Brasileiros e holandeses na escadaria da Catedral da Sé
Crédito: acervo pessoal

 

“Anjos da Guarda”: essa foi a missão de 10 estudantes de jornalismo – selecionados entre alunos dos 4º anos do curso – da Faculdade Cásper Líbero de 9 a 17 de outubro. O programa consistiu em acompanhar 10 estudantes de jornalismo da Holanda, dando sugestões de pautas, intermediando contatos e servindo de intérpretes durante as entrevistas. Os discentes holandeses vêm com projetos a serem desenvolvidos em nosso país para disciplinas de sua faculdade. Os parceiros brasileiros têm ainda, claro, a tarefa de levá-los a conhecer a cidade de São Paulo. Acompanhe como foi a jornada – intensa e enriquecedora – desses jovens visitantes. 

Primeiro Encontro
Para todo trabalho de cooperação, é necessário conhecer um pouco a pessoa com quem se fará a parceria, compreender seus interesses e objetivos. Dessa forma, um dia antes de por a mão na massa, marcamos um jantar com todos os visitantes. Apesar de estarem exaustos após a viagem de doze horas, fizeram questão de participar do encontro. Já no primeiro contato percebemos diferenças culturais, pois para nos cumprimentar eles nos deram uma aperto de mão, um “Hello” e o nome. Totalmente diferente da calorosa receptividade brasileira. 
Mergulho no trabalho
No primeiro dia de atividades na companhia de Lisa Bloemers, Sacha Berman, Sarah Offermans, Rebecca Van de Kar, Esther van Houwelingen, Matthijs van Unen, Maurits Reijnoudt, Robbert Groenendijk, Floor van Hulsen e Hans Kruizinga, seus acompanhantes brasileiros Daniel Lopes, Marina Villares, Wilson Krugner, Marina Gabai, Giulianna Iodice, Ana Gabriela Verotti, Nathália Giordano, Lanna Dogo e Camila Bianchi e esta repórter, participamos com o grupo de colegas holandeses do seminário sobre “Sustentabilidade como Vantagem Competitiva”, na Confederação Nacional da Indústria. O foco do Seminário era como a sustentabilidade pode ter caráter “win-win” (ganhar-ganhar, do inglês) no sentido de, além de ajudar o meio ambiente, ser um fator vantajoso para as empresas no mercado.
Nesse evento, discursaram e fizeram parte dos painéis, o ex-primeiro ministro da Holanda, Jan Peter Balkenende, a atual ministra de Comércio Exterior, Lilianne Ploumen, além de empresários e professores. Um bom começo para todos nós: aprofundamento sobre um tema relevante e muitos comentários para “anjos” e holandeses estreitarem o relacionamento.
Encerrado o seminário, fomos direto para a Folha de S.Paulo, onde todos tivemos a oportunidade de conhecer as instalações, o “calor” da redação e o ambiente jornalístico, O repórter Toni Sciarretta, da Folha, transmitiu ao grupo uma visão panorâmica sobre a economia brasileira. 
Ao final do dia voltamos à Cásper para realizar um tour incluindo a Rádio Gazeta AM, operada pelos estudantes, e a TV Gazeta. Um dia repleto de conteúdo. Mas não parou por aí: no dia seguinte tivemos a oportunidade de visitar o Instituto Ethos. O próprio nome nos dá uma ideia, mas só conhecendo para entender a grandeza de sua missão: mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade justa e sustentável. Saindo do ideal para a ação, o Instituto Ethos contribui de forma efetiva para a construção de uma Economia Competitiva, Inclusiva, Responsável e Verde.
Nem holandês é de ferro
Como nem os estudantes visitantes e muito menos os “anjos” são de ferro, chegou a hora do lazer. Para que pudessem conhecer um pouco de nossa culinária, jantamos em um lugar típico brasileiro, o Aconchego Carioca. Sábado foi dia de lazer. Um tour pela cidade veio em boa hora para deixá-los mais encantados por São Paulo, ao som do órgão da Catedral da Sé e ao sabor de um tradicional sanduíche de mortadela do Mercado Municipal.
Evidentemente um de nossos cartões postais tinha lugar reservado no roteiro: o Parque Ibirapuera, para finalizar a tarde agradavelmente. 
E a maratona continua
Após o final de semana, seguiu-se uma rotina intensa. Corremos para lá e para cá com os visitantes. Cada aluno holandês tinha mais de uma pauta para apurar, mas a cada esquina surgiam novos temas que acabavam motivando-os a incluí-los nos projetos. Criatividade não faltava e alguns acabaram se destacando. Um exemplo é a Sasha, que decidiu tratar sobre um garoto que escreve sobre gastronomia nas favelas, e sobre a Enóis, uma agência-escola que elabora projetos de comunicação com jovens carentes. Mais um destaque foi a visita de uma parte do grupo à Rádio Heliópolis, na comunidade de mesmo nome.
Rebecca e Esther tiveram a ideia de tratar sobre um tema relevante: uma Escola de Ballet para Cegos, pioneira no método. As meninas fizeram um belo documentário, além da escola em si, sobre os alunos, que já se apresentaram na abertura das Paraolimpíadas de Londres em 2012.
Enquanto o sonho de muitos é aparecer na TV Globo, Hans – que desenvolveu seu projeto sobre futebol no Rio de Janeiro – deu sorte e foi entrevistado pelo Globo Esporte.
Excesso de bagagem
Posso afirmar que essa experiência proporcionou a 20 estudantes de jornalismo, brasileiros e holandeses, um enriquecimento e amadurecimento pessoal notável. Sem mencionar a bagagem cultural que engorda a cada dia de novas descobertas. Após uma semana árdua e calorosa, os discentes holandeses se acostumaram com o jeito brasileiro, e nos deixaram “Een kus, een knuffel en zie je snel”, ou seja, “Um beijo, um abraço e um até breve”. No ano que vem, se tudo der certo, iremos repetir a experiência na Holanda, tendo esses parceiros como nossos “anjos da guarda”.
Essa é a segunda visita de um grupo de estudantes de jornalismo da Holanda à Cásper Líbero, num programa organizado pela Lokaalmondiaal. O grupo veio coordenado pela professora Marielle van Veen, uma das diretoras do Instituto.

Primeiro Encontro

Para todo trabalho de cooperação, é necessário conhecer um pouco a pessoa com quem se fará a parceria, compreender seus interesses e objetivos. Dessa forma, um dia antes de por a mão na massa, marcamos um jantar com todos os visitantes. Apesar de estarem exaustos após a viagem de doze horas, fizeram questão de participar do encontro. Já no primeiro contato percebemos diferenças culturais, pois para nos cumprimentar eles nos deram uma aperto de mão, um “Hello” e o nome. Totalmente diferente da calorosa receptividade brasileira. 

Mergulho no trabalho

No primeiro dia de atividades na companhia de Lisa Bloemers, Sacha Berman, Sarah Offermans, Rebecca Van de Kar, Esther van Houwelingen, Matthijs van Unen, Maurits Reijnoudt, Robbert Groenendijk, Floor van Hulsen e Hans Kruizinga, seus acompanhantes brasileiros Daniel Lopes, Marina Villares, Wilson Krugner, Marina Gabai, Giulianna Iodice, Ana Gabriela Verotti, Nathália Giordano, Lanna Dogo e Camila Bianchi e esta repórter, participamos com o grupo de colegas holandeses do seminário sobre “Sustentabilidade como Vantagem Competitiva”, na Confederação Nacional da Indústria. O foco do Seminário era como a sustentabilidade pode ter caráter “win-win” (ganhar-ganhar, do inglês) no sentido de, além de ajudar o meio ambiente, ser um fator vantajoso para as empresas no mercado.

Nesse evento, discursaram e fizeram parte dos painéis, o ex-primeiro ministro da Holanda, Jan Peter Balkenende, a atual ministra de Comércio Exterior, Lilianne Ploumen, além de empresários e professores. Um bom começo para todos nós: aprofundamento sobre um tema relevante e muitos comentários para “anjos” e holandeses estreitarem o relacionamento.

Encerrado o seminário, fomos direto para a Folha de S.Paulo, onde todos tivemos a oportunidade de conhecer as instalações, o “calor” da redação e o ambiente jornalístico, O repórter Toni Sciarretta, da Folha, transmitiu ao grupo uma visão panorâmica sobre a economia brasileira. 

Ao final do dia voltamos à Cásper para realizar um tour incluindo a Rádio Gazeta AM, operada pelos estudantes, e a TV Gazeta. Um dia repleto de conteúdo. Mas não parou por aí: no dia seguinte tivemos a oportunidade de visitar o Instituto Ethos. O próprio nome nos dá uma ideia, mas só conhecendo para entender a grandeza de sua missão: mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade justa e sustentável. Saindo do ideal para a ação, o Instituto Ethos contribui de forma efetiva para a construção de uma Economia Competitiva, Inclusiva, Responsável e Verde.

Nem holandês é de ferro

Como nem os estudantes visitantes e muito menos os “anjos” são de ferro, chegou a hora do lazer. Para que pudessem conhecer um pouco de nossa culinária, jantamos em um lugar típico brasileiro, o Aconchego Carioca. Sábado foi dia de lazer. Um tour pela cidade veio em boa hora para deixá-los mais encantados por São Paulo, ao som do órgão da Catedral da Sé e ao sabor de um tradicional sanduíche de mortadela do Mercado Municipal.

Evidentemente um de nossos cartões postais tinha lugar reservado no roteiro: o Parque Ibirapuera, para finalizar a tarde agradavelmente. 

E a maratona continua

Após o final de semana, seguiu-se uma rotina intensa. Corremos para lá e para cá com os visitantes. Cada aluno holandês tinha mais de uma pauta para apurar, mas a cada esquina surgiam novos temas que acabavam motivando-os a incluí-los nos projetos. Criatividade não faltava e alguns acabaram se destacando. Um exemplo é a Sasha, que decidiu tratar sobre um garoto que escreve sobre gastronomia nas favelas, e sobre a Enóis, uma agência-escola que elabora projetos de comunicação com jovens carentes. Mais um destaque foi a visita de uma parte do grupo à Rádio Heliópolis, na comunidade de mesmo nome.

Rebecca e Esther tiveram a ideia de tratar sobre um tema relevante: uma Escola de Ballet para Cegos, pioneira no método. As meninas fizeram um belo documentário, além da escola em si, sobre os alunos, que já se apresentaram na abertura das Paraolimpíadas de Londres em 2012.

Enquanto o sonho de muitos é aparecer na TV Globo, Hans – que desenvolveu seu projeto sobre futebol no Rio de Janeiro – deu sorte e foi entrevistado pelo Globo Esporte.

Excesso de bagagem

Posso afirmar que essa experiência proporcionou a 20 estudantes de jornalismo, brasileiros e holandeses, um enriquecimento e amadurecimento pessoal notável. Sem mencionar a bagagem cultural que engorda a cada dia de novas descobertas. Após uma semana árdua e calorosa, os discentes holandeses se acostumaram com o jeito brasileiro, e nos deixaram “Een kus, een knuffel en zie je snel”, ou seja, “Um beijo, um abraço e um até breve”. No ano que vem, se tudo der certo, iremos repetir a experiência na Holanda, tendo esses parceiros como nossos “anjos da guarda”.

Essa é a segunda visita de um grupo de estudantes de jornalismo da Holanda à Cásper Líbero, num programa organizado pela Lokaalmondiaal. O grupo veio coordenado pela professora Marielle van Veen, uma das diretoras do Instituto.