Alunos do curso de férias Planejamento e Gestão de Eventos, os dois atuam juntos no departamento de comunicação em imagem da empresa petrolífera Sonangol. “Nós vemos, pela televisão, que o Brasil é um dos países mais desenvolvidos em termos de promoção de eventos e publicidade. Essa facilidade de comunicação acabou por influenciar nossa vinda.”, diz Sari.
Na rotina da Sonangol, Sari e Lucio lidam com a organização de eventos corporativos e estão sempre divulgando a imagem da empresa por toda Angola. “O curso vai facilitar um bocado nossa percepção de como passar uma boa imagem da empresa.”, diz Sari, que lamentou apenas o curto tempo de duração da atividade.
No escritório em Luanda, cidade sede da petrolífera angolana, os eventos são decididos internamente, mas a organização acaba terceirizada. A ideia agora é que, com o conteúdo apreendido em sala de aula, Sari e Lucio sejam capazes de organizar eventos até o momento em que não seja mais necessário contratar serviços externos.
O olhar do estrangeiro
Formado em Relações Internacionais e Desenvolvimento Global pela inglesa Leeds Metropolitan University, Sari tem um currículo de viagens estudantis pelo mundo. Dos 12 aos 18 anos estudou em Portugal e dos 18 aos 25, na Inglaterra. “Lá, minha sala tinha 20 alunos, cada um de um país diferente.”, diz Sari.
Estudar na Angola, segundo Sari, ainda custa caro e as vagas em universidades e colégios privados, por exemplo, são limitadas. Logo, os preços competitivos dos cursos no Brasil, com relação a outros países, também atraíram os angolanos.
E é com bolsas de estudos oferecidas por empresas, na maioria das vezes, que jovens como Sari e Lucio conseguem aprimorar conhecimentos fora da Angola. “Em Lins (SP) e no Rio de Janeiro há muitos angolanos interessados nas trocas culturais que podem ser adaptadas ao meu país.”.