A adaptação do mundo dos quadrinhos para a televisão, plano-sequência, e os desafios para, com baixo orçamento, produzir uma série de qualidade. Esses foram os temas principais da mesa da manhã de quarta-feira (24/8), “Do HQ para a TV: o protagonismo de Lili, a Ex”, que teve a presença da atriz Maria Casadevall, dos diretores Luis Pinheiro e Quico Meirelles, e do criador da personagem, o cartunista e roteirista Caco Galhardo.
Atualmente, em sua 2ª temporada, Lili, a Ex, conta a história de Lili, figurinista interpretada por Maria Casadevall, que resolve se mudar para o apartamento vizinho ao do seu ex-marido. Exibida no canal GNT, a série também tem em seu elenco a atriz Rosi Campos, no papel de mãe da personagem principal, além de participações de Milton Gonçalves, Priscila Fantin e Caio Castro.
Na roda de conversa, Caco Galhardo contou que a ideia inicial surgiu após tentar enxergar o humor de uma separação, fato normalmente sucedido por “dias pesados, tristes e de incertezas”.
Já Luis Pinheiro, diretor geral da série, falou sobre o processo da transformação do HQ – formato original da criação – para a tela. “É uma linguagem diferente, com a grande problemática de ser construída em cima do orçamento. Uma vez estabelecida essa linguagem, construímos o cenário, pequeno, porém com várias passagens, facilitando o plano-sequência, uma das características da série”.
Inclusive, a gravação de uma ação contínua, com um longo período de duração, sem cortes, foi outro grande desafio. “A iluminação era muito complicada. Atrás da câmera ia um monte de gente abaixada, tentando se esconder para tudo encaixar”, contou Quico Meirelles, também diretor.
Maria Casadevall, por outro lado, destacou a importância dos atores nesse tipo de filmagem. “ O plano-sequência é muito orgânico e, por isso, os atores acabam fazendo parte dessa mecânica. Principalmente porque não pode errar, tem que sair perfeito”, conclui.
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