Por Ana Luiza Sanfilippo, estagiária do Núcleo de Mídias Digitais
Dentre as diversas funções da comunicação organizacional, uma delas é estabelecer uma ponte entre as organizações e seus públicos. Atualmente, a transparência, reputação e imagem são itens fundamentais para uma empresa, e a comunicação organizacional complementa a ideia tradicional com demais estratégias. Essas estratégias são responsáveis por informar, engajar e promover narrativas corporativas.
Além disso, a comunicação organizacional no jornalismo não se limita a disseminar informações. Ela atua como instrumento para gerir crises, antecipar tendências, e alinhar as mensagens transmitidas com os valores da empresa. As estratégias principais vão desde o uso eficaz das redes sociais até alinhar a organização da equipe com as expectativas do público-alvo.
Anelisa Furquim, professora da pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero, mestre em comunicação pela Cásper e especializada em Comunicação Integrada, explica como a comunicação é um item essencial para nós, seres sociais:
Empresas são formadas por pessoas e para pessoas e, por muitos anos, eram vistas como marcas, num relacionamento frio e distante com seus públicos. Uma relação autocrática em que havia predomínio da comunicação de mão-única. De lá para cá houve transformações significativas que trouxeram reflexos na realidade da comunicação organizacional com seus stakeholders (pessoas interessadas na gestão e nos resultados de um projeto). Hoje, uma marca interessada em seus resultados, reconhece a importância de engajar seus profissionais, de se relacionar com a sociedade, manter um diálogo próximo com seus clientes, cuidar genuinamente da comunicação integrada.
Para tornar o ambiente mais proveitoso entre as equipes, a professora comenta que essa melhoria por meio da comunicação organizacional envolve conhecer muito bem a cultura da empresa e avaliar constantemente como os times respondem ao que se desejaria de modo que o profissional de comunicação consiga interpretar as variáveis envolvidas propondo estratégias efetivas no que diz respeito à qualidade desta interação.
Para melhorar a comunicação com a equipe, o diálogo e a compreensão devem ser protagonistas. Compreender com profundidade seus públicos internos, as personas, como elas se relacionam com a estratégia e como o profissional de comunicação é capaz de ter sensibilidade e destreza ao propor iniciativas inteligentes, que envolvam a comunicação integrada gerando resultados de curto, médio e sustentabilidade a longo prazo. Avaliando como é capaz de trabalhar a cultura a favor dos resultados, os líderes podem exercer papéis fundamentais neste cenário. Assimilar a cultura e os valores da empresa com os principais objetivos defendidos, é um dos exemplos de melhorias para a comunicação interna.
Por mais diversos que sejam os ambientes empresariais, quando bem organizada, a comunicação organizacional permite a aproximação dos públicos, podendo também ser feita de maneira digital. Inclusive, com os meios digitais, os profissionais da área têm mais acesso aos dados e, consequentemente, à mensuração de resultados. Dessa forma, Anelisa Furquim explica a importância do diálogo e do engajamento:
Não se trata do querer por parte da empresa, ou ainda da máxima da imposição de um posicionamento, mas, sobretudo, de ouvir e precisar engajar o outro para, juntos, ser possível atingirem importantes resultados. Diferente de antes, para que ambas as partes estejam engajadas é essencial que esse resultado seja favorável a ambos, o famoso “ganha-ganha”.
Sobre os canais, é essencial que haja coerência no posicionamento da empresa ao longo do tempo, adaptando a abordagem nos mais diversos pontos de contato com seus públicos. Claro que envolvem estratégias distintas e o conhecimento aprofundado do público/persona é a chave para o sucesso de estratégias efetivas à companhia. É importante monitorar esses canais frequentemente, sobretudo os digitais que te permitem maior acesso aos dados em tempo real, para uma gestão adequada do que se pretende enquanto estratégia de marca.
Atualmente, com todas as evoluções tecnológicas que pairam o mundo corporativo, é mais fácil saber que tipo de relacionamento uma empresa mantém com o seu público e com os seus stakeholders. Além disso, a conversa entre essas personas se tornou bem mais simples do que antigamente, o que torna a melhoria nos comportamentos algo mais fácil. A professora Anelisa explica:
Em tempos em que há maior participação dos públicos nas estratégias das empresas, em que há maior diálogo entre públicos de interesse e empresas, há maior exposição deste relacionamento apresentando maior risco à gestão da reputação das marcas. Para tanto, somado a um planejamento de comunicação estratégico consistente é fundamental o acompanhamento em tempo real e entender que hoje, mais do que antes, tempo de resposta e solidez no posicionamento são essenciais quanto o assunto é reputação de marca.
Tudo. A comunicação organizacional e o jornalismo estão interligados de várias maneiras. Ainda mais quando se trata de informações disseminadas dentro de uma organização ou para o público externo.
Assim, tanto na comunicação interna (jornalismo interno e assessoria de imprensa), quanto externa (relações públicas e eventos). Todos essas personas são responsáveis por passar informações, manter a reputação e a imagem da organização sempre limpas e moldar positivamente a percepção do público com a empresa. Somado a isso, ambos assumem um sério compromisso com a ética e a transparência ao emitirem conteúdos informativos.
A Faculdade Cásper Líbero oferece pós-graduação em Comunicação Organizacional. O curso tem como objetivo apresentar práticas, processos e tendências da Comunicação Organizacional. Além disso, mostrar como desenvolver planejamentos integrados e gerir conteúdo considerando os diversos públicos das organizações no contexto atual. Saiba mais sobre a especialização e inscreva-se.