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O grupo de jovens ao chegar no casebre
Crédito: reprodução

 
Lá, o grupo percebe que o velho e escuro casebre fora invadido. No porão, marcas de bruxaria e sangue aterrorizam os amigos, que lá encontram também um livro lacrado, com os dizeres “não leia”. Obviamente, um deles lê de brincadeira e acaba libertando um violento demônio que não descansará até arrastar todos para o inferno. Para piorar, uma chuva violenta bloqueia a estrada e eles se veem presos na cabana com a entidade. 
Estão presentes, então, todos os ingredientes para mais um típico horror norte-americano: uma casa afastada, um grupo de jovens, um livro proibido, demônios, palavrões e muito, muito sangue. Assim é A Morte do Demônio, filme que promete – e não cumpre – ser “o mais apavorante que você já viu nesta vida”. Dirigido pelo uruguaio Fede Alvarez, o longa é uma refilmagem da clássica trilogia homônima dos anos 1980, mas buscou um caminho diferente do brilhante original. Em uma abordagem muito mais voltada para a aflição e sem nenhuma piadinha para quebrar o gelo, o filme se torna cansativo e óbvio: dá para adivinhar sem medo a ordem das mortes e os momentos de susto. O fato do diretor original, Sam Raimi, ser produtor do novo A Morte do Demônio não melhorou sua previsibilidade.  A trama parece ser uma colcha de retalhos de várias partes falhas de filmes de horror, como O Exorcista, O Massacre da Serra Elétrica e Pânico na Floresta. O grupo de jovens é uma seleção das mais típicas personagens de terror, aquelas que, ao ouvirem um barulho no porão escuro, decidem ir sozinhas descobrir o motivo – e teimam em ler livros que claramente não devem ser lidos. 
O que não falta em A Morte do Demônio, no entanto, é sangue. Com classificação indicativa de 18 anos, é um festival de gore: entre as cenas mais leves estão o beijo que o demônio, com a língua sangrando, dá em Natalie e a chuva de sangue que banha Mia e o sete-peles. A maquiagem é excelente – dá arrepios ver uma das garotas serrando o próprio braço e um dos meninos tirando uma agulha da pálpebra – e o casebre meio abandonado também empresta um tom sombrio ao filme, principalmente quando, do porão escuro, uma Mia possuída canta canções de ninar. Entretanto, tirando os efeitos especiais e o cenário, a trama é clichê e mal reinventada; um tributo fraco à original de 1981 que é considerada um dos maiores filmes de horror de todos os tempos.
Cheia de falsos finais e reviravoltas meio desencaixadas, a história de Mia e seus amigos dá mais raiva e frustração do que, de fato, medo. Com um início totalmente deslocado da história, um recheio sangrento e um final pouco convincente, A Morte do Demônio não passa de mais um típico filme de terror norte-americano que definitivamente não é o mais apavorante que você verá nesta vida.

Mia é uma jovem usuária de drogas que, para curar-se do vício, viaja com os amigos Olivia e Eric, e com o irmão, David, e sua namorada, Natalie, para uma antiga casa de campo, uma cabana afastada na floresta. 

Lá, o grupo percebe que o velho e escuro casebre fora invadido. No porão, marcas de bruxaria e sangue aterrorizam os amigos, que lá encontram também um livro lacrado, com os dizeres “não leia”. Obviamente, um deles lê de brincadeira e acaba libertando um violento demônio que não descansará até arrastar todos para o inferno. Para piorar, uma chuva violenta bloqueia a estrada e eles se veem presos na cabana com a entidade. 

Estão presentes, então, todos os ingredientes para mais um típico horror norte-americano: uma casa afastada, um grupo de jovens, um livro proibido, demônios, palavrões e muito, muito sangue. Assim é A Morte do Demônio, filme que promete – e não cumpre – ser “o mais apavorante que você já viu nesta vida”. Dirigido pelo uruguaio Fede Alvarez, o longa é uma refilmagem da clássica trilogia homônima dos anos 1980, mas buscou um caminho diferente do brilhante original. Em uma abordagem muito mais voltada para a aflição e sem nenhuma piadinha para quebrar o gelo, o filme se torna cansativo e óbvio: dá para adivinhar sem medo a ordem das mortes e os momentos de susto. O fato do diretor original, Sam Raimi, ser produtor do novo A Morte do Demônio não melhorou sua previsibilidade.  A trama parece ser uma colcha de retalhos de várias partes falhas de filmes de horror, como O Exorcista, O Massacre da Serra Elétrica e Pânico na Floresta. O grupo de jovens é uma seleção das mais típicas personagens de terror, aquelas que, ao ouvirem um barulho no porão escuro, decidem ir sozinhas descobrir o motivo – e teimam em ler livros que claramente não devem ser lidos. 

O que não falta em A Morte do Demônio, no entanto, é sangue. Com classificação indicativa de 18 anos, é um festival de gore: entre as cenas mais leves estão o beijo que o demônio, com a língua sangrando, dá em Natalie e a chuva de sangue que banha Mia e o sete-peles. A maquiagem é excelente – dá arrepios ver uma das garotas serrando o próprio braço e um dos meninos tirando uma agulha da pálpebra – e o casebre meio abandonado também empresta um tom sombrio ao filme, principalmente quando, do porão escuro, uma Mia possuída canta canções de ninar. Entretanto, tirando os efeitos especiais e o cenário, a trama é clichê e mal reinventada; um tributo fraco à original de 1981 que é considerada um dos maiores filmes de horror de todos os tempos.

Cheia de falsos finais e reviravoltas meio desencaixadas, a história de Mia e seus amigos dá mais raiva e frustração do que, de fato, medo. Com um início totalmente deslocado da história, um recheio sangrento e um final pouco convincente, A Morte do Demônio não passa de mais um típico filme de terror norte-americano que definitivamente não é o mais apavorante que você verá nesta vida.