Demorou, mas chegou. A tão aguardada 22ª edição da Semana de Jornalismo finalmente iniciou nesta segunda (29) na sala Aloysio Biondi, e teve em sua primeira palestra no período noturno a presença dos convidados: Paulo Cabral (BandNews FM), Arnaldo Duran (TV Record), Silvia Morello, Cinthia Gomes (Rádio CBN) e como mediadora a radialista e professora Filomena Salemme.
Intitulada como “Rádio e Televisão ao vivo”, a mesa debateu e discutiu muito mais do que isso. Os convidados compartilharam de suas experiências de maturidade e imaturidade no jornalismo, gafes jornalísticas e como escaparam desses momentos sem que o ouvinte ou espectador muitas vezes chegasse a perceber. Além disso, conversaram sobre o futuro do rádio, a importância da cultura da presença, a banalização da produção de conteúdo e o mercado de trabalho, respondendo também perguntas do público formado por alunos, ex-alunos e inscritos de outras escolas.
A mesa mediada por Filomena Salemme abriu com a reprodução de uma reportagem sobre o Lollapalooza produzida por alunas de rádio, TV e internet (RTVI). Após a audição, os convidados foram apresentados ao público e começou o compartilhamento de experiências e de muitas histórias de vida.
Paulo Cabral. Atualmente âncora da Band News FM, já atuou na Rádio Eldorado, na equipe da BBC Brasil em Londres e em outros veículos de comunicação, ele revelou algumas gafes cometidas durante sua trajetória e como teve jogo de cintura para lidar com esses momentos. Paulo acredita que a magia do “fazer vivo” é uma linguagem, e é preciso estar atento para conseguir ter um bom desempenho. Respondeu também uma das perguntas feitas pelo público, diferenciando análise de opinião, alegando que nós comunicadores devemos dar informações concisas para que o ouvinte ou telespectador possa ter estrutura para formular sua própria opinião.
Cinthia Gomes. Casperiana que atuou na revista Raça Brasil, na rádio Eldorado, no jornal O Estado de S. Paulo e atualmente trabalha para a Rádio CBN, ela iniciou seus comentários compartilhando sua trajetória no jornalismo e reproduzindo três entradas ao vivo para mostrar maneiras corretas e incorretas do “fazer o ao vivo”. Como conclusão, Cinthia reforça que o trabalho de um jornalista, apesar da correria, não pode pecar no compromisso com a verdade e exige acima de tudo concentração, uma memória impecável e um ótimo jogo de cintura para lidar com as imprevisibilidades da TV e do rádio ao vivo e com as dificuldades no mercado de trabalho.
Arnaldo Duran. Repórter especial do Jornal da Record e apresentador de alguns quadros para o Domingo Espetacular, ele já passou pela Rede Globo, SBT e pela Rádio Eldorado. Em sua intervenção, contou sobre sua passagem pelas mudanças no rádio, como por exemplo, a introdução do texto para a locução e relatou, assim como os outros convidados, algumas histórias engraçadas ocorridas durante sua trajetória. Arnaldo também falou sobre a pasteurização da reportagem no rádio, a importância da paixão pelo trabalho e sobre a capacidade (quase que extinta) de enxergar o lado lúdico da atividade.
Silvia Pegoraro é locutora desde 1997, com passagem pelas emissoras Kiss FM, Alpha FM, USP FM e atua na Antena 1, além de participar da gravação de comerciais e exercer a função de apresentadora de eventos. Ela falou sobre sua experiência e o futuro do rádio no mundo imagético divulgando sua monografia “Rádio em Tempos de Internet” que foi finalizada com a participação de alunos de RTVI da Faculdade Cásper Líbero e de outras duas universidades. Silvia conclui sua monografia mostrando que o rádio para a “geração y” é caracterizado pela mobilidade e por suas vastas opções, como os Podcasts e as rádios online.