Por Maria Luiza Malafaia, estagiária do Núcleo de Mídias Digitais
O Coletivo AfriCásper, formado por alunos da Faculdade Cásper Líbero, celebrou uma década de atuação, consolidando-se como um espaço de resistência, troca e reflexões. Em 10 anos, o AfriCásper tem promovido debates essenciais para a comunidade acadêmica e para além dela, fortalecendo a luta antirracista e afirmando a importância do protagonismo negro no ambiente universitário.
No dia 23 de outubro, a Faculdade Cásper Líbero sediou o evento “Resistência em Movimento: 10 Anos do Coletivo AfriCásper”, um marco para celebrar a trajetória do coletivo, que ao longo de uma década promoveu o protagonismo negro e o debate cultural. O evento reuniu alunos, ex-alunos e convidadas especiais em um dia de reflexão e aprendizado. Um dos grandes destaques da palestra foi sobre o protagonismo das mulheres pretas nas Olimpíadas de Paris 2024, que contou com a presença inspiradora de figuras influentes, como Maju Coutinho, Day Natale, Lívia Martins e Denise Bastos, reforçando a importância da representatividade e da luta antirracista.
A atual presidente do coletivo, Rafaela de Oliveira, refletiu sobre a força inicial do coletivo, afirmando: “Se podemos comemorar 10 anos de coletivo, é porque um grupo de mulheres negras teve a coragem de começar o movimento.” E é com esse espírito de coragem e irmandade que o AfriCásper vem trilhando sua jornada. Para Lívia Martins, fundadora do coletivo, o que o grupo constrói vai além dos debates: “O que a gente cria no coletivo é muito profundo, de alma mesmo. Quando algum de nós não está bem, ninguém está.”
A união e o apoio mútuo são pilares que fortalecem o coletivo. Segundo Lívia, “ninguém nunca fica para trás, andamos lado a lado”, ecoando o compromisso de caminhar juntos. Esse movimento é maior do que cada integrante; como ela afirma: “Quando uma mulher negra se movimenta, toda a estrutura se move. Nós, mulheres negras, somos política em movimento.”
Ao celebrar essa década de atuação, o coletivo reafirma seu compromisso com a transformação e a inclusão, fortalecendo cada vez mais a luta antirracista. Que os próximos anos, assim, tragam ainda mais conquistas e que o AfriCásper continue sendo um símbolo de união, resistência e progresso para toda a comunidade acadêmica e além dela.
Confira os registros: