Se antes os tradicionais veículos de comunicação tinham exclusividade na hora de informar, hoje o que mais se debate é a produção de conteúdo desenfreada. Também não é novidade alguma a intensa disputa pelo domínio da informação entre jornalistas e internautas. Cada vez mais notícias são jogadas nas telas de aparelhos eletrônicos para que num simples deslizar de dedos outras mais apareçam. É na busca por estar presente no tempo de quem navega pela internet que jornalistas, sejam experientes ou não, acabam tropeçando e cometendo erros.
Para comprovar a veracidade de uma notícia o leitor deve confrontar informações em diferentes fontes. E qual é o papel do jornalista nesse cenário? Colocar em prática uma das premissas da profissão: a apuração. Diga-se de passagem, a notícia publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, em 19 de abril de 2019, afirmava que uma menina havia se recusado a cumprimentar o presidente Bolsonaro. Dois dias depois, após a checagem dos fatos, tudo foi retirado do ar.
Fica aqui, então, registrada a ideia de que nem mesmo quem luta contra as intituladas fake news está imune de produzi-las. Quando o ‘refresh’ for feito para atualizar as informações, é preciso indagar a si mesmo se é fato ou fake.