Revista Comtempo

Revista Eletrônica da Pós-Graduação da Cásper Líbero – ISSN 2176-6231
Volume 7, nº 3 – set./dez. 2015

Resumo
O auto reconhecimento permite um processo contínuo em que um ser se propõe humano nas relações sígnicas que criam os diferentes indivíduos possíveis à existência desse ser. Inicialmente, esse processo pode ser entendido a partir das teorias de Gombrich e Francastel como estudo da representação pictórica. Sendo assim, é cabível entender as considerações sobre a contextualização da imagem na realidade do ser humano, não apenas como um processo de representação, mas como a possibilidade de um atributo psicológico diante de um contexto pictórico. Portanto, abrindo-se o campo do entendimento do reconhecimento humano, evidencia-se que esta autodeterminação temporal e espacial inerente à construção de realidade de cada indivíduo está diretamente ligada à mediação da imagem, não somente nos termos da visualidade, mas entendendo-se a contemplação imagética a partir da sinestesia, a partir de todas as possibilidades sensoriais concernentes ao ser humano. Um termo em grande eminência e prospecção na atualidade é a “propriocepção”, que trata dos impulsos neurológicos, psiquiátricos e psicológicos que levam uma pessoa ao reconhecimento espacial do próprio corpo. De fato, a propriocepção passa a ser estudada a partir dos receptores sensoriais do sistema nervoso, tendo em vista que um receptor não possui a capacidade de identificar sozinho todos os estímulos diferentes que o corpo recebe a cada segundo. Dessa forma, o início desse estudo se dá estritamente a partir da inteligência corporal-cinestésica, o que atualmente já possui um direcionamento diferenciado: aliam-se a esse conhecimento os valores da psicologia da representação pictórica baseada na realidade figurativa. Em outras palavras, o presente artigo busca explorar como os atuais estudos sobre a propriocepção tomam base na aliança da junção sensorial concernente ao corpo humano (sinestesia) e a representação imagética possível ao reconhecimento de padrões no cérebro humano. Pode-se aliar os estudos da propriocepção produzidos por Oliver Sacks com a teoria semiótica peirceana (explorada por autores como Lucia Santaella, Winfried Nöth e Roberto Chiachiri) para construir um entendimento sobre a realidade figurativa imagética através da mediação de signos de auto reconhecimento. Pois, a partir desses conceitos, pode-se elucidar que a conotação antropossociomórfica se apresenta na expressão, na atuação e/ou no desenvolvimento da figuratividade por meio da consciência e da inter-relação das funções psíquicas referentes ao sistema cognitivo humano como parte de expressão de uma rede sígnica internalizada em forma de linguagem e narrativa, a fim de esclarecer que a diferenciação, bem como a irregularidade cognitiva, é o que faz cada ser humano portar um indivíduo na construção da sociedade.

Palavras-chave
Mediação. Propriocepção. Autoimagem. Cognição. Sinestesia.

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