Com a COP 30 se aproximando, cresce o debate sobre a percepção da sociedade em relação à crise climática. Para entender melhor esse cenário, alunos da Faculdade Cásper Líbero desenvolveram um projeto de extensão universitária em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, aplicando uma pesquisa quantitativa com 403 cidadãos na Avenida Paulista, um dos principais polos econômicos, culturais e turísticos da cidade de São Paulo.
O levantamento buscou compreender como a população percebe o agravamento da crise climática, o nível de engajamento e o conhecimento sobre a COP 30. Os resultados oferecem insights relevantes para políticas públicas, ações empresariais e iniciativas comunitárias voltadas à comunicação ambiental e à conscientização coletiva.
Entre os dias 4 e 17 de outubro de 2025, os alunos dos cursos de Audiovisual, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas participaram ativamente da coleta e da análise dos dados, sob supervisão do Laboratório de Opinião Pública da Faculdade Cásper Líbero. A pesquisa apresenta um nível de confiança de 95% e margem de erro de 5%.
Principais resultados da pesquisa:
Responsabilidade pela mitigação da crise climática
43% dos entrevistados acreditam que o poder público é o principal responsável por combater a crise climática. No entanto, apenas 12% afirmam conhecer iniciativas governamentais nesse sentido.
Conhecimento sobre a crise e a COP 30
Enquanto 80% das pessoas dizem saber o que é a crise climática, apenas 33% conhecem ações reais de mitigação. Além disso, 48,1% afirmam não saber o que é a COP 30.
Avaliação da comunicação sobre a crise
A clareza é o ponto mais positivo nas comunicações sobre o tema: 53% afirmam compreender como a crise afeta suas vidas. Por outro lado, 41% dizem não receber informações suficientes (acesso), 56,3% não sabem como participar ou opinar em políticas públicas (escuta/interação) e 65,3% desconhecem iniciativas do governo para o enfrentamento da crise (transparência).
A parceria entre a Faculdade Cásper Líbero e a Fundação SOS Mata Atlântica reforça o compromisso institucional com a formação de profissionais críticos e engajados nas pautas de interesse público.
Segundo a Fundação, a atuação conjunta com universidades é essencial para mobilizar a sociedade em defesa da Mata Atlântica e do meio ambiente, por meio de políticas públicas, estudos, monitoramento e engajamento cidadão.
O projeto evidencia o papel transformador da extensão universitária, unindo conhecimento acadêmico e responsabilidade social para contribuir ativamente com os desafios ambientais contemporâneos.
