensu em Produção Executiva e Gestão da TV na FAAP. Foi aluno especial no mestrado em Mídia e Tecnologia na disciplina Learning Across Borders, na UNESP Bauru em parceria com a Brandeis University em 2016. Atualmente faz parte do grupo de pesquisa Comunicação e Sociedade do Espetáculo da Faculdade Cásper Líbero desde maio de 2017. Interessa-se pelos estudos do Entretenimento, em especial o impacto da Televisão na sociedade e no mercado.

 

17h45 - Debate

18h15 – Encerramento

 

20 de outubro (sexta-feira) - noite


 

Mesa 4
Mediação - Tathiana Chicarino

 

19h00 - Letícia Quatel e Victor Varcelly

Terrorismo Moderno: Quando lobos solitários viram influenciadores digitais

Os sites de rede social digital são consequência direta dos avanços tecnológicos, da expansão do acesso à Internet, bem como da arquitetura de participação trazida pela implementação da Web 2.0. A apropriação do Youtube, no entanto, não é realizada exclusivamente para disseminação de discursos política e legalmente aceitos pela sociedade global. Frequentemente, o site é utilizado para disseminação de conteúdos de ódio. Já é sabido que o Estado Islâmico investe em comunicação e propaganda de maneira contundente. E o grupo encontrou no ambiente digital o território perfeito para disseminar seu conteúdo não somente para fazer ameaças, mas para atrair simpatizantes. De toda forma, o vínculo entre capital, produção não profissional de conteúdo e poder, neste artigo conectadas por meios ciberculturais, remetem a conceitos da Sociedade do Espetáculo e permitem a sua problematização a partir de duas perspectivas: o poder do capital na produção e regulação de conteúdos no Youtube e o confronto entre liberdade de expressão e discurso de ódio dos usuários vinculados ao site.

Palavras-chave: sociedade do espetáculo, cibercultura, web2.0, neoliberalismo, Estado Islâmico, Dabiq, comunicação.

Letícia Quatel é mestranda em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero. Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS).
Victor Varcelly é mestrando em Comunicação e Contemporaneidade pela Faculdade Cásper Líbero. Graduado em Direito, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

 

19h30 - Alex Hilsenbeck

Muito além de Black Mirror: alienação e fábula na sociedade do espetáculo

A comunicação tratará sobre o conteúdo político de alguns episódios da série televisiva Black Mirror, aprofundando os temas retratados desde uma perspectiva da crítica das relações espetacularizadas na mídia e no "mundo do trabalho", abordando diversos elementos distópicos presentes em Black Mirror que, ainda assim, se apresentam de modo mais concreto e brutal na atual sociedade, fazendo com que o seriado esteja mais próximo ao gênero de conto de fadas, não obstante, o perturbador sentimento de "estranhamento" que a série propicia se dá mediada pela espetacularização e não pela reflexão da própria realidade.

Palavras-Chave: Black Mirror, alienação, Sociedade do Espetáculo, séries televisivas, mídia.

Alex Hilsenbeck entre outras coisas é Doutor em Ciência Política, Mestre, Bacharel e Licenciado em Ciências Sociais, atualmente desenvolve a docência em Ciência Política e Cultura Brasileira na Faculdade Cásper Líbero.

 

20h00 - Debate

20h30 - Intervalo

 

20h45 – Mei Hua Soares

Resistência, memória e teatro - reflexões sobre os 50 anos do Teatro Popular União e Olho Vivo

Mediante reflexões e relatos sobre o grupo teatral paulistano TUOV, pretende-se tecer apontamentos a respeito da memória enquanto resistência, do teatro popular (forma e conteúdo) em contraponto à espetacularização da cultura e da prática teatral como dispositivo que propicia a experiência individual e coletiva. Para tanto, o estudo se fundamentará na pesquisa realizada durante o Projeto TUOV 50 anos, no conceito de experiência de Walter Benjamin e no de memória das autoras Ecléa Bosi e Jeanne Marie Gagnebin.

Palavras-chave: Teatro Popular, Resistência, Memória, Experiência, Espetacularização.
Mei Hua Soares é doutora em Linguagem e Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, professora do curso de Comunicação Social da Faculdade Cásper Líbero, educadora e dramaturga.

 

21h15 - Sandra Lucia Goulart

Arte Indígena na Sociedade Contemporânea – novas experiências dos Kaxinawá do Brasil

Este trabalho aborda as relações complexas entre arte contemporânea ocidental e universo indígena na atualidade. Analisaremos dois movimentos de parcerias artísticas entre sujeitos indígenas e não-indígenas no circuito de arte contemporânea internacional, que expressam traduções de cerimônias Kaxinawá para a arte performática, e de cantos rituais desta etnia para pinturas e para a linguagem audiovisual. Aprofundaremos a compreensão de noções como: arte, técnica, artefato, estética, ritual e performance ao verificar como as concepções indígenas e não-indígenas se inter-relacionam e se transformam mutuamente nestas parcerias.
Palavras-chave: arte contemporânea, Kaxinawá, populações indígenas.
Sandra Lucia Goulart possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1989), mestrado em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (1996) e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (2004). Tem experiência na área de Ciências Sociais em geral, com ênfase específica em Antropologia, atuando principalmente com os seguintes temas: religião, religiosidade popular, religiões ayahuasqueiras, cultos afro-brasileiros, xamanismo, fenômenos amazônicos e contextos de usos de drogas.

 

21h45 - Debate

22h15 - Encerramento

 

21 de outubro (sábado) – manhã


 

Mesa 5
Mediação - Telma Mondoni

 

09h00 - Fábio Del Nero

Guy Debord e o espaço urbano: o direito a cidade e a cidade como direito

O artigo tem como proposta discutir as principais ideias do pensador francês Guy Debord a respeito do planejamento do espaço, tecendo um diálogo direto com outros pensadores que outorgaram contribuições a este tema, entre eles, Henri Lefebvre, David Harvey e Mike Davi. O artigo, após contextualizar sobre o tema “Direito à Cidade” e articular os principais pontos das ideias dos autores supracitados, trará uma contribuição para as pesquisas sobre o “Direito à Cidade” através de uma perspectiva comunicacional.

Palavras-chave: Comunicação, espetáculo, direito a cidade, espaço urbano.

Fábio Del Nero é especialista em comunicação, é graduado em Publicidade, Propaganda e Marketing pela Universidade Mackenzie (2008) e Mestre em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero (2015). Possui experiências profissionais em empresas do segmento de comunicação, sendo as mais relevantes Globosat Programadora Ltda (2007-2008), Sky-Directv (2009) e Folha de São Paulo (2011-2013). Atualmente dedica-se à pesquisa acadêmica.

 

9h30 - Ethel Shiraishi Pereira

Entre o verbo e a verba: dilemas da cultura na cidade de São Paulo

Polêmicas relacionadas com as atividades culturais na cidade de São Paulo estão em evidência na mídia desde o final de 2016, quando o então prefeito eleito João Doria Jr. começa a divulgar as primeiras ações para a área da cultura. Ações como o combate à pichação e a criação do Museu do Grafite, a Virada Cultural, o Carnaval de Rua entre outras ações foram mapeadas e analisadas neste artigo. A partir das promessas de campanha e as propostas contidas no plano de governo, pretende-se compreender como o Secretário da Cultura, André Sturm, conduz as ações perante o corte de verbas e as práticas de captação de recursos para viabilização dos projetos.

Palavras-chave: Cultura, espetáculo, São Paulo, João Doria Jr.

Ethel Shiraishi Pereira é Relações Públicas, Pós-Graduada em Administração e Organização de Eventos pelo SENAC, Mestre em Comunicação e Mercado pela Faculdade Cásper Líbero. Iniciou sua carreira no setor automobilístico e, desde então, presta serviços para importantes empresas e entidades de classe. Atualmente é professora de Relações Públicas e membro do Grupo de Pesquisa no CNPQ Comunicação na Sociedade do Espetáculo da Cásper Líbero. Também atua como docente do MBA e Aperfeiçoamento em Eventos e Gastronomia da Universidade Anhembi Morumbi e do Curso de Marketing Político e Propaganda Eleitoral da ECA-USP.

 

10h00 - Debate

10h30 - Intervalo

 

10h45 - Giulia Garcia

O teatro de cultura popular e a comunicação: a trajetória da Companhia da Tribo

O presente artigo pretende tratar do teatro de cultura popular como forma de comunicar às crianças, nascidas e criadas em meio a um Brasil americanizado, as tradições brasileiras. A partir da trajetória da Companhia da Tribo, são analisadas a importância de compreender nosso folclore para evitar a espetacularização do mundo, relacionando com a teoria de Guy Debord, e o fazer teatral como troca de saberes, a partir da ótica de Paulo Freire em Extensão ou Comunicação?. Ao fim, conclui que o teatro, em conjunto com a folkcomunicação, é um caminho para o contra-agendamento, permitindo a retomada das raízes brasileiras pela nova geração.

Palavras-Chave: cultura, espetáculo, teatro, folkcomunicação, criança.

Giulia Garcia é graduanda do segundo ano de Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Desenvolve para o Centro Interdisciplinar de Pesquisa (CIP) o artigo “O teatro de cultura popular e a comunicação: trajetória da Companhia da Tribo”, orientado pelo professor Dr. Cláudio Novaes Pinto Coelho. Formada em 2017 pelo Curso Técnico de Artes Dramáticas do Senac, é atriz e idealizadora da Cia Balbúrdia e membra do Coletivo Insensatez de teatro.

 

11h15 - Gabriela Colicigno

O consumo na cultura pop: a retroalimentação dos produtos nerds

A cultura pop e o consumo estão, de certa forma, intrinsecamente ligados, tendo ocorrido um aumento no número de produtos disponíveis para o público fã desse nicho nos últimos anos, comumente chamado de nerd. Este artigo busca mostrar algumas das ligações do consumo com a cultura pop, e também com a indústria cultural, a partir de conceitos de autores como Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. Também pretende-se discutir como a cultura pop é uma indústria que se retroalimenta infinitamente, gerando sempre mais consumo em torno dos mesmos produtos culturais.
Palavras-chave: Comunicação, consumo, cultura pop, nerd.

Gabriela Bariani Colicigno é mestranda do programa de Comunicação e Contemporaneidade da Faculdade Cásper Líbero, onde estuda cultura pop, identidade e consumo. Também é jornalista na área e mantém um canal no YouTube sobre literatura.

 

11h45 - Debate

12h15 - Encerramento


21 de outubro (sábado) - tarde


 

Mesa 6
Mediação - Cláudio Coelho

 

14h00 - Mariane de Pinho Reghin

Kéfera Buchmann: do anonimato a uma influenciadora digital

Este artigo tem como objetivo analisar Kéfera Buchmann, fenômeno multimídia que surgiu em 2010 no YouTube e hoje, aos 24 anos, com 10,8 milhões de inscritos na plataforma, atua em diversas mídias, conquista cada vez mais seguidores como influenciadora digital e se consolida como marca. A partir dos conceitos de Indústria Cultural e de Sociedade do Espetáculo, compreender três momentos da trajetória da jovem: início no YouTube, mercantilização da imagem e carreira atual, é o ponto de partida deste estudo.

Palavras-chave: Indústria Cultural, Kéfera Buchmann, Multimídia, YouTube, Sociedade do Espetáculo.

Mariane de Pinho Reghin é estudante do 3º ano de Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, onde é pesquisadora discente do Centro Interdisciplinar de Pesquisa (CIP). E-mail: [email protected]

 

14h30 - Beatriz Jacinto

Pixador, Grafiteiro, Muralista: a espetacularização da ocupação do espaço urbano

Buscamos estimular uma reflexão acerca dos limites da arte política quando produzida na Sociedade do Espetáculo. Fundamentamo-nos nos conceitos de Guy Debord e Jacques Rancière para discutir como a ocupação do espaço urbano, com foco em pixação e seus desdobramentos na São Paulo, dialoga – ou não – com sociedade. Adiante, analisamos a trajetória do artista Eduardo Kobra, que se baseia na gradação “pixador, grafiteiro, muralista”, para compreender de que maneira o fenômeno da espetacularização afeta essa arte. Assim, observamos que, ao passo que a Pixação de São Paulo é um movimento combativo e de luta, o Mural, puramente comercial e acrítico.

Palavras-chave: Sociedade do Espetáculo, Pixação, Arte, Política.

Beatriz Jacinto é estudante do 3º ano de Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero.

 

15h00 - Debate

 

15h30 - Antonio Luiz Gonçalves Jr.

Arte crítica: é possível fugir da lógica espetacular?

Haja vista a condição paradoxal da cultura conter uma lógica dialética reprodutora e, ao mesmo tempo, questionadora da ideologia espetacular mercantilizada, esta apresentação deseja enfocar esta última perspectiva. Ao tomar a produção artística como formadora cultural, entende-se que a arte pode obter momentos de liberdade de um determinismo social, e desse modo ser capaz de criar certa autonomia em relação a ideologia dominante e homogeneizadora, como observada por Debord. Para isso, a partir de um processo de construção de um trabalho teatral, serão analisados alguns momentos do percurso criativo a fim de identificar como a lógica espetacular pode atuar.

Palavras-chave: cultura do espetáculo, resistência, arte crítica, teatro contemporâneo, processo colaborativo de criação, dramaturgismo.

Antonio Luiz Gonçalves Jr. (Antonio Duran) é dramaturgista, diretor e ator. Doutorando em artes cênicas (ECA/USP); mestre em comunicação e mercado (Cásper Líbero); Pesquisador da estética contemporânea na Faculdade de Filosofia da USP, e da cultura na sociedade do espetáculo na Faculdade Cásper Líbero. Professor convidado, na SP Escola de Teatro e na Escola Superior de Artes Célia Helena. Integra o grupo Teatro da Vertigem, tendo participado como dramaturgista e assessor teórico nos últimos projetos de criação do Teatro da Vertigem, desde 2011.

 

16h00 - Fábio Cardoso Marques

A Invenção Cultural e o Poder Espetacular

Reflexões sobre a ideia de desenvolvimento social e econômico, em Celso Furtado, que tem no homem a sua finalidade e o percebe como agente transformador do mundo e inventor da cultura. Contexto histórico e cultual brasileiro do século XX e algumas consequências do predomínio de projetos neoliberais. Avanço da sociedade do espetáculo no recente contexto sócio-cultural brasileiro e o recrudescimento de formas autoritárias como reação a um resgate democrático.

Palavras-chave: Desenvolvimento, cultura, autonomia, ideologia, racionalidade instrumental, sociedade do espetáculo, autoritarismo.

Fábio Cardoso Marques é mestre pela Cásper Líbero, em 2004, com um estudo comparativo sobre as coberturas das três primeiras edições do Fórum Social Mundial, feitas pela grande imprensa e pela imprensa alternativa. Publicou: “Uma reflexão sobre a espetacularização da imprensa”, em “Comunicação e sociedade do espetáculo”, (org.) Cláudio N.P.Coelho e Valdir José de Castro, Editora Paulus, 2006; “As possibilidades do pensamento e ação transformadores na sociedade do espetáculo”, Revista Estudos de Sociologia, nº 30, da Unesp/Araraquara, 2011.

 

16h30 - Debate

17h00 - Encerramento

Público

Professores e alunos do programa de Mestrado da Cásper Líbero; professores e alunos do programa de Pós-Graduação Lato Sensu e de Graduação da Cásper Líbero; Pesquisadores, professores e estudantes de Comunicação das demais instituições de ensino superior da Grande São Paulo bem como profissionais do mercado interessados no assunto. Inscrições Alunos da Graduação (Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Rádio,TV e Internet), Pós-Graduação e Mestrado devem enviar previamente um e-mail com seu nome, RA, turma e as mesas escolhidas para participar para [email protected]. Público externo deve enviar nome completo, RG, instituição que representa e as mesas escolhidas para participar para [email protected]. Feito isto, aguardar a confirmação de inscrição.