INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O VESTIBULAR 2024.2 Fechar
Ícone do título

A besta que se recusa a morrer: identidade, mídia, consumo e resistência na subcultura heavy metal


[sidebar name=”mestrado”]

















Autor: Gustavo Dhein
Tipo de produção: Produção científica
Classificação: Dissertação/Tese
Data: 11/03/2013

Resumo


O heavy metal (HM), originado na virada dos anos 1960 para 1970, foi, por muito

tempo, negligenciado pela academia e pela mídia. Sobre ele pairam, ainda hoje,

acusações de ser alienado, violento e pobre artisticamente. Esta dissertação, no entanto, pretende lançar luz sobre a possibilidade de, por baixo da aparência, a subcultura metálica reter um potencial crítico e de resistência à sociedade de

consumo e midiática, que a afastam de um simples entretenimento como descanso. Fugindo de perspectivas apocalípticas ou integradas sobre subculturas, compreendemos que em tempos hodiernos, marcados pela velocidade e pela facilidade de trânsito entre territórios (físicos, identitários e ideológicos ) vivemos emum sistema complexo. Nele, as contradições inerentes ao capitalismo mantêm abertas possibilidades de subversão. E disputas pelo poder acontecem ininterruptamente. Trabalhamos, a partir disso, com a perspectiva de que o heavy metal se apropriaria de elementos da sociedade midiática e de consumo para manter erigidas as fronteiras que demarcam a identidade subcultural e sinalizam a

sua inconformidade em relação à hegemonização e à homogeneização – traduzidas,para os headbangers, no entretenimento light. Considera – se a possibilidade de que os metalheads não se portem apenas como consumidores, mas também como produtores, para resistir a uma possível cooptação . A pesquisa buscou argumentos em autores variados, que incluem Theodor Adorno, Michel Foucault, Zygmunt Bauman, Pierre Bourdieu, Stuart Hall, Deena Weinstein, Andy R. Brown, entre outros. A análise recaiu especialmente (mas não exclusivamente) sobre a banda Sepultura, principal nome do heavy metal nacional. A escolha deve-se, também, ao fato de o grupo ter flertado, em vários momentos, com ritmos e estilos estranhos à subcultura metálica e deter, hoje, uma marca com grande valor comercial. Foram conduzidas entrevistas abertas e semiabertas e/ou fechadas, presenciais e a distância com fãs de heavy metal, representantes da mídia especializada e com o guitarrista Andreas Kisser, do Sepultura. Também foi feita a interpretação de discursos presentes nas mídias especializada e mainstream.

Palavras-chave: Heavy metal. Produtos midiáticos . Consumo. Identidade.Entretenimento. Resistência