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O Teatro Cásper Líbero recebeu, na noite de 07 de outubro, o Painel “Comunicação, Diversidade e Inclusão”, realizado pelo Curso de Relações Públicas em parceria com a Associação Brasileira das Agências de Comunicação.

O eixo central das discussões foi pautado no interesse em mostrar aos profissionais e estudantes o papel da comunicação na difusão do conceito e da prática da diversidade e da inclusão. Além de mostrar os riscos que linguagem mal utilizada, preconceito embutido em campanhas, fotos, imagens, textos têm forte potencial de destruir reputações. “Mesmo com resistência retrocessos do contexto atual, entendemos que o tema é irreversível e que nós, os profissionais da comunicação corporativa, temos uma missão a desempenhar na construção de uma sociedade que entenda, respeite e pratique a diversidade e a inclusão. O profissional de comunicação não deve ter preconceitos, independentemente de suas convicções, sempre promovendo os conceitos de igualdade”, considera Carlos Carvalho, Presidente-executivo da ABRACOM, entidade que desenvolve projetos em conjunto com a Cásper Libero há mais de 10 anos.

Abrindo a rodada de apresentações, moderada pela Coordenadora de RP, Patricia Salvatori, os representantes dos Coletivos: Frente Feminista Casperiana Lisandra, Africásper e Frente LGBT+ Casperiana, fizeram seus discursos sobre os problemas que enfrentam no mercado de trabalho por pertencerem a esses grupos que são tratados como minorias, mas que não são.

Amanda Aragão, que atua como Consultora Sênior na Mais Diversidade, tratou da importância de distinguir o que é diversidade do que é inclusão. Enquanto a diversidade garante a representatividade quantitativa dentro de um determinado ambiente, a inclusão procura entender como o indivíduo se sente bem, ou não, estando neste ambiente, relacionando o conceito à cultura organizacional.

Já Franco Reinaudo, atual Diretor do Museu da Diversidade Sexual de São Paulo, falou de como a linguagem dissemina o preconceito e a discriminação, através de palavras ofensivas, que são utilizadas unicamente para o público LGBT+. Logo após Franco, a Secretária-adjunta da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, Marinalva Cruz, trouxe à tona o seguinte questionamento: “como pensamos uma comunicação acessível para um público com deficiência, de forma transversal, no contexto da diversidade?”. Além disso, reforçou a necessidade desse assunto ser tratado no mundo acadêmico, crendo que “essa sementinha plantada possa dar frutos” para ampliar a consciência e a visão sobre diversidade e inclusão no Brasil e no mundo.

Em seguida, Renata Beltrão, que é jornalista e especialista em Gestão Pública e, atualmente, assessora do Museu da Língua Portuguesa e do Museu do Futebol, disse que a questão da diversidade é algo muito presente em sua vida. Ela, que é uma comunicadora pernambucana, diz enfrentar desafios diários por ser uma nordestina vivendo e fazendo parte do mercado de trabalho em São Paulo – abrangendo a diversidade regional – e mostrando a necessidade da representatividade para com todos que fazem parte do território brasileiro.

Por fim, Igor Nogueira, um dos idealizadores da PerifaCon, primeira conferência nerd/geek das favelas do Brasil, falou sobre os desafios e os preconceitos que sofreu por ser negro, LGBTQI+ e periférico. Desde que ele e suas parceiras, criadores da Conferência conquistaram seu lugar de fala, vêm lutando diariamente para que os moradores das favelas tenham também essa mesma visibilidade e melhores oportunidades de vida.