Logo em seguida, o professor Chico Nunes, mediador da conversa, iniciou o debate, que contou com a presença de Lucas Nobile, jornalista e ex-aluno da Faculdade Cásper Líbero, e Sônia Castino, professora de Língua Portuguesa dos cursos Publicidade e Propaganda e Rádio e TV.
Lucas Nobile falou sobre a falta de homenagens ao centenário de Vinicius. Para ele, levando em consideração a importância do compositor para a história da cultura brasileira, os tributos estavam muito discretos. Além disso, o jornalista ainda destacou sua preocupação com o pensamento das pessoas sobre o poeta: na maioria das vezes, Vinicius é lembrado apenas como um personagem folclórico, devido às narrativas da vida do compositor, e não pelo vasto e rico trabalho que conquistou em sua carreira. E dentro de tanta bagagem cultural, Lucas citou os quatro grandes parceiros de Vinicius, Tom Jobim, Carlos Lyra, Banden Powell e Toquinho, e contou diversas curiosidades do poeta.
Após a fala de Nobile, a professora Sônia Castino abordou as obras literárias de Vinicius e também as fases pelas quais o poeta passou. De acordo com Sônia, o escritor até passou por uma etapa de sua vida escrevendo narrações de cunho religioso, que refletiam sua formação familiar. A professora ainda contou uma característica de Vinicius: a busca incessante pelo sublime personifica-se na mulher, naquela que passa. Nas canções A Mulher que Passa e na célebre Garota de Ipanema, Vinicius fica preso apenas na contemplação e melancolia.
Após o debate, a plateia fez perguntas aos convidados. E para finalizar o Café Filosófico, mais música. Nicolas, ex-aluno do curso de jornalismo, cantou uma música do Os Afro-Sambas, álbum de Vinícius e Baden Powell, e Geo e João Gabriel apresentaram-se mais uma vez.