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Carlos Costa apresenta Cleusa Turra aos alunos
Crédito: Ingrid Matuoka

“Eu, quando jovem, achava que seria impossível trabalhar em um grande jornal. Não só aconteceu, como estou no maior do país há 25 anos”, disse Cleusa Turra, jornalista que dirige o Núcleo de Revistas da Folha, ao abrir a reunião que anunciou a parceria entre a Faculdade Cásper Líbero e a Folha de S. Paulo.

O coordenador do curso de jornalismo Carlos Costa explicou que a partir de fevereiro serão realizadas reuniões quinzenais com os alunos da Cásper e os editores da Folha, nas quais os estudantes poderão sugerir pautas. Elas devem ser impressas contendo nome, ideias e fontes a serem ouvidas, podendo propor entrevistas e reportagens escritas, fotográficas ou em vídeo. 

Não há um número máximo de pautas escolhidas por reunião e as selecionadas serão elaboradas pelo aluno e um repórter da Folha, que vão dividir tarefas, sob as coordenadas do editor. Uma vez pronta, a matéria será publicada na Revista sãopaulo com o devido crédito e remuneração.  

E por que essa parceria exclusiva com a Cásper? Cleusa Turra explicou: “por experiências empíricas que tive, participando de bancas de seleção para trabalhar na Folha, vi que os casperianos se distinguem. Tem vindo muita gente boa daqui e isso chamou a atenção”. Ela também disse que, com talento e determinação, é possível que jovens trabalhem em um grande jornal e a parceria evidencia isso. 

Os estudantes receberam a notícia com entusiasmo e interesse. “Teremos a oportunidade de nos aproximar da rotina da profissão, orientados por importantes profissionais”, disse Sarah Mota Resende, aluna do 1º ano de jornalismo e, Luanna Martins, sua colega de sala, complementou: “a oportunidade que a Folha de S. Paulo está nos proporcionando é única”.

Cleusa, que cursou filosofia e queria trabalhar como museóloga, hoje dirige o núcleo composto pelas revistas Guia Folha, Serafina e sãopaulo, cujo editor é Ivan Finotti. A revista editada por ele traz reportagens sobre a cidade e seus personagens, cultura e lazer, circula pela Grande São Paulo aos domingos “oferecendo um novo olhar sobre o dia a dia dos paulistanos”.

A diretora também explicou como conseguir ideias para as matérias: “os jovens têm compartimentado as coisas, como se tivessem vidas paralelas: a faculdade está aqui, o trabalho está lá e a minha vida acontece aos finais de semana. Aproximem o jornalismo da rotina de vocês, de onde vocês moram, os assuntos com a família e amigos. São vocês que circulam pela cidade, usam metrô, trem, ônibus, táxi e carona. Tudo isso pode ser exatamente o que o nosso leitor quer ler: pode dar pauta”.

Cleusa disse que as perguntas são a essência do jornalismo e revelam o que é obscuro. Ela também ressaltou a importância de ir a campo observar o cotidiano e encerrou a conversa com uma mensagem positiva aos futuros jornalistas: “não acreditem quando dizem que o jornalismo está em crise. É o modelo de negócio que está, não o jornalismo, não a notícia. Sejam corajosos na profissão de vocês”.