Ao lado dos professores Luís Mauro Sá Martino e Cláudio Novaes Pinto Coelho, a Casperiana Mara Ferreira Rovida retornou à Faculdade Cásper Líbero, não como aluna, mas para compor a Banca de Defesa da Dissertação de Mestrado da estudante Ingrid Baquit Correia. “Essa não é só a minha primeira banca na Cásper: é a primeira banca [de Mestrado] que eu participo na vida”, conta Mara.
Graduada em Jornalismo pela Faculdade Anglo Latino, Mara ingressou em 2008 na Cásper Líbero para a realização do Mestrado em Comunicação, concluindo o programa em 2010 com a dissertação A segmentação no jornalismo sob a ótica durkheimiana da divisão do trabalho social. “[A Faculdade] é um ambiente bem intimista, você caminha pelos corredores e acaba conhecendo as pessoas, os professores”, diz. Em seguida, veio o Doutorado pela Universidade de São Paulo, finalizado em 2014. Atualmente, Mara participa do Grupo de Pesquisa Comunicação e Sociedade do Espetáculo, liderado pelo Prof. Cláudio Novaes, na Cásper Líbero.
Seguir carreira acadêmica sempre esteve em seus planos. Após formar-se no Bacharelado, foi direto para o Stricto Sensu. “Eu gosto de ser jornalista, trabalhei com cobertura econômica durante um tempo. Mas fiz tudo visando o Mestrado e o Doutorado”, explica a convidada, que também é professora nas Faculdades Integradas Rio Branco.
Mara ainda falou sobre a relação entre o mercado de trabalho e a Academia. Em sua avaliação, essas são áreas que já estiveram mais distantes. “Hoje estamos vivendo um momento positivo, de mudança”. Ela entende que, com a crise de identidade pela qual passam os veículos de comunicação tradicionais, profissionais têm buscado inovações e arcabouço teórico, o que seria uma boa perspectiva tanto para quem deseja seguir uma carreira acadêmica quanto para aqueles que pensam no mercado. “Como ser um profissional criativo sem dar o primeiro passo rumo à criatividade, que é ter a capacidade de fazer uma leitura crítica daquilo que já existe?”, questiona a doutora.
Para as alunas e os alunos que pensam em seguir carreira acadêmica, Mara deixa uma dica: “Tem que gostar”. Ela diz que muita gente pensa no Mestrado e no Doutorado com o objetivo de dar aula e sair do mercado, mas pondera que “fazer por fazer” é algo muito ruim. “Como [a Academia] é algo que dá muito trabalho e demanda um tempo muito grande de dedicação, se a pessoa não gosta daquilo que está estudando, a experiência vira um martírio. Então é preciso escolher aquilo que você realmente quer pesquisar, para ter prazer com o processo”.