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Abrindo a mesa “Ser ou não ser digital, eis a questão” da noite de 4 de novembro, o professor casperiano Joubert Brito apresentou a pesquisa Conteúdo na era da simultaneidade, que trata das transformações que os smartphones trouxeram para a sociedade e para a comunicação, especialmente para a publicidade e o marketing, nos últimos três anos.

O docente apresentou dados sobre o uso dos celulares. Um exemplo interessante: uma pessoa visualiza o celular 150 vezes ao longo do dia, em média, o que não justifica que as marcas invistam apenas cerca de 5% de suas verbas em mobile. Ele também aponta que mobile não é mais tecnologia, meramente, mas é conteúdo e comportamento, e que as empresas precisam se concentrar em como fazer mobile.

Em seguida, em meio a demissões de jornais e revistas impressos e as discussões acerca do futuro destes meios, Adriano Batista Rodrigues trouxe uma discussão sobre a revista digital online. A apresentação foi interativa, com a participação dos ouvintes por meio do celular.

Adriano abordou as dificuldades em lançar uma revista digital que uma arte, design, publicidade e tecnologia, que atenda às necessidades dos usuários e das editoras e não seja mero depósito de arquivo. Como base, usou o modelo criado pela Adobe, copiado por outras empresas, mas que não atende a esses requisitos. Assim, ele desenvolveu uma revista funcional, que comporta imagens, vídeo, hiperlink, galeria de imagem, cores, áudio, mas que não parece um blog ou site, mas uma revista digital genuína.

A apresentação seguinte foi da aluna do 2º ano de Rádio, TV e Internet, Giovanna Quarterone, que falou sobre a relação da imagem do índio em relação ao homem branco no Brasil, colocando em foco e questionando a maneira como o preconceito contra índios transparece em produções audiovisuais.

Ela analisou comparativamente três produções audiovisuais: “Terra dos Índios” de Zelito Viana, “Vale dos Esquecidos” de Maria Raduan, e “Xingu” de Cao Hamburger. Ela defende que se a cultura indígena fosse mais e melhor retratada, os índios poderiam ser mais facilmente retirados da margem em que se encontram.

Ingrid Matuoka, do 3º ano de jornalismo, falou sobre a representação das mulheres trans na mídia, abordando conceitos sobre as questões de gênero, o poder e influência da mídia e de imagens sobre o imaginário coletivo e individual da sociedade e de construção de identidades e sobre como elas costumam ser representadas de forma distorcida e sob uma ótica machista. Ela também explicou como estes fatores se convertem, com frequência, em transfobia: violência contra essas mulheres.

Em um segundo momento, analisou o caso de Caitlyn Jenner, explorando como era a representação de Bruce Jenner na mídia e como passou a ser após assumir-se mulher trans.

Encerrando a mesa, Mariana Agati, do 3º ano de jornalismo, falou sobre as mudanças na linguagem das crônicas com o advento das tecnologias contemporâneas. Ela remontando a história das crônicas desde suas raízes no Brasil até os tempos atuais, abordando e as diferenças entre a crônica no jornalismo e na literatura, em convergência com as colunas de sites e jornais.

A aluna também abortou os três momentos decisivos para a linguagem das crônicas e como elas são feitas hoje. O foco de sua pesquisa foi em publicações de O Estado de S. Paulo que usaram a tag #crônica entre janeiro e junho de 2015.