Resumo
O problema do sofrimento humano é o de seus sentidos. Historicamente, atribuir à dor narrativas que as expliquem constitui imperativo existencial. Cada cultura seleciona os sofrimentos que escolhe narrar e as explicações que atribui majoritariamente a eles. Como lugar de produção e difusão do senso comum, a mídia atua tanto na seleção dos sofrimentos, quanto na eleição de suas explicações. O presente artigo se propõe a defender a ideia de que, entre os sofrimentos que o contemporâneo privilegia está o de natureza política e, entre as explicações que preponderantemente se atribui a eles está a da corrupção. Para análise dessa hipótese, será tomada a cobertura dos primeiros momentos da cobertura do jornal O Globo das manifestações que alastraram pelo Brasil em junho de 2013.
Palavras-chave: Corrupção. Sofrimento. Narrativa. Mídia. Política.
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