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A Supremacia do Quinto Poder: a assessoria de imprensa do BTG e a cobertura do Jornal Valor Econômico


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Autor: Luciano Feltrin
Tipo de produção: Produção científica
Classificação: Dissertação/Tese
Data: 22/03/2017

Resumo


Esta dissertação, inscrita na linha de pesquisa Produtos midiáticos: jornalismo e entretenimento, analisa em que medida a assessoria de imprensa do BTG Pactual influenciou e conseguiu construir uma narrativa própria e favorável, dissociando a imagem do banco da de seu controlador, André Esteves, a partir da prisão do executivo, em novembro de 2015, pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Para verificar essa influência, o trabalho tem como objeto o jornal Valor Econômico, cujas reportagens sobre o tema foram analisadas ao longo de pouco mais de um ano. O primeiro capítulo traz à tona um panorama histórico das duas últimas décadas para ilustrar as características do capitalismo praticado no Brasil. Já o segundo entrelaça a história do jornalismo econômico e o fortalecimento das Relações Públicas, com destaque para a atividade de assessoria de imprensa.O capítulo final da pesquisa, por sua vez,dedica-se a analisar, com uso da metodologia da Análise Crítica da Narrativa, um dos efeitos visíveis da transformação mercadológica ocorrida no jornalismo: a delimitação das narrativas, com o jornalismo, cada vez mais influenciado por assessorias, naturalizando o discurso neoliberal através de reportagens, da construção discursiva da atuação de personagens e empresas. No caso, André Esteves e o BTG. A naturalização do discurso neoliberal como único válido e aceitável só é possível, entre outros motivos, na medida em que as empresas de Relações Públicas cresceram, ganharam investimentos volumosos e, em muitos casos, fundiram-se a grandes grupos estrangeiros. Ou seja, ficaram cada vez mais parecidas com os clientes que atendem, seja nos seus objetivos e em suas falas. A influência adquirida por essas companhias faz com que se tornem uma espécie de quinto poder. A pesquisa surge a partir da leitura de uma reportagem na edição brasileira do jornal El País, em janeiro de 2015, que sugere algo sobre o que o pesquisador vinha refletindo desde que a Gazeta Mercantil fechou as portas em 2009: com o esvaziamento das redações, as assessorias de imprensa foram ganhando expressão e influência. O trabalho utiliza as obras de Luiz Gonzaga Motta, um dos pais da Análise Pragmática/Crítica da Narrativa,além das de Sérgio Lazzarini e Milton Santos, para definir e aprofundar os estudos e teorias, respectivamente, sobre capitalismo de laços e capitalismo brasileiro contemporâneo, assim como os escritos dos pesquisadores Manuel Chaparro, Maristela Mafei e Sidney Basile, que ajudam a compreender historicamente a prática do jornalismo econômico e o desenvolvimento da atividade das assessorias de imprensa no Brasil.


Palavras-chave: Jornalismo econômico. BTG Pactual. Assessorias de imprensa. Valor Econômico. Capitalismo contemporâneo. Narrativas.