Foto: Beatriz Vecchi | Centro de Eventos

O papel do social media

Gustavo Miller, Digital Manager da RedBull com mais de 10 anos de experiência na indústria da mídia e especialista em storytelling, ministrou a Aula Magna de Publicidade e Propaganda realizada dia 7 de março de 2017 na Faculdade Cásper Líbero. Segundo ele (no centro da foto) o principal desafio para uma marca hoje, no ambiente digital, é ser “humano”. A autenticidade faz com que o profissional tenha mais chance de fazer o público se aproximar e se engajar com o seu conteúdo.

Como jornalista, o trabalho com Mídias Digitais foi um caminho natural: “Na verdade, sempre gostei de contar histórias e as plataformas realmente não importam muito. Comecei no jornal impresso, depois fui para o online e quando não me pareceu suficiente fui convidado para a RedBull, que, querendo ou não, produz conteúdo”.

Para ele, um dos lados bons de ser jornalista é aprender os fundamentos básicos de como contar histórias e a publicidade está atrelada a isso. Ver o outro lado, ter uma boa percepção e pensar mais no macro, não tanto no micro, auxiliam na função de um storryteller. 

“Acima de tudo você tem que entender que a sua comunicação deve ser diferente para cada meio e cada plataforma. Não é mais o básico, como criar um conteúdo e replicar. Você tem que construir diferentes conteúdos para diferentes plataformas. Por isso, insisto que um social media tem diferentes maneiras para ser um social media, mas um profissional, independentemente da área, deve ser um pouco um social media”.

Atualmente, Gustavo pensa que um social media deve saber estratégias jornalísticas, publicitárias, audiovisuais e até de comunicação interna. E, para ele, todos os profissionais precisam saber um pouco sobre as mídias digitais: “Acredito que a formação como jornalista e, principalmente, minha bagagem como tal me permitiram ter um olhar mais crítico sobre um todo. Não ser tão glamourizado pelo lugar onde você está, momento que está passando e pessoas com quem você lida. A princípio, um social media só escrevia um texto e colocava um link, depois uma foto e às vezes uma arte, mas hoje tudo tem movimento, gif, vídeo, então não é possível manter distância disso” .

Um prêmio no currículo de um publicitário

Paulo Bioni, Diretor do Wave Festival, também participou da Aula Magna de PP. Ele vê no mercado de trabalho atual um peso muito grande para as agências publicitárias premiadas e pensa que um bom portfólio funciona como um carimbo de criatividade, tornando-se um dos parâmetros mais lógicos e consistentes que temos para avaliar um publicitário hoje. “Se não houvesse esse parâmetro, qualquer publicitário poderia afirmar que a sua ideia é criativa sem, necessariamente, embasar-se em fatos”, afirma.

Paulo Bioni, Publicitário e Diretor do Wave Festival (no Rio de Janeiro)

 

“Prêmios são importantes para a formação dos estudantes, porque quando eles forem para o mercado de trabalho os prêmios serão como um ‘medidor de qualidade’, uma forma de criar um critério criativo”.

Esse reconhecimento auxilia o aluno a criar um critério, a ser mais criativo, a desenvolver um raciocínio e a trabalhar em equipe. O publicitário acredita que quem é premiado tem um upgrade no currículo e aprende com isso, porque, por mais que não ganhe, faz um exercício de reflexão que só acarreta em melhorias. A partir dos prêmios, a indústria entende quais são as ideias mais criativas e, para o estudante que não está inserido no mercado de trabalho, há a oportunidade de se destacar.