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Rafa Carvalho e Guilherme Vieira durante a apresentação
Crédito: Centro de Eventos

 

Batmacumbeiros reunidos na sala Aloysio Biondi promovem tarde pós-tropicalista em mais um Café Filosófico promovido pelo professor Chico Nunes no dia 08 de maio.
Cada um dos convidados compartilhou com o público sua própria experiência com o movimento estético Tropicalismo, criado na intersecção revolucionária de artistas de vanguarda baianos e paulistas no final da década de 1960.
O encontro teve performances musicais e poéticas de Rafa Carvalho e Guilherme Vieira, vindos de Campinas especialmente para o encontro. Entre as canções apresentadas pelos artistas, a que mais empolgou a todos foi a #partiubahia, na qual o ideal tropicalista de mistura de referências culturais chegou até a cultura da moderna geléia geral das redes sociais. O ponto alto da apresentação foi quando toda a plateia, incluindo os professores, cantaram a canção Batmacumba, de Gilberto Gil, encarando o desafio de tirar as sílabas uma a uma, e depois acrescentá-las, reproduzindo o painel concretista proposto pela letra da canção.
O professor Ninho Morais, diretor do filme Futuro do Pretérito – Tropicalismo Now, apresentou uma parte de seu filme. A atualização das canções do álbum clássico Tropicália ou Panis et Circensis (1968), feita por André Abujamra e seus convidados no Teatro Oficina, mostra o quanto é viva a herança tropicalista nos tempos atuais. Ninho compartilhou com os presentes quais as etapas e os desafios de realização do filme.
A professora Juliana Serzedello falou sobre a história do movimento, destacando as tensões entre os artistas tropicalistas e o movimento estudantil da época, que não via com bons olhos a música influenciada por elementos da cultura pop estrangeira, numa época em que era urgente combater o Regime Militar. A apresentação de Caetano Veloso & Mutantes no Festival Internacional da Canção (FIC) de 1968, com vaias ensurdecedoras da platéia, foi o ponto de partida para a discussão dos elementos propostos pela Tropicália. Foi uma atualização do modernismo antropofágico de 1922, deglutindo não apenas as tradições culturais brasileiras mas também os novos elementos da cultura de massa globalizada: o rock dos Beatles e Rolling Stones, os grandes festivais de música, o cinema hollywoodiano e a cultura pop da publicidade. Todos esses elementos reunidos para criar uma estética arrebatadora e totalmente nova para o público brasileiro.
Para arrematar o encontro, houve a apresentação dos quadros do artista plástico João Luís Alves de Moura. Especialista em retratar grandes filósofos, como Karl Marx e Simone de Beauvoir em telas de borracha ou fotopolímero, o artista surpreendeu a todos com um belíssimo quadro retratando Gilberto Gil, finalizado durante o debate. Os quadros ficaram expostos no hall do 5° andar da Faculdade Cásper Líbero entre os dias 08 e 21 de maio, trazendo a todos um pouquinho dos ares tropicalistas que embalaram esse Café Filosófico.

No dia 8 de maio, em mais um Café Filosófico organizado pelo professor Chico Nunes, cada um dos convidados compartilhou com o público sua própria experiência com o movimento estético Tropicalismo, criado na intersecção revolucionária de artistas de vanguarda baianos e paulistas no final da década de 1960.

O encontro teve performances musicais e poéticas de Rafa Carvalho e Guilherme Vieira, vindos de Campinas especialmente para o encontro. Entre as canções apresentadas pelos artistas, a que mais empolgou a todos foi a #partiubahia, na qual o ideal tropicalista de mistura de referências culturais chegou até a cultura da moderna geléia geral das redes sociais. O ponto alto da apresentação foi quando toda a plateia, incluindo os professores, cantaram a canção Batmacumba, de Gilberto Gil, encarando o desafio de tirar as sílabas uma a uma, e depois acrescentá-las, reproduzindo o painel concretista proposto pela letra da canção.

O professor Ninho Moraes, diretor do filme Futuro do Pretérito – Tropicalismo Now, apresentou uma parte de seu filme. A atualização das canções do álbum clássico Tropicália ou Panis et Circensis (1968), feita por André Abujamra e seus convidados no Teatro Oficina, mostra o quanto é viva a herança tropicalista nos tempos atuais. Ninho compartilhou com os presentes quais as etapas e os desafios de realização do filme.

A professora Juliana Serzedello falou sobre a história do movimento, destacando as tensões entre os artistas tropicalistas e o movimento estudantil da época, que não via com bons olhos a música influenciada por elementos da cultura pop estrangeira, numa época em que era urgente combater o Regime Militar. A apresentação de Caetano Veloso & Mutantes no Festival Internacional da Canção (FIC) de 1968, com vaias ensurdecedoras da platéia, foi o ponto de partida para a discussão dos elementos propostos pela Tropicália. Foi uma atualização do modernismo antropofágico de 1922, deglutindo não apenas as tradições culturais brasileiras mas também os novos elementos da cultura de massa globalizada: o rock dos Beatles e Rolling Stones, os grandes festivais de música, o cinema hollywoodiano e a cultura pop da publicidade. Todos esses elementos reunidos para criar uma estética arrebatadora e totalmente nova para o público brasileiro.

Para arrematar o encontro, houve a apresentação dos quadros do artista plástico João Luís Alves de Moura. Especialista em retratar grandes filósofos, como Karl Marx e Simone de Beauvoir em telas de borracha ou fotopolímero, o artista surpreendeu a todos com um belíssimo quadro retratando Gilberto Gil, finalizado durante o debate.

Os quadros ficaram expostos no hall do 5° andar da Faculdade Cásper Líbero (confira aqui) entre os dias 08 e 21 de maio, trazendo a todos um pouquinho dos ares tropicalistas que embalaram esse Café Filosófico.