Jessica Grecco e Ariane Freitas, responsáveis pelo projeto Indiretas do Bem. Crédito: Fabio Junior - Saycheese

Jessica Grecco e Ariane Freitas são responsáveis pelo projeto Indiretas do Bem.
Crédito: Fabio Junior – Saycheese

Com o #Livrodobem em pré-venda e lançamento oficial agendado para o dia 25 de novembro, as Casperianas Ariane Freitas, jornalista, e Jessica Grecco, publicitária, responsáveis pelo projeto Indiretas do Bem – que possui uma das gestões mais bem sucedidas nas redes sociais do Brasil – contam sobre como é apostar no empreendedorismo na área da comunicação.

Somando mais de sete milhões de curtidas atualmente, a página do Indiretas do Bem no Facebook nasceu em 2012, direcionada a um público-alvo restrito. Decididas a incentivar um ambiente de trabalho menos estressante, afetado por troca de farpas virtuais no círculo de amizades cultivado em meio a rotina profissional envolta por criação e planejamento de conteúdo, Ariane e Jessica começaram a espalhar o amor pela rede social. “Porque a gente tá cansado de quem fica atacando os outros com indiretas e resolveu transformá-las em armas do bem.”, conforme descrevem o projeto na rede criada por Mark Zuckerberg.

No início, a administração da página era feita de maneira anônima. “Ficamos quase um ano sem contar que éramos nós. Até porque aconteciam muitas brigas no grupo que nos inspirou e, se contássemos, iriam dizer que estávamos provocando mais brigas”, acredita Ariane.

A expansão se deu na medida em que outras pessoas visitavam a página e se reconheciam nas situações descritas ali, motivando a dupla a seguir com o projeto. “A gente prega o bem, mas também tem dias horríveis, faz um desabafo e muita gente nos diz para sermos fortes, dizem que estão passando por coisas parecidas”, conta Ariane. Por essas e outras que Jessica diz preferir as indiretas focadas no amor: “As pessoas marcam umas as outras nas postagens, fazem declarações.”.

Diante da boa receptividade, elas optaram por ampliar o Indiretas do Bem para além do Facebook, criando perfis no Instagram, Twitter e também um blog. “Quisemos aplicar o que aprendemos na Faculdade e no nosso dia a dia na agência em algo que fosse nosso”, explica Ariane.

Nos bancos da Cásper Líbero

Da época em que estudaram na Cásper Líbero, tanto Ariane quanto Jessica guardam boas recordações. Sobretudo das trocas constantes de conhecimento com colegas e professores, muitos deles atuantes no mercado de trabalho.

Mensagens positivas integram "O Livro do Bem". Crédito: Divulgação

Mensagens positivas integram “O Livro do Bem”.
Crédito: Divulgação

As discussões sobre tecnologia ainda eram recentes no meio acadêmico Casperiano, entre 2010 e 2011, anos de formação, respectivamente, em publicidade e propaganda, no caso de Jessica, e jornalismo, no de Ariane. “Acabávamos conversando sobre o que acontecia nesse meio, uma vez que já tínhamos perfis em algumas redes, além de outros temas.”, comenta Jessica.

Para Ariane, que se considera bastante tímida, o estímulo docente foi essencial. “É o que mais levo comigo, porque tem vezes que a gente precisa correr atrás de coisas que nunca viu na vida.”, afirma.

Claro que o trabalho de conclusão de curso de ambas foi sobre a área digital. Ariane criou um blog, enquanto Jessica desenvolveu um projeto de comunicação digital para um festival realizado por uma marca de cervejas.

Da agência para o próprio negócio

Entre os desafios para a fase empreendedora, a burocracia parece ser um capítulo a parte na trajetória das empreendedoras. Registro de marca, regras para promoção de concursos culturais, articulação de novos projetos. Tentando abrir a própria empresa, o jeito foi contar com ajuda de escritórios de advocacia e contabilidade para, assim, terem tempo de desenvolver ideias novas.

Ariane e Jessica também escolheram terceirizar parte dos processos de gestão, enquanto seguem a frente de outros. “Temos duas colaboradoras, uma em São Paulo e outra em Belo Horizonte, que escrevem para o blog. Nós cuidamos das contas nas redes sociais, editamos os vlogs no YouTube, mas contamos com ajuda para os vídeos dos desafios no Instagram”, explica Ariane.

Trabalhando nos moldes de uma agência, elas recebem propostas de clientes interessados em patrocinar os desafios promovidos no Instagram e precisam produzir peças que traduzam tanto o espírito do projeto quanto o conceito da marca patrocinadora. A patrocinadora fica responsável pelos custos de divulgação e pelos prêmios sorteados.

Ansiedade a mil

o-livro-do-bem-capaAs Casperianas fecharam contrato com a Editora Gutenberg, para O Livro do Bem, em 10 de setembro e no dia 29 do mesmo mês entregaram o texto, ainda sem as ilustrações de Ariane. Parte da rotina atribulada. Com a finalização do livro, em outubro, deram início às intensas divulgações nas redes sociais do Indiretas do Bem. “Recebemos muitas mensagens falando sobre projetos pessoais parados e que foram retomados após a leitura de textos que nós publicamos. Esse retorno é uma das coisas que nos deixam orgulhosas e felizes.”, afirma Jessica sobre o desejo concretizado de publicarem um livro.

Interativo, O Livro do Bem reúne, por meio da hashtag #LivrodoBem, tanto as mensagens positivas criadas por Ariane e Jessica quanto as enviadas pelo público do projeto, incluindo as fotos dos desafios semanais no Instagram. “É como se fosse um diário, algo mais pessoal feito uma carta que se escreve para si mesmo ler daqui dez anos.”, explica Jessica. Além das frases, também serão publicadas inspirações e cards feitos à mão.

Ariane e Jessica avisam que um site para o livro está previsto, permitindo que os meio off-line e online possam continuar o diálogo entre elas e o público. “Nada do nosso trabalho existiria se não fosse a participação das pessoas. O Indiretas cresceu porque as pessoas interagem entre elas nas nossas publicações.”, reforça Ariane.

O Livro do Bem, publicado pela Editora Gutenberg, estará disponível nas livrarias a partir de 25 de novembro.

Serviço

Lançamento O Livro do Bem

Quando: Terça-feira, 25 de novembro, 18h

Onde: Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Avenida Paulista, 2073)