Resumo: Este artigo tem a proposta de tecer uma reflexão a respeito das manifestações que ganharam as ruas do país, em março de 2015, na tentativa de compreender o discurso conservador e de ódio que transbordou em cartazes e palavras de ordem, mostrados pela mídia. Para contextualizar o momento, o texto discorre sobre o início das jornadas, que ocorreram em junho de 2013 e tinha como pauta apenas a redução das passagens de ônibus, trem e metrô, na cidade de São Paulo, mas ganhou as ruas de outros estados brasileiros em volume de pessoas e diversidade de reivindicações, assim como seus desdobramentos. Para tentar dar conta de falar sobre o conservadorismo que pululou nas ruas em 2015, traremos para a luz deste artigo alguns teóricos que discutem o tema, sobretudo, o francês Guy Debord, que em 1967 trouxe à tona o conceito de Sociedade do Espetáculo.
Palavras-chave: Movimentos sociais; espetáculo; jornalismo; conservadorismo
Eliana Natividade é Jornalista, roteirista e escritora. Mestre em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero. Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ Comunicação na Sociedade do Espetáculo.