Crédito: divulgação
Quando o produtor Thomas Schumacher apresentou a ideia de transpor o lendário filme da Disney O Rei Leão para os palcos da Broadway, muitos duvidaram que a empreitada fosse possível. Afinal, trata-se de uma história em que todos os personagens são animais – a maior parte deles leões.
Contrariando os céticos, em 1997 estreou na Broadway com o musical O Rei Leão. Após abocanhar seis prêmios Tony, passou por 16 países, foi traduzido para oito línguas e hoje é a bilheteria de maior arrecadação da famosa avenida, superando sucessos como Cats. Visto por cerca de 68 milhões de pessoas ao redor do mundo, o espetáculo finalmente chega a São Paulo: um show de delicadeza e cores. Sem tentar esconder os seus artifícios, os atores ficam expostos. Máscaras, muito tecido e uma boa dose de artimanhas são usadas para transformar os atores nos personagens.
O Rei Leão não está para brincadeira. Com um elenco de 53 atores – sendo 11 deles sul-africanos – e 35 toneladas de objetos, o musical está em cartaz no Teatro Renault, antigo Cine Paramount, local que marcou a história cultural da cidade. Os objetos de artesanato africano, aliados às técnicas de luz e sombra do teatro japonês, permitem uma viagem que antes só parecia ser possível através de recursos cinematogáficos.
Nas quase três horas de duração o público entra em contato com uma atmosfera mágica. As músicas de Tim Rice e Elton John foram adaptadas para o público brasileiro pelo cantor Gilberto Gil. Por aqui, quem emocionou a diretora Julie Taymor foi o ator Tiago Barbosa, que encanta com a sua interpretação de Simba.
A mobilidade do palco, a criatividade do figurino e os objetos de cena foram algumas das soluções encontradas para adaptar o clássico da Disney para os palcos. Fiel ao filme, o musical preservou também parte da trilha sonora do mestre Hans Zimmer. Mais do que isso, traz uma visão poética e inovadora de uma história presente no imaginário de muitas pessoas.
O Rei Leão é um filme marcante: a morte de Mufasa foi a primeira retratada explicitamente em um filme Disney. No musical, a cena foi retratada com maestria: um jogo de quadros monta um efeito de profundidade, e a impressão é a de que uma horda de gnus – representados por sombras de teatro japonês – corre realmente atrás do garoto Simba.
Outro destaque é o intérprete de Scar, o perverso irmão de Mufasa. Osvaldo Mil impressiona com sua voz grave, todo o descaso para com seu sobrinho Simba e seu desejo violento de tomar conta do reino. O ator consegue, com sua interpretação, passar ao público a postura egocêntrica e mesquinha do leão, que é um dos melhores vilões já criados para o público infantil.
Os clássicos Disney são filmes feitos para crianças, mas algumas histórias só se tornam completamente inteligíveis depois que se cresce, por causa de temas complexos como a morte e o amor. Esse tipo de enredo, portanto, é interessante para adultos também.
O musical segue esse mesmo padrão: embora seja feito levando em consideração o público infantil, adultos também se deliciam com a versão teatral do clássico. A adaptação é infalível em criar um sentimento de nostalgia nos espectadores mais velhos. Além disso, as inovações estéticas alcançadas através das mais variadas técnicas trazidas pelo espetáculo da Broadway garantem um show visual capaz de seduzir diferentes públicos. A qualidade técnica do musical, que por ser uma franquia não permite grandes alterações pelos países em que passa, prova a excelência da equipe – seja dos atores, produtores, músicos e cenógrafos – em transformar um produto de alta qualidade que se tornou um ícone para diversas gerações.
Quando o produtor Thomas Schumacher apresentou a ideia de transpor o lendário filme da Disney O Rei Leão para os palcos da Broadway, muitos duvidaram que a empreitada fosse possível. Afinal, trata-se de uma história em que todos os personagens são animais – a maior parte deles leões.
Contrariando os céticos, em 1997 estreou na Broadway com o musical O Rei Leão. Após abocanhar seis prêmios Tony, passou por 16 países, foi traduzido para oito línguas e hoje é a bilheteria de maior arrecadação da famosa avenida, superando sucessos como Cats. Visto por cerca de 68 milhões de pessoas ao redor do mundo, o espetáculo finalmente chega a São Paulo: um show de delicadeza e cores. Sem tentar esconder os seus artifícios, os atores ficam expostos. Máscaras, muito tecido e uma boa dose de artimanhas são usadas para transformar os atores nos personagens.
O Rei Leão não está para brincadeira. Com um elenco de 53 atores – sendo 11 deles sul-africanos – e 35 toneladas de objetos, o musical está em cartaz no Teatro Renault, antigo Cine Paramount, local que marcou a história cultural da cidade. Os objetos de artesanato africano, aliados às técnicas de luz e sombra do teatro japonês, permitem uma viagem que antes só parecia ser possível através de recursos cinematogáficos.
Nas quase três horas de duração o público entra em contato com uma atmosfera mágica. As músicas de Tim Rice e Elton John foram adaptadas para o público brasileiro pelo cantor Gilberto Gil. Por aqui, quem emocionou a diretora Julie Taymor foi o ator Tiago Barbosa, que encanta com a sua interpretação de Simba.
A mobilidade do palco, a criatividade do figurino e os objetos de cena foram algumas das soluções encontradas para adaptar o clássico da Disney para os palcos. Fiel ao filme, o musical preservou também parte da trilha sonora do mestre Hans Zimmer. Mais do que isso, traz uma visão poética e inovadora de uma história presente no imaginário de muitas pessoas.
O Rei Leão é um filme marcante: a morte de Mufasa foi a primeira retratada explicitamente em um filme Disney. No musical, a cena foi retratada com maestria: um jogo de quadros monta um efeito de profundidade, e a impressão é a de que uma horda de gnus – representados por sombras de teatro japonês – corre realmente atrás do garoto Simba.
Outro destaque é o intérprete de Scar, o perverso irmão de Mufasa. Osvaldo Mil impressiona com sua voz grave, todo o descaso para com seu sobrinho Simba e seu desejo violento de tomar conta do reino. O ator consegue, com sua interpretação, passar ao público a postura egocêntrica e mesquinha do leão, que é um dos melhores vilões já criados para o público infantil.
Os clássicos Disney são filmes feitos para crianças, mas algumas histórias só se tornam completamente inteligíveis depois que se cresce, por causa de temas complexos como a morte e o amor. Esse tipo de enredo, portanto, é interessante para adultos também.
O musical segue esse mesmo padrão: embora seja feito levando em consideração o público infantil, adultos também se deliciam com a versão teatral do clássico. A adaptação é infalível em criar um sentimento de nostalgia nos espectadores mais velhos. Além disso, as inovações estéticas alcançadas através das mais variadas técnicas trazidas pelo espetáculo da Broadway garantem um show visual capaz de seduzir diferentes públicos. A qualidade técnica do musical, que por ser uma franquia não permite grandes alterações pelos países em que passa, prova a excelência da equipe – seja dos atores, produtores, músicos e cenógrafos – em transformar um produto de alta qualidade que se tornou um ícone para diversas gerações.