Resumo: A Ópera do Malandro (Chico Buarque) se origina da Ópera do Mendigo (John Gay) e da Ópera de Três Vinténs (Brecht-Weill). Todas narram os conflitos existentes entre a marginalidade e a ordem imposta, cada uma a seu tempo. O foco deste artigo é como Chico Buarque em sua obra lida com os liames entre moralidade e amoralidade que delimitam os muitos poderes dentro de um mesmo convívio social. Falsamente ambientada nos anos 1940 – para discutir a Ditadura Militar –, a obra nos fala de uma saudosa malandragem que aos poucos dá lugar a um, ainda embrionário, neoliberalismo econômico. Tudo isso, embalado por temas musicais que marcaram uma época.
Palavras-chave: Ópera do Malandro; teatro musical; produção cultural; crítica social
Gerson Steves é Graduado em Propaganda e Marketing pela ESPM e em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Ator pelo Teatro Escola Macunaíma. Mestre pela Faculdade Cásper Líbero. Autor do livro A Broadway Não é Aqui – Panorama do Teatro Musical no Brasil. Exerceu funções de planejador, redator e cronista em diversas empresas e veículos de comunicação. É, ainda, professor de interpretação e história do teatro. Atuou em mais de 30 peças, participou em festivais internacionais, e atuou também em telenovelas, séries e produções para o cinema.