Qualquer aluno de Rádio, TV e Internet, independente do ano cursado, que tenha uma ideia para um programa audiovisual, pode colocá-la em prática. A Produtora Experimental tem como objetivo proporcionar ajuda de infraestrutura tanto de recursos tecnológicos, quanto de ideias. Os alunos podem apresentar seus projetos à produtora individualmente ou em grupos e ele não precisa necessariamente estar ligado a alguma disciplina do curso. “Por meio dessa experiência, espera-se que os alunos possam colocar em prática os ensinamentos e os conhecimentos que eles vão adquirindo ao decorrer do curso”, afirma o professor Cleber Lima, professor responsável pela produtora.
Além de auxiliar os alunos em seus projetos, a produtora tem uma agenda própria para atender alguns departamentos internos da faculdade e algumas produções institucionais, por exemplo. Segundo o professor Cleber, a produtora foi responsável pelos vídeos de apresentação do curso para os calouros 2014.
O Edição Extra, programa exibido na TV Gazeta e inteiramente produzido por alunos, também conta com um especial elaborado pela produtora. Outro projeto é a confecção de vídeo-aulas que, de acordo com o professor Cleber, serão materiais didáticos sobre a linguagem audiovisual que podem ser utilizado por professores, alunos e também pelo público externo da faculdade.
Para auxiliar o professor Cleber, a produtora possui quatro monitores, alunos de Rádio, TV e Internet, que são selecionados e permanecem por um ano exercendo a função recebendo bolsa de 50% na mensalidade da Faculdade.
Alunos com a mão na massa
Na produtora, os alunos são auxiliados em todas as partes do processo, do desenvolvimento da ideia, passando pela produção, gravação, até a edição.
Para chamar os alunos, a produtora promove uma reunião semanal, às quintas-feiras. Segundo o professor responsável, a presença dos alunos é muito importante, pois “além de terem a oportunidade de participar de todas as etapas da produção e estarem por dentro da dinâmica do audiovisual, a participação gera uma carga horária de atividades complementares”.
No momento, a produtora está dando suporte a vários projetos de alunos que já existiam ou estão surgindo, como o canal de YouTube “Tá Gravando”, um projeto de rádio dramaturgia que propõe pequenos esquetes e o programa Bate-Volta.
Programa Bate-Volta
O programa Bate-Volta surgiu da iniciativa de Lucas Marini e Juliana Cadima, alunos do 2º ano. A ideia é, em exatas 24 horas, realizar uma viagem curta e com baixo custo.
Lucas conta que as gravações começaram logo após apresentarem o projeto para o professor Cleber e fazerem algumas reuniões para trabalhar melhor o conteúdo proposto. Todos os equipamentos usados são cedidos pela faculdade, mas os gastos com passagens, gasolina, estacionamento e alimentação ficam por conta da equipe, um dos motivos para que as viagens aconteçam no estilo bate-volta.
Para completar a equipe, fizeram teste para apresentador e a aluna Marina Nagamini, do 3º ano, foi a escolhida. No grupo, todos se revezam nas funções de produção e câmera.
O programa pretende apresentar viagens quinzenais, intercaladas com vídeos em estúdio, comentando a viagem da semana anterior por meio de dicas extras, comentários e impressões da viagem. Além das postagens semanais de vídeo, a equipe alimenta a página oficial do programa no Facebook com conteúdos relacionados à viagem, dicas, outros itinerários e sugestões.
Para Lucas, o diferencial de vídeos para internet é serem dinâmicos, tanto que a equipe teve que adaptar o projeto original de 15 minutos por vídeo para seis. “É longo para a internet, mas menos que isso para um conteúdo de viagem fica muito pobre”, principalmente levando em conta que eles têm um dia inteiro de gravações.
Para chegar ao destino vale qualquer transporte: ônibus, carro e até van alugada. As viagens geralmente são feitas aos finais de semana e são escolhidos destinos próximos a São Paulo, pois, segundo Lucas, “nosso objetivo não é que as pessoas façam [a viagem] um dia, mas sim que vejam o vídeo na quinta e viagem no sábado, por exemplo”.