Informações Gerais

Local: Teatro Cásper Líbero

11 a 13 de maio de 2016

Horários conforme a programação

E-mail para inscrição: [email protected]

Descrição

2ª Semana de Debates de Cultura Geral: Invisibilidades, Alteridades e Convivências, organizada pela Coordenadoria de Cultura Geral da Faculdade Cásper Líbero, ocorrerá de 11 a 13 de maio de 2016, nos períodos matutino e noturno. Abordando o empoderamento das minorias o evento promete trazer importantes reflexões sobre temas atuais como segregação periférica, arte e política e os modos pelos quais indígenas e imigrantes têm sido percebidos em diversas instâncias da nossa sociedade, por exemplo.

Serão cinco diferentes mesas de debates, distribuídas em três dias. O evento tem como objetivo discutir, em várias instâncias e sob vários pontos de vista, a questão das invisibilidades sócio-políticas. O tema é delicado, mas de extrema relevância para o comunicador e para todos os estudantes de comunicação.

Confira a programação do evento:


11 de maio, às 8h30


Abertura: com a presença do Diretor da Faculdade, Prof. Dr. Carlos Costa, e da Coordenadora de Cultura Geral, Profa. Dra. Sonia Castino




Mesa: Relações centro-periferia: mobilidade e direito à cidade

Descrição: Nas últimas décadas, as cidades foram incorporadas ao circuito de valorização do capital, impondo a uma parcela da população um processo contínuo de segregação socioespacial que acaba por se refletir em uma das variadas faces da desigualdade.

A desigualdade social das cidades brasileiras é expressa através de uma lógica de segregação que contrasta uma cidade formal e uma cidade informal, definidas no espaço geográfico pelo centro, dotado de toda infraestrutura urbana necessária, e pela periferia, tornada invisível.

Nesse cenário, a mesa propõe discutir as variadas possibilidades de manifestação sobre o direito à cidade e a relevância do tema dentro de uma conjuntura de questionamento das políticas urbanas, sobre as diversas maneiras de ocupação do espaço público e novas formas de manifestação política.

Mediação:

Raphael Brito Faustino. Professor de Economia da Faculdade Cásper Líbero, mestre em Desenvolvimento Econômico pela UNICAMP, trabalha com temas relacionados às políticas públicas de desenvolvimento urbano, como habitação, saneamento e mobilidade urbana.

Debatedores:

William Vella Nozaki. Doutorando na área de Desenvolvimento Econômico no Instituto de Economia da UNICAMP. Mestre em Desenvolvimento Econômico, com ênfase em História Econômica, pela UNICAMP. Bacharel em Ciências Sociais pela USP.

Graziela Krohling Kunsch. Artista plástica. Doutoranda e Mestre em Cinema pela ECA-USP. Editora da revista Urbânia. Além de seus projetos em performance e vídeo assume os papéis de curadora, editora e professora. Na 29ª Bienal de São Paulo, apresentou o “Projeto Mutirão”, que compreendeu uma série de vídeos que documentam a produção coletiva de uma nova cidade.

Jefferson Mariano. Doutor na área de Desenvolvimento Econômico pela UNICAMP, Mestre em Economia pela PUCSP, Bacharel em Sociologia e Ciência Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, atualmente é Analista Socioeconômico do IBGE e professor da Faculdade Cásper Líbero.

 

11 de maio, às 19h


Exibição do filme “Identidade Cotidiana”, de Anna Lucchese




Mesa: Arte e Política

Descrição: Propõe-se discutir se toda arte exerce uma função política ou se tem uma dimensão política, mesmo quando não se tratar da chamada “arte engajada” - vinculada diretamente a temas ou posicionamentos político-partidários, uma vez que todo fazer artístico é histórico e reflete suas condições de produção e circulação. Quer-se discutir até que ponto a arte tem o poder de transformar ideias e atitudes e como o artista/poeta se define hoje em relação ao homem, como elemento da sociedade e como participante ativo de seus enfrentamentos.

Mediação:

Alexander Maximilian Hilsenbeck Filho. Doutor em Ciência Política, leciona Ciência Política na Faculdade Cásper Líbero, escreveu artigos relacionando Arte e Política, especialmente as potencialidades do uso do teatro, literatura e estética pelos movimentos sociais.

Debatedores:

Anna Carl Lucchese. Bacharel em RÁDIO E TV, pela Faculdade Cásper Líbero, fez pós-graduação em direção cinematográfica na ESCAC - Escola Superior de Cinema i Audiovisuals de Catalunya (Barcelona/Espanha). Trabalhou como editora e diretora de cena na TV Cultura e para produtoras. Atualmente é diretora do talkshow “A Máquina”, da TV GAZETA. Em 2015, finalizou seu primeiro documentário de longa-metragem, “Identidade Cotidiana”.

Dawn Fleming e María Agustina Comas. Personagens do documentário “Identidade cotidiana”

Fernanda Azevedo. Atriz da Kiwi Companhia de Teatro. Bacharel em artes cênicas pela UniRio, estudou teatro na França e fez participações na minissérie Chiquinha Gonzaga (1999) e no seriado Mulher (1999), produzidos pela Rede Globo, e no filme Olga, dirigido por Jayme Monjardim em 2004. Foi vencedora, em 2014, do 26º Prêmio Shell de melhor interpretação feminina, pelo espetáculo “Morro Como um País”, mas recusou o prêmio.

Oswaldo Ramos Mendes Filho. Jornalista, ator formado pela Escola de Arte Dramática, diretor de teatro e dramaturgo. Escreveu a peça “As Insubmissas”, em 2014. Tem onze peças escritas e encenadas. Para Elis Regina, dirigiu o show “Essa Mulher”, em 1979.

Rodrigo Ciríaco. Escritor, blogueiro, professor, mediador de leitura e ativista cultural. Tem desenvolvido várias ações literárias nas periferias de São Paulo, como o coletivo cultural Sarau dos Mesquiteiros, os projetos Cooperifa e Rachão Poético – Copa Mundão de Poesia, e o selo literário Edições UM por TODOS. Escreveu: Te pego lá fora, 100 máguas e Vendo Pó…esia. Produz o blog “Efeito Colateral” e integra o Conselho Diretivo do PNLL – Plano Nacional do Livro e Leitura.

 

12 de maio, às 8h30




Mesa: Protagonismo, empoderamento e lugares de fala: potencialidades, necessidades e limites

Descrição: Por sua materialização no cenário político atual, propõe-se refletir sobre as potencialidades, necessidades, limites e alcances das ideias de empoderamento, protagonismo e lugares de fala. Qual é a importância do empoderamento na conquista de espaços de atuação social e como se converte em protagonismo? Como o protagonismo coloca e questiona o lugar de fala de pessoas, a partir de sua condição social? O lugar social (sempre generificado, racializado, etc.) coloca limites claros para a produção de discursos socialmente engajados? Só é possível refletir legitimamente sobre preconceitos, opressões e questões que se conheçam diretamente por meio de experiência própria, caso contrário o discurso toma a forma de roubo de protagonismo?

Mediação:

Vitor Grunvald. Professor de Antropologia da Cásper Líbero, é doutor em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP), com período de pesquisa no Departamento de História de Arte e Estudos da Comunicação na McGill University, Canadá. Pesquisador do Grupo de Antropologia Visual (GRAVI) e do Núcleo de Antropologia, Performance e Drama (NAPEDRA), ambos da USP, trabalha há mais de dez anos com marcadores sociais da diferença, com ênfase em gênero e sexualidade.

Debatedores:

Elvis Justino Stronger. Representante político da Família Stronger. Organizador do ato “Kaique” e do Cinediversidade do Grajaú. Ganhou prêmios de militância importantes, como o organizado pela APOGLBT e de militância jovem organizado pelo programa Liberdade de Expressão em parceria com a Câmara de São Paulo. Atua na rede Respeito se Aprende na Escola, Autorama legal e no Movimento Tatuapé LGBT.

Amara Moira. Ativista trans. Blogueira. Doutoranda em Teoria Literária pela UNICAMP.

Eliane Dias. Ativista feminista. Advogada. Foi assessora parlamentar na Assembleia Legislativa de São Paulo, onde atuou na Comissão de Direitos Humanos, e é hoje a produtora do maior grupo de rap do Brasil, o Racionais MC's.

Revolta da Lâmpada. Coletivo de ativismo queer que defende o corpo livre e as lutas de minorias sociais.

 

12 de maio, às 19h


Depoimento do grupo de alunos participantes da "Expedição Brasil – Holanda: vamos voar?", projeto de intercâmbio da Cásper Líbero com a Christelijke Hogeschool Ede.




Mesa: Invisibilidades e cidadanias: a questão indígena e imigrante

Descrição: Propõe discutir os modos pelos quais indígenas e imigrantes têm sido percebidos, classificados e inseridos na sociedade brasileira. Destacam-se não só as atuações do Estado brasileiro, mas também o imaginário e a percepção sobre indígenas e imigrantes em diversas instâncias da nossa sociedade, como por exemplo, na mídia, nos diversos produtos audiovisuais e nos discursos de personalidades de destaque, buscando refletir sobre os conteúdos do senso comum acerca de indígenas e imigrantes.

A opção por reunir numa mesma discussão indígenas e imigrantes resulta da compreensão de que esses sujeitos vivem, igualmente, uma violenta situação de invisibilidade e exclusão social, enfrentando grande dificuldade em ter seus direitos legitimados publicamente, seja como fazendo parte dos "direitos de cidadania" ou como pertencendo aos "direitos humanos". A mesa tem a proposta de refletir sobre como esta situação de invisibilidade está relacionada à incapacidade de se aceitar a alteridade desses "outros" (indígenas e imigrantes).

Mediação:

Sandra Lúcia Goulart. Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas com experiência na área de Ciências Sociais em geral, com ênfase em Antropologia, disciplina que leciona na Faculdade Cásper Líbero.

Debatedores:

Marcelo Haydu. Diretor do Adus - Instituto para Reintegração de Refugiados, que, desde 2010, atende refugiados, solicitantes de refúgio e pessoas em situação análoga ao refúgio nos programas de reintegração, orientação de trajeto e advocacy.

Akon Patrick. Diretor de cinema e ator de teatro haitiano de Porto Príncipe, trabalha no auxílio a refugiados e imigrantes, no Brasil e em outros países. Atualmente está no Teatro de narradores com a peça “Cidade Vodu”, sobre a situação de imigrantes e refugiados haitianos no Brasil.

Salvador Schavelzon. Professor e Pesquisador na Universidade Federal de São Paulo. Doutor em Antropologia Social pelo Museu Nacional da UFRJ. Mestre em Sociologia e Antropologia pela UFRJ. Professor e pesquisador visitante na Universidade de Califórnia. Tem publicações sobre Cosmopolítica Indígena, Antropologia do Estado, Estados Plurinacionais, América Latina, Teorias Nativas sobre o Estado.

Danilo Paiva Ramos. Antropólogo, Pesquisador (Pós-doutorado) - Dep. Antropologia USP/ Dep. Linguística U. Texas. Coordenador do Grupo de Estudos de Antropologia e Linguística - GEAL/USP. Membro do Fórum sobre Violações de Direitos dos Povos Indígenas –FVDPI.

Sheylla Cantarelli. Advogada e ativista indígena, atua na defesa da cultura e direitos dos povos indígenas.

 

13 de maio, às 8h30




Mesa: Impactos da Flexibilização no Trabalho

Descrição: A mesa propõe um debate sobre as reconfigurações do mundo do trabalho, principalmente a partir do processo de flexibilização. Enquanto alguns discursos exaltam o “trabalho afetivo” e as possibilidades de todos serem patrões de si mesmos, ficam invisíveis a intensificação do trabalho e a situação dos sujeitos-trabalhadores. Em um momento de crise no país, como podemos compreender esse processo e seus impactos? O que significam termos como terceirização, pejotização, informalização, empreendedorismo, precarização? Quais os impactos da comunicação e das tecnologias no trabalho? Como a mídia tem retratado o mundo do trabalho? Quais os discursos circulantes sobre o que deve ser considerado um “bom trabalho”? O que é visibilizado ou invisibilizado nesse processo?

Mediação:

Rafael Nascimento Grohmann. Pesquisador. Doutorando e Mestre em Ciências da Comunicação pela USP. Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF.

Debatedores:

Bárbara Geraldo de Castro. Professora do departamento de Sociologia da UNICAMP, doutora em Ciências Sociais, com estágio doutoral pela Open University, no Reino Unido. Tem se dedicado à pesquisa na área de sociologia do trabalho e estudos de gênero, em especial à organização flexível do trabalho (tempo, espaço e contratos atípicos), e aos seus impactos na subjetividade dos trabalhadores e trabalhadoras.

Ludmila Costhek Abilio. Pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho da UNICAMP. É doutora em Ciências Sociais pela UNICAMP, mestre em Sociologia e graduada em Ciências Sociais pela USP. Fez seu pós-doutorado na FEA-USP sobre a constituição dos discursos sobre a chamada “nova classe média” brasileira, com estudo sobre o trabalho dos motofretistas da cidade de São Paulo. É autora do livro “Sem maquiagem: o trabalho de um milhão de revendedoras de cosméticos”.

Vander Casaqui. Professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Práticas do Consumo da ESPM. Doutor e mestre em Ciências da Comunicação pela USP, com graduação em Publicidade e Propaganda pela Faculdade Cásper Líbero. Fez pós-doutorado na Universidade Nova de Lisboa. Atualmente desenvolve pesquisas sobre os discursos do campo do empreendedorismo social e sobre as narrativas relacionadas à cultura empreendedora. É coorganizador de livros como “Trabalho em publicidade e propaganda” e “Estéticas midiáticas e narrativas do consumo”.

Público

Alunos e professores de todos os cursos da Faculdade Cásper Líbero bem como demais interessados externos que queiram acompanhar o evento.

Inscrições para o público externo: Envie previamente, um e-mail com seu nome, RG e nome da instituição que representa para: [email protected]. Feito isto, aguarde a confirmação de inscrição.