Kevin Specay e Kate Mara como Frank e Zoe
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David Fincher entrou para a história do cinema com thrillers como Seven e Zodíaco, mas o diretor gosta também de fazer sua crítica à sociedade americana, como vimos no Clube da Luta. Figurinha carimbada nos filmes, o cineasta estreia no mundo das séries, sendo o produtor executivo e, em alguns episódios, diretor de House of Cards, nova produção do Netflix.
Frank Underwood (Kevin Spacey) é um democrata que, com a eleição do presidente, esperava um cargo como Secretário de Estado. Mas tudo muda e o político é deixado de lado. Assim, ele usa todo seu poder para se vingar daqueles que o prejudicaram. Sempre o acompanhando está sua mulher Claire (Robin Wright) que o apoia nas decisões e ainda comanda uma empresa que está em crise. Ambos formam um casal um tanto estranho, frio. Não parece haver amor, e sim uma parte da negociação.
No ambiente político, Doug Stamper (Michael Kelly) é o braço direito de Frank e, juntos, confabulam os movimentos e planejamentos para mudar a política conforme seus desejos. Para tal, é fundamental que o republicano Peter Russo (Corey Stoll), deputado facilmente controlável e manipulável, seja um fantoche dos poderosos.
Obviamente, a mídia não ia ficar de fora. Zoe Barnes (Kate Mara) é uma jovem jornalista que mantém conversas com Frank, que serve como fonte principal ás suas matérias. Com isso, o político decide o que vai para o grande público, jogando suas cartas na mesa. Zoe, impressionada com esse poder, e ficando cada vez mais reconhecida por suas noticias exclusivas, até desiste de novas oportunidades de trabalho para dar continuidade no projeto.
A série brinca um pouco com o telespectador, sendo comum Frank se dirigir à câmera para fazer digressões, comentários irônicos ou até mesmo um simples olhar. Kevin Spacey está brilhante no papel, mostrando que sua parceria com Fincher sempre é positiva – o ator interpretou um dos mais assustadores serial killers do cinema em Seven. Outro destaque é Kate Mara, que interpreta de forma segura a jornalista, mesmo não tendo todo aquele sex appeal necessário para o papel.
O roteiro é bem escrito e possui diálogos rápidos, chegando mesmo a desnortear telespectadores pouco acostumados. Como se trata de um ambiente político, vários personagens são necessários, podendo ocorrer confusão com o número excessivo de nomes.
House of Cards é uma refilmagem de uma série londrina da década de 1990. Mas se encaixa perfeitamente na atual situação da política americana, sendo mostradas de forma crua todas as falcatruas, acordos e interesses pessoais. E David Fincher não economiza nisso, afirmando que ninguém está totalmente limpo quando o poder está envolvido. A segunda temporada já está confirmada e a série é a principal atração do Netflix.
David Fincher entrou para a história do cinema com thrillers como Seven e Zodíaco, mas o diretor gosta também de fazer sua crítica à sociedade americana, como vimos no Clube da Luta. Figurinha carimbada nos filmes, o cineasta estreia no mundo das séries, sendo o produtor executivo e, em alguns episódios, diretor de House of Cards, nova produção do Netflix.
Frank Underwood (Kevin Spacey) é um democrata que, com a eleição do presidente, esperava um cargo como Secretário de Estado. Mas tudo muda e o político é deixado de lado. Assim, ele usa todo seu poder para se vingar daqueles que o prejudicaram. Sempre o acompanhando está sua mulher Claire (Robin Wright) que o apoia nas decisões e ainda comanda uma empresa que está em crise. Ambos formam um casal um tanto estranho, frio. Não parece haver amor, e sim uma parte da negociação.
No ambiente político, Doug Stamper (Michael Kelly) é o braço direito de Frank e, juntos, confabulam os movimentos e planejamentos para mudar a política conforme seus desejos. Para tal, é fundamental que o republicano Peter Russo (Corey Stoll), deputado facilmente controlável e manipulável, seja um fantoche dos poderosos.
Obviamente, a mídia não ia ficar de fora. Zoe Barnes (Kate Mara) é uma jovem jornalista que mantém conversas com Frank, que serve como fonte principal ás suas matérias. Com isso, o político decide o que vai para o grande público, jogando suas cartas na mesa. Zoe, impressionada com esse poder, e ficando cada vez mais reconhecida por suas noticias exclusivas, até desiste de novas oportunidades de trabalho para dar continuidade no projeto.
A série brinca um pouco com o telespectador, sendo comum Frank se dirigir à câmera para fazer digressões, comentários irônicos ou até mesmo um simples olhar. Kevin Spacey está brilhante no papel, mostrando que sua parceria com Fincher sempre é positiva – o ator interpretou um dos mais assustadores serial killers do cinema em Seven. Outro destaque é Kate Mara, que interpreta de forma segura a jornalista, mesmo não tendo todo aquele sex appeal necessário para o papel.
O roteiro é bem escrito e possui diálogos rápidos, chegando mesmo a desnortear telespectadores pouco acostumados. Como se trata de um ambiente político, vários personagens são necessários, podendo ocorrer confusão com o número excessivo de nomes.
House of Cards é uma refilmagem de uma série londrina da década de 1990. Mas se encaixa perfeitamente na atual situação da política americana, sendo mostradas de forma crua todas as falcatruas, acordos e interesses pessoais. E David Fincher não economiza nisso, afirmando que ninguém está totalmente limpo quando o poder está envolvido. A segunda temporada já está confirmada e a série é a principal atração do Netflix.