Resumo: A dialogia se apresenta como um processo que vai na contramão do espetáculo, no sentido debordiano do termo. Ao observar as formas mais recorrentes de cobertura jornalística da mobilidade urbana, percebe-se uma certa insistência na leitura do trânsito por meio de números. Esse formato se enquadra numa perspectiva de esvaziamento de sentido da informação pela abstração apresentada pelo excesso de índices e taxas que tentam dar conta da realidade. Mas, no exemplo de uma emissora de rádio cuja grade de programação é totalmente dedicada a essa pauta, é possível identificar no próprio padrão de cobertura a dialogia jornalística como uma possibilidade.
Palavras-chave: Radiojornalismo; trânsito urbano; dialogia; espetacularização
Mara Rovida é Doutora em Ciências da Comunicação pela USP, mestre em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Libero, jornalista, professora do curso de Jornalismo das Faculdades Integradas Rio Branco e membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ Comunicação e Sociedade do Espetáculo.