(Re)embarque neste carrossel
Leandro Carabet – USP

Resumo
Na última década, o espaço destinado à criança rareou na grade da televisão brasileira dada uma soma de fatores: complicações das restrições aos anunciantes de produtos infantis; a migração de apresentadoras consagradas do público infantil para programas de variedades e a programação da televisão a cabo. Subitamente, Carrossel, remake exibido em 2012 pelo SBT, tornou-se uma “febre nacional”, trazendo receitas milionárias de publicidade e diversos contratos de licenciamento. Nosso pressuposto inicial é que o protagonismo em Carrossel é ocupado pela própria infância. Para procedimento das análises do objeto em questão, optamos pela inter-relação da análise de audiovisual e análise de discurso em suas relações contextuais.
Palavras-chave: Narrativa. Estigmas sociais. Televisão. Programação infantil. Carrossel.


O telefone celular e a comunicação instantânea: uma breve história da compressão do espaço e do tempo
Liliane Aparecida Pellegrini Pereira – Cásper Líbero

Resumo
O ritmo de vida acelerado e a superação de barreiras de mobilidade são duas características marcantes da contemporaneidade que influenciaram a representação do mundo, no sentido da percepção de seu encolhimento progressivo ao longo da história recente – o outrora vasto mundo, reduziu-se a uma aldeia global. Este artigo tem a intenção de discutir o impacto das tecnologias de comunicação instantânea e móvel, especialmente o telefone celular, na percepção humana a respeito da relação entre o espaço e tempo. A metodologia de análise utilizada foi a revisão bibliográfica e o quadro teórico de referência adotado foi:  Bauman, Harvey e Rosa.
Palavras-chave: Sociedade contemporânea. Tecnologias de Comunicação e Informação. Telefone celular. Espaço. Tempo.


A comunicação nos games
Luiz Augusto Dinamarca Barna – Cásper Líbero

Resumo
Vilém Flusser aborda a comunicação humana sob o ponto de vista de que ao longo da história desenvolvemos truques para acumular as informações adquiridas. Desenvolver truques para acumular informações é uma prática essencial nos processos dos games, Quais seriam as possibilidades relacionais entre comunicação, semiótica e games. Como a comunicação e a semiótica influenciam na interatividade e nas múltiplas linguagens dos games e outras mídias interativas? A proposta é encontrar novos horizontes nas relações entre esses três campos de estudo, mostrando que eles apresentam muito mais semelhanças que diferenças.
Palavras-chave:
Games. Processos de Comunicação. Semiótica. Linguagem. Ensino Aprendizagem.


Os eventos como espaço estruturante da área de comunicação
Marcelo Henrique Souza Rodrigues – Cásper Líbero

Resumo

A institucionalização do campo científico da comunicação no Brasil acontece a partir da ampla produção acadêmica de pesquisadores, que buscam promover a conexão entre pensadores desta teoria em constante construção, somada a diversos esforços e fatores.

Esta pesquisa propõe analisar a conexão entre os pesquisadores e os saberes produzidos nos eventos científicos realizados no país considerando as características estruturais para organização de um evento e a representatividade acadêmica que estes mesmos espaços passam a constituir a partir de seu histórico e reconhecimento entre os agentes do campo.

Palavras-chave: Eventos. Comunicação. Institucionalização. Campo. Político.


A relação entre a comunicação e a semiótica do ponto de vista da teoria dos campos
Vivian Santana Paixão – Cásper Líbero

Resumo
O objetivo deste artigo é compreender a teoria dos campos formulada pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, utilizando, para isso, a comunicação e a semiótica. Serão utilizados argumentos que mostrem como ambas fazem parte do mesmo campo, ou melhor, como a semiótica pode ser considerada como um “subcampo” da comunicação.  Como base teórica, serão usados o texto “Algumas propriedades dos campos” de Bourdieu e a obra Comunicação e Semiótica de Noth e Santaella.          
Palavras-chave:
Bourdieu. Semiótica. Comunicação. Teoria dos campos. Santaella e Noth.


O lugar da cor no cinema: azuis entre registro e criação
Wanderley Anchieta – UFF

Resumo
Este trabalho procura estabelecer relações entre os proeminentes azuis de A História da Eternidade e de Abril Despedaçado com uma análise fílmica e textual de seu status. Ambos os filmes tratam do desejo de fuga do árido sertão do Brasil, apresentado com paletas em tons arenosos e, eventualmente, cinzentos. O mar surge como elemento de disrupção com seu azul insinuante. Bambas entre arte e indústria/tecnologia ficam as escolhas cromáticas dos filmes. Dessa tensão surge a incisiva crítica de Jacques Aumont de que a cor no cinema é vítima de sua própria tecnicidade. Em suma, as cores dos filmes funcionariam como uma propriedade natural dos elementos representados – um mero registro. Não seria tal ideia simplificadora das potencialidades da imagem cinematográfica?       
Palavras-chave:
Cinema. Cores. Realismo. Estética. Imagem.