Adaptada do texto de Katori Hall, a versão brasileira de O topo da montanha é dirigida e produzida por Lázaro Ramos, que também protagoniza o espetáculo com Taís Araújo. A peça, que ficou em cartaz por quase um ano em São Paulo e agora segue turnê pelo Brasil, emociona de tão simples.
A trama apresenta ao público como podem ter sido as últimas horas de Martin Luther King naquele 3 de abril de 1968, véspera do seu assassinato, no Hotel Lorraine. Em ambientação única, toda a história acontece na varanda ou dentro do quarto 306.
Com trejeitos, vícios e vocabulário simples, a figura de Martin Luther King é colocada como nada mais nada menos que humana, cheia de medos, planos e angústias.
Dessa maneira, fica fácil acompanhar o longo diálogo entre “Sr. King” e Camae, camareira atrevida em seu primeiro dia de trabalho no hotel, que se apresenta nos primeiros minutos para, de maneira descontraída, confortar, confrontar e dar lições ao reverendo, que antes dali, proferira seu último grande discurso na cidade de Memphis, no estado de Tennessee.
Lázaro e Taís não só interpretam aqueles personagens. A militância de ambos traz a verdade e a emoção ainda mais à tona. Ao fim do espetáculo, os atores suscitam uma reflexão sobre respeito e afeto – propondo aos espectadores uma discussão absolutamente atual.
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