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Por Ana Luiza Sanfilippo, estagiária do Núcleo de Mídias Digitais

Quem nunca estava assistindo a uma série ou filme e os pais disseram “Essa aí é da minha época” ou “Usava muito na minha adolescência”?

Pois é. As tendências culturais como música, moda e maquiagem vêm e vão o tempo todo. A série “Stranger Things”, que se passa durante a década de 1980, influenciou muito a juventude atual no jeito de se vestir e nas músicas que foram trazidas de volta para a atualidade. 

Stranger Things (Divulgação: Netflix)

Stranger Things (Divulgação: Netflix)

Outro exemplo é a moda dos anos 2000 que invadiu as redes sociais nos últimos tempos. A Estética y2k está sendo usada no dia a dia novamente, com calças cintura baixa, roupas metálicas, tops e bandanas.

Mas, por que isso acontece?

Por que tendências vêm e vão?

Segundo a professora Vanessa Bortulucce, professora da Faculdade Cásper Líbero e historiadora da imagem, da arte e da cultura, nos conta que o passado nos oferece coisas novas, que é o que a mídia busca a todo momento:

“Há uma certa curiosidade em explorar os aspectos culturais de momentos anteriores. É um efeito um pouco em cadeia, então você tem um filme sobre determinada época, esse filme faz sucesso e aí as pessoas vão investigar o que se vestia nessa época. Existe sim um efeito midiático.”

A professora também comenta que a volta dessas tendências tem a ver com uma motivação de ordem de mercado, onde se procura o novo e o encontra no passado. Nós estamos sempre atualizando esse olhar para o passado, por isso a moda não morre.

Como o figurino impacta uma produção audiovisual? 

O figurino comunica o que a produção audiovisual quer transmitir. Só com o figurino é possível compreender o estilo de vida de um personagem, como classe social, personalidade, ancestralidade entre outras características, como explica Vanessa Bortulucce:

“Quando o olho captura um figurino, existe algo que está sendo dado ali, uma visão de mundo, questões de gênero, de moral, de valores, a relação que uma época tem com o corpo.”

Como a mídia influencia na volta das tendências?

Há alguns anos, as tendências eram transmitidas para o público principalmente por meio do cinema, da televisão e das revistas. Hoje, um dos maiores responsáveis por ditar tendências são as redes sociais. 

Uma tendência pode surgir no cinema, mas as redes sociais serão os “agentes transmissores” dessa moda para as pessoas. Um exemplo recente foi a febre do filme “Barbie”, de 2023. O filme foi o responsável por implementar o Barbie Core, mas foi no TikTok que a tendência se instaurou, com usuários mostrando inspirações de roupas, maquiagem e até comportamentos. Esse sucesso fez com que lojas dos mais diversos segmentos utilizassem essa tendência para promover seus produtos. 

Barbie (2023) - Divulgação (tendências de moda)

Barbie (2023) – Divulgação

Como a moda transmite para o público quais serão as tendências do ano, mês ou estação?

As tendências estão na própria roupa. Claro que a repercussão que essa roupa causará  no público dependerá de uma série de fatores. Mas é no próprio registro dessa tendência que as pessoas começarão a seguir determinada moda. 

No audiovisual é a mesma coisa. O surgimento de uma série ou filme que traz um estilo novo ou repaginado e que faz sucesso na mídia faz com que elementos dessa produção sejam usados com mais frequência.

Por que a nostalgia é algo que atrai o público?

A nostalgia surge como termo no século XVIII, com o romantismo, mas que aparece em diversos momentos da história. O “Sentir falta de” é encontra-se em vários aspectos como música, estilo de vida, arte e, é claro, nas roupas. A professora afirma que a nostalgia é uma característica na humanidade:

“Hoje nós temos uma experiência de nostalgia muito atrelada ao pós-moderno. Nós somos românticos. Achamos que o passado é sempre melhor e mais fascinante do que os tempos presentes.”

Com isso, no audiovisual, é preciso estudar tópicos como tendências de moda para uma boa produção. O incentivo à criatividade e à inovação em conteúdos e formatos multiplataforma são diferenciais do curso de Rádio, TV e Internet da Cásper, que desenvolve essas características junto aos alunos por meio de trabalhos práticos e interdisciplinares ao longo dos quatro anos da graduação (webséries, podcasts, programas de TV, curtas metragens, etc). Acesse o site e inscreva-se.