Você sabe qual é a importância do Big Data e Small Data para as empresas e o motivo dessa pauta estar crescendo no mercado? Grandes e pequenas marcas estão investindo nesses recursos e procurando profissionais capacitados para lidar com os dados.
Sendo mais específico, 65% das empresas estão trilhando o caminho da cultura de dados, segundo pesquisa realizada pela Aberje – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, em parceria com a Cortex.
Nesse sentido, o professor José Carlos Rodrigues, que ministra a pós-graduação de Marketing e Publicidade em Mídias Digitais na Cásper, fala sobre o assunto e explica o crescimento do Big Data e Small Data no mercado de trabalho.
Os dois métodos de coleta de dados possuem certa semelhança, o que pode gerar confusão. Mas, enquanto o Big Data analisa um grande volume e variedades de dados, o Small Data visa ligar o usuário com oportunidades de compra.
Ou seja, o Big Data aglomera uma maior quantidade dos dados, sendo útil para criar estratégias de diversas áreas, seja no marketing, logística, gerência, etc. Por sua vez, o Small Data é a estratégia que foca na qualidade dos dados coletados, e não no volume.
O professor José Carlos Rodrigues, que já trabalhou em empresas como The Walt Disney Company e J. Walter Thompson, explica: “O small data faz parte do big data; e big data não é apenas números em um dashboard. Ele envolve, também, uma visão comportamental.” Ele conclui que o Big Data “deve ser considerado como parte integrante da análise de dados”.
Pensando no trabalho com essas ferramentas, o professor José Carlos tem boas expectativas no crescimento do ramo. Assim, em um mundo permeado por dados, profissionais que desejem atuar na área devem ter claro que os dados servirão a um propósito, a uma tomada de decisão.
“Quanto melhor entenderem o contexto para o qual os dados serão úteis, melhor poderão aplicar as tecnicidades necessárias para entregar aquilo que possa gerar valor”.
Doutorando em Comunicação e Práticas de Consumo, José Carlos vê o mercado de trabalho escasso de profissionais em posições gerencias que saibam estipular as perguntas que seriam respondidas com a análise de dados. Em outras palavras, fazer com que aqueles bancos de dados virem, na verdade, um bando de dados.
“Há espaço no mercado. Fazendo uma analogia, mecânicos/as e donos/as de automóveis que saibam conversar com os/as mecânicos/as para decidir como cuidar melhor do seu automóvel”, exemplifica.
Segundo pesquisa realizada pelo Gartner, 70% das empresas vão focar em investir no Small Data até 2025. Nesse sentido, dará mais suporte para análises específicas e tornando a inteligência artificial menos dependentes da grande quantidade de dados.
“Há desafios de ordem técnica e gerencial que, em alguns momentos, se sobrepõem. A diversidade dos dados, sobretudo quando tratamos de dados não-estruturados (textos livres, imagens, memes, etc.) trazem o desafio de buscar estruturas que tragam utilidade para eles, para além de análises de sentimento com relação à marca”, amplia o professor José Carlos.
Ainda assim, os dados continuarão crescendo exponencialmente. Assim, será necessário tomar decisões cada vez mais ágeis, baseadas em interpretações verídicas e relevantes desses dados.
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