O bairro da Vila Mariana, zona sul de São Paulo, recebeu no fim de semana passado, 16 de março, o último show do quarteto paulistano Vespas Mandarinas antes do lançamento de seu primeiro álbum.

Energia, concentração e muito carisma não faltaram a eles. Receptivos, os músicos ficaram nas imediações do espaço, permitindo aos fãs tirar fotos, pegar autógrafos e demonstrar sua admiração pela banda.

O show
A energia do quarteto ao vivo é incrível. As duas guitarras casam muito bem com o grave do baixo, deixando que a bateria faça o seu papel de maneira muito eficaz. Além disso, existe uma presença de palco muito característica do guitarrista e vocalista Thadeu Meneguini (ex-Banzé).

Com uma postura de liderança e ao mesmo tempo de suporte muito bem executadas,  Eduardo “Chuck” Hipolitho (ex-Forgotten Boys), responsável pela segunda guitarra e segunda voz, conduziu a apresentação de quase uma hora e quinze minutos de uma forma muito segura e decidida. Incrementando a engrenagem da banda, Flávio Guarnieri (Sugar Kane) no baixo, segurando toda base musical, e André Dea (Sugar Kane), um dos melhores bateristas da cena brasileira, dando uma energia incrível ao som pelas sempre eficientes e pesadas linhas sonoras.

O repertório contou com músicas como Cobra de Vidro, Sem Nome, Quarta Parada, Antes Que Você Conte Até Dez e a emblemática O Inimigo. Com gosto de disco a ser lançado, o quarteto também executou A Prova.

Para fechar com chave de ouro, Um Homem Sem Qualidades foi a escolhida.

Primeiro disco
O primeiro disco, intitulado “Animal Nacional” deve ser lançado no dia 9 de abril pela gravadora Deckdisc. Com a produção de Rafael Ramos (Mamonas Assassinas e Los Hermanos), o disco conta com participações de nomes como Arnaldo Antunes (ex-Titãs), Fábio Cascadura e Adalberto Rabelo Filho, poeta e compositor já participante na vida do grupo.

“A gente quer tocar no rádio. Não queremos ser a vanguarda da música experimental. Queremos fazer nosso som numa linguagem mais pop, acessível e bem executada, para que o público possa ouvir” diz Thadeu. Chuck concorda: “Certo ele está. A linguagem é essa mesmo, e a gente não vai perder nossa intensidade. A gravadora apostou em nós. O que se espera é que possamos estar bem ensaiados e afinados para tocar com toda força as músicas do disco quando ele for lançado” Conclui.

A gravação foi feita em São Paulo, no estúdio Castella, e no Rio de Janeiro, no estúdio Tambor. O álbum deve contar com doze faixas deste som que não soa propriamente como indie, nem tampouco com punk ou hardcore. Muito bem pontuado, diga-se de passagem. Claramente procuram uma originalidade atrelada a execuções diretas e simples do que produzem.