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Bruno Luz Martins, membro do Comitê de Ética da Dudalina | Crédito: Yuri Andreoli

Bruno Luz Martins, membro do Comitê de Ética da Dudalina | Crédito: Yuri Andreoli

As três salas noturnas do 3º ano de Relações Públicas lotaram a sala Aloysio Biondi, na Faculdade Cásper Líbero, nesta última segunda-feira, 10 de agosto, para o lançamento do 3o Desafio de Comunicação e Ética, projeto desenvolvido para a disciplina de Ética e Legislação da professora Ágatha Camargo.

A empresa convidada em 2015 é a Dudalina, que há dois anos foi vendida a dois fundos norte-americanos pelo valor de R$1 bilhão. Bruno Luz Martins, membro do Comitê de Ética, explicou que a empresa ainda está em processo de fusão e que esse órgão veio para ajudar no processo de observação das condições de trabalho da marca e da fiscalização quanto a processos ilícitos. “Todo mundo tem problemas, mas é melhor que a gente tente consertar lá dentro antes que saia do controle.” Ele exemplificou com os casos de corrupção na Petrobras, em que a empresa saiu manchada pelos crimes que alguns membros cometeram.

Para prevenir maiores problemas na empresa, formou-se, em setembro de 2014, um Comitê de Ética para receber relatos dos cerca de 2,6 mil colaboradores espalhados pelas fábricas em Santa Catarina e no Paraná e das 107 lojas no Brasil. Os membros do Comitê provêm de todas as áreas da empresa, inclusive da diretoria.

O desafio lançado para os estudantes é referente à divulgação dos canais que esse Comitê criou para que os trabalhadores possam não só denunciar problemas como fazer isso anonimamente. Mesmo podendo enviar críticas através das urnas espalhadas pelas seis fábricas e do site da empresa, os empregados da marca ainda não usufruíram muito da nova medida – e a Dudalina quer mudar isso.

Antes da fusão, a empresa era controlada pelos 16 dos 20 filhos que Dona Adelina Hess de Souza sonhava em ter. Em 1957, a costureira de Luiz Alves, interior de Santa Catarina, começou a comercializar as camisas que confeccionava em casa para os trabalhadores que construíam uma ferrovia na região. Muita malha e quase 60 anos depois, a Dudalina (junção do nome da fundadora com o de seu marido, Duda) tem hoje seis lojas no exterior, pretende chegar a 15 até o final do ano e tem outras duas linhas de roupas, as marcas Individual e Base.

Os alunos terão até o dia 4 de novembro para oferecer respostas para os questionamentos da empresa, o que, segundo a professora Ágatha, é uma ótima oportunidade de inserção no mercado pela possibilidade real de a empresa aplicar as ideias apresentadas pelos alunos da Cásper Líbero. “O melhor de tudo é que a empresa irá dar o feedback em relação aos projetos, se soluciona o problema ou não”, contou.