Audrey Kathleen Ruston, ou simplesmente Audrey Hepburn, foi eleita em 2009 a atriz de Hollywood mais bonita da história e é considerada um ícone de estilo assim como a terceira maior lenda feminina do cinema, de acordo com o American Film Institute. Foi vencedora do Oscar de Melhor Atriz pelo filme A Princesa e o Plebeu, e ganhou uma estrela na Calçada da fama de Hollywood, em homenagem a sua dedicação e contribuição ao cinema mundial.
A atriz é muito mais do que um rosto bonito e muito talento: quando tinha 10 anos de idade, estourou a Segunda Guerra Mundial, e ela morava na Holanda com sua mãe. O país foi invadido pelos nazistas e a vida da família foi tomada por uma série de privações. Envolvida com a Resistência, muitos de seus parentes foram mortos na sua frente. Ela participaria de espetáculos clandestinos de balé para angariar fundos e levaria mensagens secretas em suas sapatilhas.
Quando começou a estudar balé, sua professora disse que ela era alta demais e desajeitada para dançar. Com isso, começou a trabalhar como modelo fotográfica para ajudar em sua casa, mas optou por outra área artística, a atuação. Sua estreia foi no documentário Dutch in Seven Lessons, seguido por uma série de pequenos filmes. Em 1952, viajou para a França para a gravação de Montercarlo Baby, e foi vista no saguão do hotel em que estava hospedada com o elenco pela escritora Collette. Naquele momento, Collette trabalhava com a montagem para a Broadway da peça Gigi, cujo papel-título ainda não tinha intérprete. Encantada com Audrey decidiu que ela seria a sua Gigi.
Pouco tempo após o encontro com Collette, Audrey participou de uma audição para o filme A Princesa e o Plebeu. Encantado com a atriz, o diretor William Wyler escalou-a para viver a Princesa Ann, dividindo a cena com Gregory Peck, que também se surpreendeu com o talento da companheira. O sucesso da produção foi também o de Audrey: Hollywood a amou imediatamente.
Assim, começou a surgir o fenômeno Hepburn. Em 1960 nasceu seu primeiro filho depois de múltiplas tentativas, e ela só voltaria a gravar um filme, um ano e meio depois; o clássico Bonequinha de Luxo, em um papel que a transformaria em um ícone e pelo qual seria lembrada para sempre.
Em 1963, recebeu o papel principal do musical My fair lady, em que ela interpreta uma vendedora de flores chamada Eliza Doolittle. Entretanto, a voz de Audrey não foi utilizada durante as canções, sendo dublada. Isso deixou a atriz muito aborrecida e fez com que abandonasse as gravações.
Em 1987 deu início ao seu mais importante trabalho: o de Embaixatriz da Unicef. Audrey, tendo sido vítima da guerra, sentiu-se em débito com a organização, pois foi a “United Nations Reliefand Rehabitation Administration” (que deu origem à UNICEF) que chegou com comida e suprimentos após o término da Segunda Guerra Mundial, salvando sua vida. Ela passou o ano de 1988 viajando, Audrey passou seus últimos anos em incansáveis missões pela Unicef, visitando países, dando palestras e promovendo concertos com causas sociais.
Ícone de estilo, atriz, humanista, sobrevivente de guerra, e lenda do cinema, foi ela quem trouxe o pretinho básico como o favorito de sempre, e mostrou que uma mulher pode sim ser independente, o que foi uma revolução na época.