A indústria dos games sempre foi dominada por homens. No entanto, essa realidade está mudando. As mulheres vêm conquistando espaço, tanto nas competições quanto nos bastidores. O quinto episódio do Central 900 trouxe uma discussão essencial sobre o tema com a apresentadora Marina Orfali e as convidadas Ana Xisdê, comentarista e criadora de conteúdo gamer, e Érika Caramello, CEO da Dyxel Gaming e professora da Faculdade Cásper Líbero.
Como o Machismo Estruturou a Indústria dos Games
A exclusão das mulheres nos games não foi um acaso. No século XX, o setor de brinquedos rigidamente dividia seus produtos por gênero, e a indústria dos games seguiu esse padrão. Empresas como a Nintendo, para superar crises financeiras, venderam consoles como produtos masculinos. Isso reforçou a ideia de que games eram exclusivos para homens, ignorando o potencial do público feminino.
No Brasil, essa mentalidade ainda persiste. Érika Caramello destacou que, embora as pesquisas mostrem que há mais mulheres jogando do que homens, muitas evitam se expor devido à toxicidade na comunidade gamer. Esse cenário evidencia a necessidade urgente de mudanças.
A Ascensão das Mulheres nos Games
Embora ainda enfrentem desafios, as mulheres vêm conquistando espaço e transformando a indústria. Como destacou Ana Xisdê, a hipersexualização das personagens femininas diminuiu significativamente. Esse avanço não apenas reflete uma evolução na forma como as mulheres são retratadas nos jogos, mas também mostra um esforço contínuo para tornar o mercado mais inclusivo.
Érika também ressaltou que muitas mulheres têm se destacado no marketing dos e-sports, impulsionando o crescimento e a profissionalização do setor. Além disso, mulheres que atuam na criação de conteúdo, no jornalismo especializado e na produção de eventos têm ampliado a visibilidade do cenário competitivo. Times femininos e eventos exclusivos podem criar oportunidades para que mais jogadoras se destaquem e conquistem espaço.
O Futuro dos Games Está Mudando
A transformação da indústria está em andamento. O crescimento da participação feminina, tanto no cenário competitivo quanto nos bastidores, reforça que talento e estratégia não têm gênero. A presença de mais mulheres no setor é um passo essencial para um ambiente mais diverso e inclusivo.
Quer entender mais sobre essa revolução? Ouça o episódio completo do Central 900!
