INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O VESTIBULAR 2024.2 Fechar
Crédito: acervo pessoal

Crédito: acervo pessoal

Quis ser jornalista desde o momento em que pensei em uma profissão, lá pelos 11 ou 12 anos. Nunca tive dúvida sobre minha decisão – e não me perguntem por quê! Daí a entrar na faculdade aos 17 anos foi um pulo e um susto. Na época – 1982 –, o curso ainda era de três anos, que foram intensos. Foi na Cásper que aprendi a ser repórter, a ter certeza de que esse era realmente o ofício que queria. Foi também o lugar onde conheci meu parceiro de vida, André, com o qual construí a família que é o nosso principal projeto e maior realização. Na Cásper também encontramos os grandes amigos que nos acompanham até hoje.

Com um diploma aos 20 anos, porém, não me sentia formada. Faltava a experiência de um trabalho de verdade na área (até então havia feito apenas estágio em assessoria de imprensa) e conteúdo que me desse segurança para atuar.

Fui cursar geografia na Universidade de São Paulo, onde minha vontade de ser jornalista ganhou mais sentido: descobri que poderia exercer minha cidadania por meio do meu trabalho. Meu interesse em urbanismo e qualidade de vida me levaram às questões ambientais, que no final dos anos 1980 começavam a ganhar força no país, e desde então quase tudo o que faço está na esfera do que chamam de jornalismo e comunicação ambiental.

Passei por redações pequenas e grandes (Gazeta de Zona Norte, Shopping News, Agência Estado), por ONGs (SOS Mata Atlântica, Instituto Socioambiental). Há pouco mais de dez anos, resolvi que não queria mais ser empregada, que seria dona do meu tempo e dos meus projetos. Desde então, atuo por meio do NUCA (Núcleo de Conteúdos Ambientais). Os projetos bacanas nunca faltaram, mas, quanto a ser dona do meu tempo, bem, é melhor deixar pra lá…

Nesses quase 30 anos de profissão, continuo acreditando em jornalismo ético e comprometido com a informação. Jornalismo isento nunca vi. Também continuo acreditando que é um ofício que deve ser exercido com técnica e que ela precisa ser aprendida. Mas que, para ser bem-feito, precisa de paixão.

Maura Campalini, formada jornalista pela Faculdade Cásper Líbero em 1984 e geógrafa pela Universidade de São Paulo. Foi editora assistente de meio ambiente da Agência Estado (2000/2003), coordenadora de Comunicação do Instituto Socioambiental (1997/2000) e da Fundação SOS Mata Atlântica (1993-1997). Desde 2004, atua por meio do NUCA-Núcleo de Conteúdos Ambientais, prestando serviços jornalísticos na área socioambiental para ONGs, empresas e governos. Portfólio e trabalhos em andamento.