O país do futebol está perdendo seus estádios e ganhando uma série de novas arenas. A palavra estádio vem do grego stádion e significa um recinto de grandes dimensões, com bancadas para os espectadores, destinado especialmente a competições desportivas. Já o vocábulo arena tem origem latina e implica a ideia de um edifício circular onde ocorrem combates e touradas.
O estádio é uma construção aberta voltada principalmente para a realização de esportes que requerem grandes espaços, como futebol, beisebol ou atletismo. No estádio também são realizados grandes eventos, uma vez que seu tamanho permite a concentração de um grande público. Assim como o anfiteatro, o estádio está entre as formas arquitetônicas que preservam, há quase três mil anos, sua estrutura básica e a finalidade a que se destinava originalmente. Os estádios modernos não diferem muito da concepção grega antiga: uma grande construção destinada à realização de competições esportivas e outros espetáculos, com lugares para os espectadores em arquibancadas que contornam os campos de provas. Já uma arena é uma área fechada, quase sempre de forma circular ou oval, desenhada para apresentações musicais, teatrais ou eventos esportivos. Composta de um grande espaço aberto ao centro, rodeado por corredores e assentos para os espectadores, a arena é projetada para acomodar um grande número de espectadores.
Por causa da realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014, estádios como o Maracanã e o Mineirão foram reconstruídos e acabaram perdendo o espaço-símbolo do povão, a geral, um lugar mais democrático onde os torcedores, também chamados de geraldinos, ficavam muito próximos do campo podendo xingar jogadores, técnicos, juiz e auxiliares à vontade. Os estádios são construções mais populares, do preço do ingresso às comidas e bebidas vendidas, passando naturalmente pelas instalações sanitárias sem nenhuma marca de sofisticação.
O processo de elitização do futebol iniciado com a construção das arenas tem eliminado boa parte da alegria espontânea do futebol, representada pelo torcedores-foliões, cada vez mais preteridos em nome de torcedores-consumidores, única e exclusivamente a serviço da padronização do espetáculo e da elitização da experiência.